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08/03/2007 - 22h22

Antigos inimigos podem governar juntos na Irlanda do Norte

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da France Presse, em Belfast

O protestante Ian Paisley e o católico Gery Adams foram reeleitos nesta quinta-feira na Assembléia da Irlanda do Norte (na Província do Ulster), onde seus partidos pareciam derrotar os grupos mais moderados, segundo resultados parciais.

Se esta tendência se confirmar depois dos resultados definitivos --que serão divulgados na sexta-feira-- os dois inimigos do passado terão de governar juntos.

"No final da tarde, o Partido Unionista Democrático (DUP), de Paisley, tinha 16 cadeiras e o Sinn Fein, de Adams, 15, de acordo com resultados parciais envolvendo 36 das 108 cadeiras da Assembléia da Irlanda do Norte. O SDLP (Partido Social-Democrata Trabalhista) tinha duas cadeiras, e o Partido da Aliança, uma.

Gerry Adams foi reeleito sem problemas em sua circunscrição do oeste de Belfast, assim como Ian Paisley em North Antrim.

As primeiras estimativas apontam um nível de comparecimento à votação de cerca de 60% dos eleitores.

Poder dividido

Adams reafirmou nesta quinta-feira que seu partido estava agora pronto para dividir o poder com os protestantes. "Ele (Ian Paisley) é quem deve tomar uma grande decisão. Nós queremos dividir o poder", afirmou.

Paisley manteve o mistério sobre suas intenções, recusando-se até a cumprimentar o homem com quem deveria governar a Província, Martin McGuiness, número dois do Sinn Fein e ex-comandante do braço armado do Exército Republicano Irlandês (IRA).

O IRA aceitou em julho de 2005 renunciar à luta armada e destruir seu arsenal. Em janeiro passado, o Sinn Fein reconheceu, pela primeira vez em sua história, a autoridade da polícia e da Justiça norte-irlandesa.

Ian Paisley mantém, contudo, sua posição intransigente. "Ele deve ser convertido à democracia", declarou na segunda-feira, referindo-se a McGuiness. O Sinn Fein "precisa se arrepender", acrescentou.

Londres deu um prazo de até 26 de março para que este governo seja instalado. Se católicos e protestantes não chegarem a um acordo, Londres e Dublin afirmaram que a Assembléia eleita será dissolvida e o administração provincial será feita diretamente pela capital britânica com a ajuda de Dublin durante um período indeterminado.

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