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06/03/2007 - 17h37

Terremotos na Indonésia matam 70; ONU oferece assistência

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da Folha Online

Dezenas de pessoas continuam soterradas na noite desta terça-feira (a Indonésia está 10 horas à frente do horário de Brasília) depois que dois fortes terremotos atingiram a ilha de Sumatra hoje e mataram ao menos 70 pessoas, segundo autoridades.

A ONU (Organização das Nações Unidas) e o governo da Holanda já disponibilizaram ao governo indonésio ajuda financeira e material para socorrer as vítimas do desastre.

Muhammad Fitrah/Reuters
Garoto indonésio observa destruição após terremotos em Solok, West Sumatra
Garoto indonésio observa destruição após terremotos em Solok, West Sumatra
O primeiro tremor registrado, de 6,3 graus na escala Richter, foi sentido na Província de Padang, na região oeste de Sumatra, por volta das 11h (1h de Brasília), causando pânico entre os moradores locais, que temiam que o terremoto fosse sinal de um tsunami.

Duas horas mais tarde, um segundo terremoto, de 6 graus na escala Richter, atingiu a mesma área.

O terremoto também deixou dezenas de feridos. Centenas de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas após a destruição causada pelos tremores. Muitas acamparam em tendas ou simplesmente buscaram campos abertos onde pudessem permanecer até que as autoridades providenciem abrigos temporários.

Feridos

A unidade de coordenação provincial de resposta a desastres informou que ao menos 70 pessoas morreram no terremoto, 19 delas no distrito de Solok --o mais duramente atingido. Yohannes Dahlan, secretário de Estado do governo de West Sumatra, disse que cerca de 200 pessoas ficaram feridas.

Em várias áreas, hospitais estão lotados com os feridos pelo terremoto. Em meio ao temor de que novos tremores atinjam a ilha, autoridades em Padang, capital provincial de West Sumatra, armaram tendas de emergência em um campo de futebol.

Padang é uma das poucas cidades da Indonésia que contam com um sistema de alerta para tsunamis. Um terremoto ocorrido no oceano Índico, na ilha de Sumatra, em dezembro de 2004, matou ao menos 170 mil pessoas na Província de Aceh (norte).

"A princípio eu pensei que havia um grande veículo passando em frente à minha casa", disse Misbadi, 50, residente de Solok. ele quebrou seu braço direito no tremor. "Corri para fora mas fui atingido por destroços de um prédio que desmoronava".

Os tremores desta terça-feira foram tão intensos que chegaram a ser sentidos em regiões da Malásia e de Cingapura.

De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, o epicentro do tremor estava localizado a 420 km de Cingapura. O Centro de Terremotos da Indonésia mediu a intensidade do tremor em 5,8 graus na escala Richter.

Achmad Ibrahim/AP
Feridos recebem tratamento em tenda em Solok, West Sumatra, após terremotos
Feridos recebem tratamento em tenda em Solok, West Sumatra, após terremotos
Alguns prédios chegaram a ruir parcialmente, e várias casas ficaram danificadas. Cerca de 300 pacientes correram para fora de um hospital em Padang, segundo testemunhas.

O prefeito de Padang, Fauzi Bahar, informou que 14 pessoas morreram em Solok 40 km ao nordeste de Padang. Outras 16 morreram em Batusangkar, e uma em Payakumbuh.

"Muitos se acalmaram e voltaram para casa, mas ainda há alguns congestionamentos na cidade", disse Bahar. "Os mortos podem subir, há regiões que não forneceram números".

De acordo com o prefeito de Solok, os hospitais da região também ficaram lotados de feridos. "Nossa prioridade é prestar atendimento às vítimas. Nós instalamos seis tendas em um campo de futebol, para funcionarem como postos de emergência", disse o prefeito Syamsu Rahim.

Pânico

"Foi realmente forte. Eu entrei em pânico e corri para fora da minha casa, assim como meus vizinhos", relatou a dona de casa Asmiarti, cuja casa fica em Padang, à agência Reuters.

"Quando conseguimos sair, vimos que as árvores estavam tremendo. Ficamos com medo de que fosse um tsunami, mas não houve nenhum alerta desse tipo", acrescentou.

Terremotos são freqüentes na Indonésia, o quarto país mais populoso do mundo.

Em março de 2005, um poderoso tremor devastou a ilha de Nias, na costa oeste da região norte de Sumatra, matando centenas de pessoas e deixando milhares de desabrigados.

Vários prédios comerciais de Cingapura foram esvaziados por precaução após o tremor. O tremor foi sentido em outras partes da ilha, assim como nas áreas costeiras da Malásia.

Ajuda

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou hoje a perda de vidas e a destruição causadas pelos terremotos na Indonésia, e afirmou que as Nações Unidas estão prontas para ajudar a população atingida.

Em um comunicado, Ban informou que a ONU já está em contato com o governo da Indonésia e que está preparada para responder às necessidades humanitárias que foram geradas pelo desastre.

A ajuda, especificou o secretário-geral, será fornecida através dos recursos com que já conta hoje a ONU e outros organismos de emergência. Ban se prontificou também para mobilizar a comunidade internacional para que ofereçam assistência à Indonésia.

A Agência das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) informou também que destacou uma equipe de especialistas para ajudar nas tarefas de resgate das vítimas dos tremores.

Complementando os esforços, o governo holandês prometeu enviar uma ajuda de aproximadamente US$ 2 milhões para as vítimas do terremoto em Sumatra, segundo informações oficiais.

Bert Koender, ministro do Desenvolvimento da Holanda, disse que ajuda seria enviada em forma de equipamentos, remédios, atendimento médico e apoio logístico, e seria distribuído por organizações independentes de ajuda humanitária.

"A Holanda quer ajudar o governo da Indonésia onde é possível e significativo, e em particular as pessoas afetadas pelos tremores em Sumatra", disse Koender em um comunicado.

A Holanda tem laços históricos fortes com a Indonésia e governou o país durante seu período colonial.

Com Reuters e agências internacionais

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