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14/03/2007
-
10h44
da Folha Online
Em visita à Síria, o chefe de política externa da União Européia (UE), Javier Solana, pediu nesta quarta-feira que o país faça mais para ajudar a diminuir as tensões no Iraque e no Líbano.
A visita de Solana põe fim a um congelamento de dois anos de contatos de alto nível entre a UE e Damasco.
Antes de iniciar uma reunião com o presidente da Síria, Bashar al Assad, Solana pediu a oficiais sírios que combatam o tráfico de armas através da fronteira com o Líbano e que contribuam para a estabilização do Iraque, informaram diplomatas europeus.
"A mensagem de Solana é que isso pode ser um começo. Precisamos de passos concretos", afirmou um diplomata.
Solana encontrou-se com o ministro de Relações Exteriores sírio, Walid al Moualem, e com o vice-presidente Farouq al Shara antes de se reunir com Assad.
Questionado na segunda-feira (12) sobre suspeitas de que armas estão sendo levadas da Síria para o Líbano, Solana respondeu que ele não via como as armas chegariam de outra maneira. A rota costeira é vigiada por navios europeus.
"De onde as armas vêm? Não posso dizer. Mas posso dizer por onde é difícil elas chegarem", disse Solana.
A Síria afirma que tem cooperado com o Iraque, lembrando que o país esteve na mesma mesa que representantes dos EUA na conferência realizada em Bagdá neste fim-de-semana para encontrar soluções para o caos iraquiano.
Desde a invasão americana no Iraque, oficiais iraquianos afirmam que a Síria abriga grande número de ex-oficiais e membros da inteligência do antigo Exército iraquiano.
Damasco estabeleceu um preço pela cooperação, como o apoio de Washington em sua campanha para retomar as Colinas de Golã, ocupadas por Israel em 1967.
Viagem
A viagem de Solana ao Líbano, à Arábia Saudita e à Síria acontece depois que a França retirou suas objeções aos contatos da UE com o governo de Damasco.
De acordo com uma investigação da ONU (Organização das Nações Unidas), a Síria estaria envolvida no assassinato do premiê libanês Rafik al Hariri em 2005. Damasco nega envolvimento no caso.
A Síria é vista como a chave para resolver o impasse político entre a maioria anti-Síria do Líbano e facções rivais, incluindo aliados do grupo radical xiita Hizbollah, que já dura quatro meses.
Com Reuters
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Em visita à Síria, o chefe de política externa da União Européia (UE), Javier Solana, pediu nesta quarta-feira que o país faça mais para ajudar a diminuir as tensões no Iraque e no Líbano.
A visita de Solana põe fim a um congelamento de dois anos de contatos de alto nível entre a UE e Damasco.
Antes de iniciar uma reunião com o presidente da Síria, Bashar al Assad, Solana pediu a oficiais sírios que combatam o tráfico de armas através da fronteira com o Líbano e que contribuam para a estabilização do Iraque, informaram diplomatas europeus.
"A mensagem de Solana é que isso pode ser um começo. Precisamos de passos concretos", afirmou um diplomata.
Solana encontrou-se com o ministro de Relações Exteriores sírio, Walid al Moualem, e com o vice-presidente Farouq al Shara antes de se reunir com Assad.
Questionado na segunda-feira (12) sobre suspeitas de que armas estão sendo levadas da Síria para o Líbano, Solana respondeu que ele não via como as armas chegariam de outra maneira. A rota costeira é vigiada por navios europeus.
"De onde as armas vêm? Não posso dizer. Mas posso dizer por onde é difícil elas chegarem", disse Solana.
A Síria afirma que tem cooperado com o Iraque, lembrando que o país esteve na mesma mesa que representantes dos EUA na conferência realizada em Bagdá neste fim-de-semana para encontrar soluções para o caos iraquiano.
Desde a invasão americana no Iraque, oficiais iraquianos afirmam que a Síria abriga grande número de ex-oficiais e membros da inteligência do antigo Exército iraquiano.
Damasco estabeleceu um preço pela cooperação, como o apoio de Washington em sua campanha para retomar as Colinas de Golã, ocupadas por Israel em 1967.
Viagem
A viagem de Solana ao Líbano, à Arábia Saudita e à Síria acontece depois que a França retirou suas objeções aos contatos da UE com o governo de Damasco.
De acordo com uma investigação da ONU (Organização das Nações Unidas), a Síria estaria envolvida no assassinato do premiê libanês Rafik al Hariri em 2005. Damasco nega envolvimento no caso.
A Síria é vista como a chave para resolver o impasse político entre a maioria anti-Síria do Líbano e facções rivais, incluindo aliados do grupo radical xiita Hizbollah, que já dura quatro meses.
Com Reuters
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