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16/03/2007
-
20h49
da Folha Online
da France Presse
O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, disse nesta sexta-feira, nos Estados Unidos, que "a guerra no Iraque quebrou a imagem da América", e pediu que as tropas americanas saiam o país árabe até 2008. Ontem, uma proposta para retirada até março de 2008 foi rejeitada pelo Senado americano em votação no plenário.
Para Villepin, "nenhum país pode hoje impor sozinho uma nova ordem mundial". "Os Estados Unidos continuam sendo a primeira potência, eles são os únicos a possuir todos os atributos: a força militar, a potência econômica, a capacidade de inovação tecnológica, a força de atração de seu estilo de vida", afirmou o premiê durante uma conferência-debate em inglês na Universidade Harvard, perto de Boston (nordeste).
"Mas olhemos as coisas lucidamente: a guerra no Iraque foi um ponto de virada, ela quebrou a imagem da América, ela deteriorou a imagem de todo o Ocidente. Agora é hora de Estados Unidos e Europa reconquistarem juntos o respeito e a admiração dos outros povos", completou Villepin, que defendeu em 2003 o "não" francês à guerra do Iraque, promovida pelos EUA e apoiada pelo Reino Unido.
"Devemos estabelecer um prazo claro para a retira das tropas estrangeiras do Iraque. Acredito que isso deva acontecer em um ano, em 2008", disse o premiê. "Isso permitirá que os iraquianos sintam que o futuro do país está em suas mãos e voltem para o caminho da soberania nacional.
Retirada
O Senado dos EUA rejeitou nesta quinta-feira, após semanas de discussões, uma lei que propunha a retirada das tropas americanas do combate até março de 2008. O fracasso da lei ocorreu pouco depois que o Pentágono admitiu, pela primeira vez, que o conflito no Iraque pode ser classificado como uma guerra civil.
A medida não fazia exigências, mas sugeria o prazo de cerca de 12 meses para a volta dos soldados em combate no Iraque para os EUA. Ela foi divulgada na última semana, e imediatamente levou a Casa Branca a ameaçar vetar a proposta.
A proposta foi apresentada pela maioria democrata no Senado e previa que a retirada das tropas americanas seria iniciada em cerca de quatro meses.
Apesar do fracasso da medida, a discussão da lei impõe mais um golpe contra o presidente George W. Bush e sua estratégia cada vez mais impopular para a guerra do Iraque. Bush se recusa a fixar um prazo para a retirada das tropas.
Para a Casa Branca, a resolução "viola a autoridade constitucional do presidente como comandante-em-chefe das Forças Armadas ao impor um prazo artificial para a retirada das tropas americanas do Iraque, sem levar em consideração as condições do combate e as conseqüências da derrota".
Guerra civil
No mais recente relatório para analisar a situação do Iraque, divulgado na última quarta-feira (14) no site do Pentágono, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirma, pela primeira vez, que a violência que assola o país pode ser descrita como guerra civil.
"Alguns elementos [do conflito] no Iraque podem ser considerados parte de uma guerra civil", diz o documento, que aponta o período entre outubro e dezembro de 2006 como o mais violento do conflito desde a invasão do país pelos EUA, em março de 2003, há quatro anos.
Ataques e baixas sofridas por civis e pelas forças de coalizão foram mais altas nesse período do que em qualquer outro período de três meses, segundo dados recolhidos pelo Pentágono.
Com agências internacionais
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da France Presse
O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, disse nesta sexta-feira, nos Estados Unidos, que "a guerra no Iraque quebrou a imagem da América", e pediu que as tropas americanas saiam o país árabe até 2008. Ontem, uma proposta para retirada até março de 2008 foi rejeitada pelo Senado americano em votação no plenário.
Para Villepin, "nenhum país pode hoje impor sozinho uma nova ordem mundial". "Os Estados Unidos continuam sendo a primeira potência, eles são os únicos a possuir todos os atributos: a força militar, a potência econômica, a capacidade de inovação tecnológica, a força de atração de seu estilo de vida", afirmou o premiê durante uma conferência-debate em inglês na Universidade Harvard, perto de Boston (nordeste).
"Mas olhemos as coisas lucidamente: a guerra no Iraque foi um ponto de virada, ela quebrou a imagem da América, ela deteriorou a imagem de todo o Ocidente. Agora é hora de Estados Unidos e Europa reconquistarem juntos o respeito e a admiração dos outros povos", completou Villepin, que defendeu em 2003 o "não" francês à guerra do Iraque, promovida pelos EUA e apoiada pelo Reino Unido.
"Devemos estabelecer um prazo claro para a retira das tropas estrangeiras do Iraque. Acredito que isso deva acontecer em um ano, em 2008", disse o premiê. "Isso permitirá que os iraquianos sintam que o futuro do país está em suas mãos e voltem para o caminho da soberania nacional.
Retirada
O Senado dos EUA rejeitou nesta quinta-feira, após semanas de discussões, uma lei que propunha a retirada das tropas americanas do combate até março de 2008. O fracasso da lei ocorreu pouco depois que o Pentágono admitiu, pela primeira vez, que o conflito no Iraque pode ser classificado como uma guerra civil.
A medida não fazia exigências, mas sugeria o prazo de cerca de 12 meses para a volta dos soldados em combate no Iraque para os EUA. Ela foi divulgada na última semana, e imediatamente levou a Casa Branca a ameaçar vetar a proposta.
A proposta foi apresentada pela maioria democrata no Senado e previa que a retirada das tropas americanas seria iniciada em cerca de quatro meses.
Apesar do fracasso da medida, a discussão da lei impõe mais um golpe contra o presidente George W. Bush e sua estratégia cada vez mais impopular para a guerra do Iraque. Bush se recusa a fixar um prazo para a retirada das tropas.
Para a Casa Branca, a resolução "viola a autoridade constitucional do presidente como comandante-em-chefe das Forças Armadas ao impor um prazo artificial para a retirada das tropas americanas do Iraque, sem levar em consideração as condições do combate e as conseqüências da derrota".
Guerra civil
No mais recente relatório para analisar a situação do Iraque, divulgado na última quarta-feira (14) no site do Pentágono, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirma, pela primeira vez, que a violência que assola o país pode ser descrita como guerra civil.
"Alguns elementos [do conflito] no Iraque podem ser considerados parte de uma guerra civil", diz o documento, que aponta o período entre outubro e dezembro de 2006 como o mais violento do conflito desde a invasão do país pelos EUA, em março de 2003, há quatro anos.
Ataques e baixas sofridas por civis e pelas forças de coalizão foram mais altas nesse período do que em qualquer outro período de três meses, segundo dados recolhidos pelo Pentágono.
Com agências internacionais
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