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14/03/2007 - 14h44

Parlamento palestino vota novo governo no sábado

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da Folha Online

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, pertencente ao Fatah, e o premiê palestino Ismail Haniyeh, do grupo terrorista e partido político Hamas, concordaram em submeter seu governo de união à votação no Parlamento palestino no próximo sábado (17). A formação do novo gabinete será divulgada nesta quinta-feira.

Os palestinos esperam que o acordo acabe com os confrontos entre o Fatah e o Hamas, além de aliviar um embargo de ajuda à ANP, embora não seja certo que os dois objetivos sejam alcançados.

Israel afirmou que boicotará o governo de coalizão palestino, incluindo ministros que não são do Hamas, a menos que ele reconheça o Estado judeu, renuncie à violência e aceite acordos provisórios de paz, como foi exigido pelos mediadores de paz do Quarteto do Oriente Médio (EUA, União Européia, ONU e Rússia).

Washington também avisou os oficiais palestinos que o embargo não será levantado até que as três condições sejam aceitas.

Voto de confiança

Ahmed Bahar, do Hamas, que serve como porta-voz parlamentar, disse que os legisladores discutirão a plataforma política do governo para dar um voto de confiança.
O maior obstáculo para o acordo é sobre quem será o ministro do Interior, responsável pelo controle de muitos serviços importantes de segurança.

Pelo acordo do governo de união, assinado em Meca no mês passado, o Hamas escolhe o ministro do Interior, mas Abbas tem poder de veto.

"Esta questão será finalizada hoje ou amanhã", disse Abdel-Hakim Awad, porta-voz do Fatah em Gaza. "Está quase tudo pronto", afirmou o porta-voz do gabinete do governo liderado pelo Hamas, Ghazi Hamad.

Legisladores do Fatah propuseram que Azzam al Ahmed, chefe do bloco parlamentar da facção, seja o vice-primeiro-ministro do novo governo, informou Nabil Shaath, conselheiro de Abbas.

Israel

O acordo do governo de unidade contém uma vaga promessa de respeitar pactos israelo-palestinos anteriores, mas não prevê que o novo governo os siga nem que reconheça Israel ou renuncie à violência.

O conselheiro político de Haniyeh, Ahmed Youssef, disse que o grupo islâmico pode querer suspender a "resistência armada" no futuro, para buscar uma aproximação política para resolver as tensões com Israel.

"O pensamento do Hamas pode testemunhar as mudanças ideológicas no futuro", disse Youssef ao diário árabe de Londres "Asharq al Awsat". "Por que aumentar o trabalho com armas? Vamos tentar a política e se não conseguirmos o que queremos então poderemos retornar à resistência", disse o conselheiro político.

Mas Youssef disse que o Hamas não reconheceria Israel e permaneceria contra a solução de dois Estados.

Abbas e Haniyeh estavam sob pressão para elaborar um acordo rapidamente.

Durante a noite, explosões danificaram ou destruíram duas casas na faixa de Gaza, em novos confrontos de facções.

Membros da força executiva do Hamas atacaram uma casa perto da cidade de Gaza usando granadas impulsionadas por foguetes, não longe de onde um homem não identificado matou um membro do braço armado do grupo nesta terça-feira, afirmaram moradores locais.

Hamas

Ataques atribuídos ao Hamas mataram cerca de 300 israelenses em cerca de 58 ataques depois do início da Segunda Intifada, em 2000. A última ação deste tipo do grupo foi em 2004.

De acordo com o Hamas, a decisão de participar da disputa eleitoral em 2006 --que levou o grupo ao controle do Parlamento palestino-- e o acordo de coalizão fechado em fevereiro apenas "preservam os mais altos interesses do povo palestino".

Líderes do Hamas ofereceram uma trégua de longo prazo a Israel em troca da formação de um Estado palestino que inclua a Cisjordânia e a faixa de Gaza.

A carta de fundação do grupo, de 1988, prega a destruição do Estado de Israel.

Com Reuters

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