Publicidade
Publicidade
07/03/2007
-
14h48
Da Folha Online
Ao menos 16 pessoas foram mortas nesta quarta-feira no sul de Bagdá. Um carro-bomba que explodiu em Saidiya matou oito pessoas --sete peregrinos e um policial. Outros sete fiéis foram mortos a tiros e bombas em estradas em Doura, segundo a polícia. Uma pessoa morreu ao levar tiros no centro da capital iraquiana.
Milhares de peregrinos xiitas chegaram à cidade sagrada de Karbala nesta quarta-feira, desafiando os insurgentes que têm matado os peregrinos a tiros e com bombas nos últimos dois dias. Só na terça-feira, uma série de ataques rebeldes contra peregrinos deixaram ao menos 128 mortos e 200 feridos, segundo a polícia. Na pior ação, dois carros-bomba explodiram em Hilla, matando 93 pessoas e ferindo outras 147.
Os ataques são atribuídos pelo governo a militantes sunitas, que estariam tentando desestabilizar o país governado por xiitas e forçar um conflito civil.
"Estes atos não vão nos fazer parar", disse Jabar Ali, que caminhou oito dias desde Basra, no sul do Iraque, para Karbala. Os fiéis estão se reunindo na cidade, 80 km ao sul de Bagdá, para as comemorações que marcam o fim dos 40 dias de luto do aniversário da morte do imã Hussein, morto no ano 680, que é considerado sucessor do profeta Maomé pelos xiitas. A peregrinação estava proibida durante o regime de Saddam Hussein.
Reunião regional
O primeiro-ministro xiita, Nuri al Maliki, que atribuiu os ataques de terça-feira a insurgentes sunitas, solicitou uma reunião com os vizinhos do Iraque e potências mundiais para que manifestem seu apoio ao fim da violência no país.
O Irã disse nesta quarta-feira que enviará uma delegação à reunião, agendada para sábado. Será uma rara oportunidade em que oficiais iranianos e americanos sentarão à mesma mesa. Washington acusa Teerã de fomentar a violência apoiando milícias xiitas. O Irã nega essas acusações.
Além do Irã e da Síria, o Iraque também convidou outros países do Oriente Médio para as discussões --entre eles, Bahrein, Egito, Jordânia, Kuait, Arábia Saudita e Turquia.
Representantes de Israel e dos Estados Unidos também irão participar, além de enviados do G8 [grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia].
Karbala
O chefe de polícia de Karbala, Mohammed Abu al Walid, disse que cerca de 1,5 milhão de peregrinos estavam na cidade nesta quarta-feira. Dez mil policiais e soldados fazem a segurança dentro e ao redor da cidade. Sessenta pontos de checagem foram erguidos, e carros estão proibidos de circular no centro.
Mohammed Nasra, 31, caminhou quatro dias para Karbala. "Os clérigos deveriam pedir às pessoas que fiquem em casa e apenas recitem o Corão, por causa da situação", disse. "Os xiitas são os alvos... e esta é uma oportunidade de matar um grande número deles". Ele, porém, disse que não tinha outra alternativa a não ser peregrinar. "Fiz uma promessa."
Com Reuters
Leia mais
Após ação que matou 120, ataques contra xiitas continuam no Iraque
Explosão mata ao menos nove soldados no norte de Bagdá
EUA prendem 29 membros da Al Qaeda no Iraque
Especial
Leia o que já foi publicado sobre carros-bomba no Iraque
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Mais ataques matam ao menos 16 no Iraque
Publicidade
Ao menos 16 pessoas foram mortas nesta quarta-feira no sul de Bagdá. Um carro-bomba que explodiu em Saidiya matou oito pessoas --sete peregrinos e um policial. Outros sete fiéis foram mortos a tiros e bombas em estradas em Doura, segundo a polícia. Uma pessoa morreu ao levar tiros no centro da capital iraquiana.
Milhares de peregrinos xiitas chegaram à cidade sagrada de Karbala nesta quarta-feira, desafiando os insurgentes que têm matado os peregrinos a tiros e com bombas nos últimos dois dias. Só na terça-feira, uma série de ataques rebeldes contra peregrinos deixaram ao menos 128 mortos e 200 feridos, segundo a polícia. Na pior ação, dois carros-bomba explodiram em Hilla, matando 93 pessoas e ferindo outras 147.
Os ataques são atribuídos pelo governo a militantes sunitas, que estariam tentando desestabilizar o país governado por xiitas e forçar um conflito civil.
"Estes atos não vão nos fazer parar", disse Jabar Ali, que caminhou oito dias desde Basra, no sul do Iraque, para Karbala. Os fiéis estão se reunindo na cidade, 80 km ao sul de Bagdá, para as comemorações que marcam o fim dos 40 dias de luto do aniversário da morte do imã Hussein, morto no ano 680, que é considerado sucessor do profeta Maomé pelos xiitas. A peregrinação estava proibida durante o regime de Saddam Hussein.
Reunião regional
O primeiro-ministro xiita, Nuri al Maliki, que atribuiu os ataques de terça-feira a insurgentes sunitas, solicitou uma reunião com os vizinhos do Iraque e potências mundiais para que manifestem seu apoio ao fim da violência no país.
O Irã disse nesta quarta-feira que enviará uma delegação à reunião, agendada para sábado. Será uma rara oportunidade em que oficiais iranianos e americanos sentarão à mesma mesa. Washington acusa Teerã de fomentar a violência apoiando milícias xiitas. O Irã nega essas acusações.
Além do Irã e da Síria, o Iraque também convidou outros países do Oriente Médio para as discussões --entre eles, Bahrein, Egito, Jordânia, Kuait, Arábia Saudita e Turquia.
Representantes de Israel e dos Estados Unidos também irão participar, além de enviados do G8 [grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia].
Karbala
O chefe de polícia de Karbala, Mohammed Abu al Walid, disse que cerca de 1,5 milhão de peregrinos estavam na cidade nesta quarta-feira. Dez mil policiais e soldados fazem a segurança dentro e ao redor da cidade. Sessenta pontos de checagem foram erguidos, e carros estão proibidos de circular no centro.
Mohammed Nasra, 31, caminhou quatro dias para Karbala. "Os clérigos deveriam pedir às pessoas que fiquem em casa e apenas recitem o Corão, por causa da situação", disse. "Os xiitas são os alvos... e esta é uma oportunidade de matar um grande número deles". Ele, porém, disse que não tinha outra alternativa a não ser peregrinar. "Fiz uma promessa."
Com Reuters
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice