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11/03/2007
-
10h58
da Folha de S.Paulo
Depois do comício anti-EUA em Buenos Aires anteontem, a contraturnê do presidente venezuelano, Hugo Chávez, tem nova parada na Bolívia, onde hoje ele deve liderar mais um ato contra a visita de George W. Bush à região.
Chávez deixou a Argentina ontem de manhã e, à tarde, ao lado do presidente boliviano, Evo Morales, participou de uma cerimônia pública em Trinidad, capital do Departamento de Beni, o mais afetado pela enchente que atingiu o país no mês passado.
O venezuelano entregou à Bolívia dois helicópteros, 20 tratores e bombas para tornar a água potável. Caracas já enviou comida, médicos e prometeu US$ 25 milhões em ajuda.
A cheia na Bolívia matou 51 pessoas e deixou cerca de 70 mil famílias desabrigadas. Calculam-se em US$ 250 milhões as perdas na safra de soja e nos rebanhos da região. Além de Beni, as chuvas atingiram o Departamento de Santa Cruz, o mais rico do país.
Os dois Departamentos são governados pela oposição, que acusa Morales de usar politicamente a ajuda internacional. O governador de Beni, Ernesto Suárez, do partido opositor Podemos, recusou-se a receber Chávez ontem e disse que é importante lembrar que "os EUA também doaram US$ 1,5 milhão de dólares em ajuda humanitária a Beni".
El Alto e Haiti
Hoje Chávez terá um encontro com movimentos sociais e indígenas na cidade de El Alto, reduto de Morales na periferia de La Paz, que deve se tornar um novo comício anti-Bush.
"Não precisamos fazer um ato contra Bush, mas um ato de ratificação das políticas de defesa da vida", disse Alex Contreras, porta-voz da Presidência boliviana. Ele afirmou, em uma entrevista de TV, que o governo Morales defende uma política "contra a guerra, contra a violência, e essas políticas, sem dúvida, são contrárias ao que os EUA impõem não só no Iraque, mas no continente".
Há possibilidade de que a edição dominical do programa de Chávez, o "Alô Presidente", seja gerado desde El Alto.
Também hoje Bolívia e Venezuela assinam memorando de entendimento para a adesão do país de Morales ao Banco do Sul, fundo comum para a região lançado por Chávez. O banco quer ser uma alternativa aos organismos multilaterais de crédito, como o Banco Mundial, na região. O Brasil assinou na sexta-feira sua adesão à iniciativa, depois de meses de declarações reticentes.
Amanhã, enquanto Bush deixará a Colômbia em direção à Guatemala, Chávez mais uma vez estará próximo: no Haiti. A visita do venezuelano foi anunciada na sexta-feira pelo presidente haitiano, René Préval. Segundo Préval, eles discutirão a ajuda venezuelana ao país.
Com agências internacionais
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Depois do comício anti-EUA em Buenos Aires anteontem, a contraturnê do presidente venezuelano, Hugo Chávez, tem nova parada na Bolívia, onde hoje ele deve liderar mais um ato contra a visita de George W. Bush à região.
Chávez deixou a Argentina ontem de manhã e, à tarde, ao lado do presidente boliviano, Evo Morales, participou de uma cerimônia pública em Trinidad, capital do Departamento de Beni, o mais afetado pela enchente que atingiu o país no mês passado.
O venezuelano entregou à Bolívia dois helicópteros, 20 tratores e bombas para tornar a água potável. Caracas já enviou comida, médicos e prometeu US$ 25 milhões em ajuda.
A cheia na Bolívia matou 51 pessoas e deixou cerca de 70 mil famílias desabrigadas. Calculam-se em US$ 250 milhões as perdas na safra de soja e nos rebanhos da região. Além de Beni, as chuvas atingiram o Departamento de Santa Cruz, o mais rico do país.
Os dois Departamentos são governados pela oposição, que acusa Morales de usar politicamente a ajuda internacional. O governador de Beni, Ernesto Suárez, do partido opositor Podemos, recusou-se a receber Chávez ontem e disse que é importante lembrar que "os EUA também doaram US$ 1,5 milhão de dólares em ajuda humanitária a Beni".
El Alto e Haiti
Hoje Chávez terá um encontro com movimentos sociais e indígenas na cidade de El Alto, reduto de Morales na periferia de La Paz, que deve se tornar um novo comício anti-Bush.
"Não precisamos fazer um ato contra Bush, mas um ato de ratificação das políticas de defesa da vida", disse Alex Contreras, porta-voz da Presidência boliviana. Ele afirmou, em uma entrevista de TV, que o governo Morales defende uma política "contra a guerra, contra a violência, e essas políticas, sem dúvida, são contrárias ao que os EUA impõem não só no Iraque, mas no continente".
Há possibilidade de que a edição dominical do programa de Chávez, o "Alô Presidente", seja gerado desde El Alto.
Também hoje Bolívia e Venezuela assinam memorando de entendimento para a adesão do país de Morales ao Banco do Sul, fundo comum para a região lançado por Chávez. O banco quer ser uma alternativa aos organismos multilaterais de crédito, como o Banco Mundial, na região. O Brasil assinou na sexta-feira sua adesão à iniciativa, depois de meses de declarações reticentes.
Amanhã, enquanto Bush deixará a Colômbia em direção à Guatemala, Chávez mais uma vez estará próximo: no Haiti. A visita do venezuelano foi anunciada na sexta-feira pelo presidente haitiano, René Préval. Segundo Préval, eles discutirão a ajuda venezuelana ao país.
Com agências internacionais
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