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17/03/2007
-
18h14
da Folha Online
O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, disse estar "muito otimista" sobre as perspectivas do novo governo de união nacional, aprovado neste sábado pelo Conselho Legislativo Palestino (Parlamento) .
Após a aprovação parlamentar, o novo governo, integrado principalmente pelo partido laico Fatah, do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e pelo movimento muçulmano radical Hamas, considerado um grupo terrorista, de Ismail Haniyeh, prestou juramento em cerimônias simultâneas organizadas em Gaza e na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
Os 25 ministros prestaram juramento um em seguida ao outro, com a mão sobre o Alcorão, e sobre o Novo Testamento, no caso de um ministro cristão.
A nova coalizão Hamas-Fatah enfrenta agora o desafio de acabar com uma crise interna e de convencer uma comunidade internacional cética a suspender o boicote político e econômico imposto ao governo palestino.
As sanções existem desde que o Hamas venceu as eleições legislativas no início de 2006.
Reações
A afirmação otimista de Haniyeh foi dada devido às primeiras reações internacionais à formação do novo gabinete, em particular da decisão da Noruega de restabelecer relações políticas e econômicas com o Executivo palestino.
"Estamos otimistas, muito otimistas", disse Haniyeh em entrevista coletiva após tomar posse.
A Presidência da União Européia (UE), da qual a Noruega não faz parte, recebeu de forma positiva a formação do governo de unidade da ANP, mas reiterou que esperará para ver a atuação deste antes de decidir se retomará as ajudas diretas ao Executivo.
Em linhas gerais, o novo governo foi bem recebido por grande parte dos parceiros internacionais. Vários países europeus qualificaram a decisão de ruptura em boa direção e alguns indicaram sua intenção de falar com os ministros que não forem do movimento islâmico Hamas.
Até Washington declarou-se disposto a tratar com o ministro das Finanças, Salam Fayyad, do Partido da Terceira Via. Fayyad alertou neste sábado que o governo palestino enfrenta grave crise financeira.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que espera que os países árabes ajudem a convencer o resto da comunidade internacional a suspender os boicotes políticos e econômicos impostos contra as instituições palestinas. O Egito pediu hoje a suspensão do boicote.
Israel reafirmou que não pensa em manter negociações com o novo gabinete, embora queira continuar conversando com Abbas.
O vice-primeiro-ministro, Shimon Peres, pediu a seus parceiros que se mantenham firmes em exigir que os líderes palestinos cumpram as condições do Quarteto do Oriente Médio (ONU, EUA, União Européia e Rússia), que são o reconhecimento do Estado israelense, o respeito aos acordos de paz previamente estabelecidos e a renúncia à violência. Essas são as condições para que as sanções internacionais sejam retiradas.
No entanto, políticos da esquerda israelense pediram ao governo que reconsidere essa posição.
Planos
A plataforma política do novo governo não segue as condições internacionais para o fim do boicote.
Porém, ao apresentar o programa do novo governo ao Parlamento, Haniyeh disse que a coalizão quer um Estado palestino nas terras que Israel ocupou em 1967.
Dessa maneira, o premiê palestino expressou um reconhecimento implícito de Israel, ao não reivindicar os territórios que já estavam em mãos israelenses antes da Guerra dos Seis Dias (1967).
Haniyeh também afirmou que os palestinos reafirmam seu direito de resistir à ocupação, mas que também buscarão expandir uma trégua com Israel.
Abbas, por sua vez, usou de linguagem conciliatória ao dizer que os palestinos "rejeitam a violência em todas as suas formas" e buscam "a paz, a liberdade e a igualdade", que seriam as bases das negociações.
O novo governo, anunciou Haniyeh, realizará sua primeira reunião amanhã, e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, assistirá à mesma.
Com agências internacionais
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O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, disse estar "muito otimista" sobre as perspectivas do novo governo de união nacional, aprovado neste sábado pelo Conselho Legislativo Palestino (Parlamento) .
Após a aprovação parlamentar, o novo governo, integrado principalmente pelo partido laico Fatah, do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e pelo movimento muçulmano radical Hamas, considerado um grupo terrorista, de Ismail Haniyeh, prestou juramento em cerimônias simultâneas organizadas em Gaza e na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
Khalil Hamra/AP |
O premiê palestino, Ismail Haniyeh,(à esq.), cumprimenta o presidente Mahmoud Abbas |
A nova coalizão Hamas-Fatah enfrenta agora o desafio de acabar com uma crise interna e de convencer uma comunidade internacional cética a suspender o boicote político e econômico imposto ao governo palestino.
As sanções existem desde que o Hamas venceu as eleições legislativas no início de 2006.
Reações
A afirmação otimista de Haniyeh foi dada devido às primeiras reações internacionais à formação do novo gabinete, em particular da decisão da Noruega de restabelecer relações políticas e econômicas com o Executivo palestino.
"Estamos otimistas, muito otimistas", disse Haniyeh em entrevista coletiva após tomar posse.
A Presidência da União Européia (UE), da qual a Noruega não faz parte, recebeu de forma positiva a formação do governo de unidade da ANP, mas reiterou que esperará para ver a atuação deste antes de decidir se retomará as ajudas diretas ao Executivo.
Em linhas gerais, o novo governo foi bem recebido por grande parte dos parceiros internacionais. Vários países europeus qualificaram a decisão de ruptura em boa direção e alguns indicaram sua intenção de falar com os ministros que não forem do movimento islâmico Hamas.
Até Washington declarou-se disposto a tratar com o ministro das Finanças, Salam Fayyad, do Partido da Terceira Via. Fayyad alertou neste sábado que o governo palestino enfrenta grave crise financeira.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que espera que os países árabes ajudem a convencer o resto da comunidade internacional a suspender os boicotes políticos e econômicos impostos contra as instituições palestinas. O Egito pediu hoje a suspensão do boicote.
Israel reafirmou que não pensa em manter negociações com o novo gabinete, embora queira continuar conversando com Abbas.
O vice-primeiro-ministro, Shimon Peres, pediu a seus parceiros que se mantenham firmes em exigir que os líderes palestinos cumpram as condições do Quarteto do Oriente Médio (ONU, EUA, União Européia e Rússia), que são o reconhecimento do Estado israelense, o respeito aos acordos de paz previamente estabelecidos e a renúncia à violência. Essas são as condições para que as sanções internacionais sejam retiradas.
No entanto, políticos da esquerda israelense pediram ao governo que reconsidere essa posição.
Planos
A plataforma política do novo governo não segue as condições internacionais para o fim do boicote.
Porém, ao apresentar o programa do novo governo ao Parlamento, Haniyeh disse que a coalizão quer um Estado palestino nas terras que Israel ocupou em 1967.
Dessa maneira, o premiê palestino expressou um reconhecimento implícito de Israel, ao não reivindicar os territórios que já estavam em mãos israelenses antes da Guerra dos Seis Dias (1967).
Haniyeh também afirmou que os palestinos reafirmam seu direito de resistir à ocupação, mas que também buscarão expandir uma trégua com Israel.
Abbas, por sua vez, usou de linguagem conciliatória ao dizer que os palestinos "rejeitam a violência em todas as suas formas" e buscam "a paz, a liberdade e a igualdade", que seriam as bases das negociações.
O novo governo, anunciou Haniyeh, realizará sua primeira reunião amanhã, e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, assistirá à mesma.
Com agências internacionais
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