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14/03/2007
-
09h53
da Folha Online
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, alertou o Ocidente nesta quarta-feira que a distância com Teerã aumentará se mais sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) forem impostas como punição pela recusa do país em interromper seu programa nuclear.
"Estão enganados se acham que podem sentar e preparar (...) algo com o objetivo de isolar a nação iraniana", disse Ahmadinejad durante discurso a milhares de pessoas na cidade iraniana de Yazd.
"Vocês não são apenas incapazes de ferir o Irã, como se isolariam ainda mais e se tornariam mais odiados", declarou, referindo-se ao Ocidente.
Ausente da retórica de Ahmadinejad estava qualquer menção à decisão da Rússia, comunicada na segunda-feira (12), de adiar o envio de um importante carregamento de combustível para o reator nuclear iraniano de Bushehr, devido a atrasos no pagamento. Sem o urânio russo, a planta de Bushehr não pode começar a gerar eletricidade.
A atitude de Moscou, um importante aliado de Teerã, foi um golpe político para o Irã.
A Rússia também usou uma linguagem forte nesta semana ao criticar o país persa por não cumprir os prazos estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) para a interrupção do programa de enriquecimento de urânio.
O Irã esperava que o reator de Bushehr começasse a operar em setembro, o que teria melhorado a posição do país na negociação da questão nuclear com a comunidade internacional.
Em dezembro, o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções limitadas ao Irã por sua recusa em interromper seu programa de enriquecimento de urânio. Agora, membros do conselho discutem um novo pacote de sanções contra o Irã e parecem estar chegando a um acordo.
O novo pacote deve incluir um embargo de armas e o congelamento de bens de indivíduos e companhias ligados aos programas nuclear e de mísseis iranianos.
Fim da dominação
A atitude russa indica que Moscou está aborrecida com a intransigência de Teerã. Oficiais iranianos acusam a Rússia de se curvar à pressão internacional para que adote uma linha mais dura contra o Irã.
Mas Ahmadinejad disse nesta quarta-feira que a dominação global do Ocidente acabou. O presidente pediu que os líderes ocidentais acordem de seu "sono cheio de sonhos".
Os EUA e alguns de seus aliados europeus temem que o Irã esteja usando o enriquecimento de urânio para construir armas nucleares. Teerã nega a acusação, dizendo que seu programa nuclear visa gerar eletricidade, e não bombas.
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), agência nuclear da ONU, afirmou que embora não haja evidência de que o programa nuclear iraniano esteja lidando com armas, o país aumentou o enriquecimento de urânio em vez de interrompê-lo desde que as sanções foram impostas.
O Irã diz que não desistirá de seus direitos de enriquecer urânio e produzir combustível nuclear, garantidos pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
Com Associated Press
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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, alertou o Ocidente nesta quarta-feira que a distância com Teerã aumentará se mais sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) forem impostas como punição pela recusa do país em interromper seu programa nuclear.
"Estão enganados se acham que podem sentar e preparar (...) algo com o objetivo de isolar a nação iraniana", disse Ahmadinejad durante discurso a milhares de pessoas na cidade iraniana de Yazd.
"Vocês não são apenas incapazes de ferir o Irã, como se isolariam ainda mais e se tornariam mais odiados", declarou, referindo-se ao Ocidente.
Raheb Homavandi/Reuters |
Líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante discurso em Teerã |
A atitude de Moscou, um importante aliado de Teerã, foi um golpe político para o Irã.
A Rússia também usou uma linguagem forte nesta semana ao criticar o país persa por não cumprir os prazos estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) para a interrupção do programa de enriquecimento de urânio.
O Irã esperava que o reator de Bushehr começasse a operar em setembro, o que teria melhorado a posição do país na negociação da questão nuclear com a comunidade internacional.
Em dezembro, o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções limitadas ao Irã por sua recusa em interromper seu programa de enriquecimento de urânio. Agora, membros do conselho discutem um novo pacote de sanções contra o Irã e parecem estar chegando a um acordo.
O novo pacote deve incluir um embargo de armas e o congelamento de bens de indivíduos e companhias ligados aos programas nuclear e de mísseis iranianos.
Fim da dominação
A atitude russa indica que Moscou está aborrecida com a intransigência de Teerã. Oficiais iranianos acusam a Rússia de se curvar à pressão internacional para que adote uma linha mais dura contra o Irã.
Mas Ahmadinejad disse nesta quarta-feira que a dominação global do Ocidente acabou. O presidente pediu que os líderes ocidentais acordem de seu "sono cheio de sonhos".
Os EUA e alguns de seus aliados europeus temem que o Irã esteja usando o enriquecimento de urânio para construir armas nucleares. Teerã nega a acusação, dizendo que seu programa nuclear visa gerar eletricidade, e não bombas.
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), agência nuclear da ONU, afirmou que embora não haja evidência de que o programa nuclear iraniano esteja lidando com armas, o país aumentou o enriquecimento de urânio em vez de interrompê-lo desde que as sanções foram impostas.
O Irã diz que não desistirá de seus direitos de enriquecer urânio e produzir combustível nuclear, garantidos pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
Com Associated Press
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