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26/03/2007
-
15h54
da Folha Online
Os presidentes da Rússia e da China pediram nesta segunda-feira ao Irã que cumpra as exigências impostas no último sábado (17) pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU para o fim de seu programa nuclear.
O pedido, feito pelos dois maiores aliados do Irã no CS da ONU, chega um dia depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, rejeitou a nova resolução do conselho e reiterou sua intenção de manter o enriquecimento de urânio no país.
Além de classificar a nova resolução adotada pela ONU contra seu país de "ilegítimas e inúteis", Ahmadinejad anunciou neste domingo a suspensão parcial da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), aumentando a tensão entre o país e a comunidade internacional.
O comunicado conjunto liberado hoje pelo presidente russo, Vladimir Putin, e chinês, Hu Jintao, cujos países são membros permanentes e com direito de voto no conselho, sinaliza a crescente impaciência com Teerã por sua insistência em desafiar a ONU e manter seu programa nuclear.
Diplomacia
Ambos os presidentes enfatizaram que a disputa, cada vez mais tensa, deve ser resolvida através de meios pacíficos, e disseram que seus países tentariam restaurar as negociações para "buscar uma solução aceitável, ampla e de longo prazo para todos os envolvidos".
"Rússia e China convocam o Irã para tomar os necessários passos construtivos para atender às resoluções do Conselho de Segurança e às decisões da AIEA. Acreditamos que o Irã (...) tem o direito de buscar o uso pacífico da energia nuclear enquanto observa suas obrigações dentro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear", diz o texto do comunicado.
Os dois países tem laços comerciais importantes com o Irã e já usaram seu poder de veto para pressionar por sanções mais leves contra seu aliado. Essa posição os leva com freqüência a enfrentarem dilemas com os outros membros com poder de veto no conselho --Estados Unidos, Reino Unido e França--, que preferem uma abordagem mais dura à questão nuclear iraniana.
Resolução
Apesar da abordagem mais suave, a Rússia e a China se uniram aos outros 13 países que compõe atualmente o CS da ONU e votaram favoravelmente para a adoção da resolução 1.747 --a segunda resolução em três meses a condenar o programa nuclear iraniano.
A resolução, adotada no sábado, vai além da esfera nuclear e bane também as exportações iranianas de armas convencionais, além de congelar bens de 28 indivíduos e entidades iranianas no exterior, incluindo o Banco Sepah do Irã e os comandantes da Guarda Revolucionária do país.
Alguns dos afetados são acusados de envolvimento em apoio de movimentos militares no exterior. A resolução de ontem afeta a economia iraniana, mas deixa intocada a indústria do petróleo do país --entre as cinco maiores do mundo.
As novas medidas completam uma resolução anterior, de 23 de dezembro último, que baniu o comércio de materiais nucleares e mísseis balísticos com o Irã, além de congelar bens de indivíduos e entidades associadas com programas atômicos.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã não apenas não atendeu a essa resolução como ainda expandiu seu enriquecimento de urânio, levando a ONU a adotar o novo pacote de sanções.
A votação não contou com a presença do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que defende o caráter pacífico de seu programa nuclear, alegando que as autoridades americanas demoraram intencionalmente na entrega de vistos para sua delegação.
Com agências internacionais
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Rússia e China pedem a Irã que obedeça a resolução da ONU
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Os presidentes da Rússia e da China pediram nesta segunda-feira ao Irã que cumpra as exigências impostas no último sábado (17) pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU para o fim de seu programa nuclear.
12.mar.2007/AP |
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu ao Irã que obedeça ao CS da ONU |
Além de classificar a nova resolução adotada pela ONU contra seu país de "ilegítimas e inúteis", Ahmadinejad anunciou neste domingo a suspensão parcial da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), aumentando a tensão entre o país e a comunidade internacional.
O comunicado conjunto liberado hoje pelo presidente russo, Vladimir Putin, e chinês, Hu Jintao, cujos países são membros permanentes e com direito de voto no conselho, sinaliza a crescente impaciência com Teerã por sua insistência em desafiar a ONU e manter seu programa nuclear.
Diplomacia
Ambos os presidentes enfatizaram que a disputa, cada vez mais tensa, deve ser resolvida através de meios pacíficos, e disseram que seus países tentariam restaurar as negociações para "buscar uma solução aceitável, ampla e de longo prazo para todos os envolvidos".
"Rússia e China convocam o Irã para tomar os necessários passos construtivos para atender às resoluções do Conselho de Segurança e às decisões da AIEA. Acreditamos que o Irã (...) tem o direito de buscar o uso pacífico da energia nuclear enquanto observa suas obrigações dentro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear", diz o texto do comunicado.
Os dois países tem laços comerciais importantes com o Irã e já usaram seu poder de veto para pressionar por sanções mais leves contra seu aliado. Essa posição os leva com freqüência a enfrentarem dilemas com os outros membros com poder de veto no conselho --Estados Unidos, Reino Unido e França--, que preferem uma abordagem mais dura à questão nuclear iraniana.
Resolução
Apesar da abordagem mais suave, a Rússia e a China se uniram aos outros 13 países que compõe atualmente o CS da ONU e votaram favoravelmente para a adoção da resolução 1.747 --a segunda resolução em três meses a condenar o programa nuclear iraniano.
A resolução, adotada no sábado, vai além da esfera nuclear e bane também as exportações iranianas de armas convencionais, além de congelar bens de 28 indivíduos e entidades iranianas no exterior, incluindo o Banco Sepah do Irã e os comandantes da Guarda Revolucionária do país.
Alguns dos afetados são acusados de envolvimento em apoio de movimentos militares no exterior. A resolução de ontem afeta a economia iraniana, mas deixa intocada a indústria do petróleo do país --entre as cinco maiores do mundo.
As novas medidas completam uma resolução anterior, de 23 de dezembro último, que baniu o comércio de materiais nucleares e mísseis balísticos com o Irã, além de congelar bens de indivíduos e entidades associadas com programas atômicos.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã não apenas não atendeu a essa resolução como ainda expandiu seu enriquecimento de urânio, levando a ONU a adotar o novo pacote de sanções.
A votação não contou com a presença do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que defende o caráter pacífico de seu programa nuclear, alegando que as autoridades americanas demoraram intencionalmente na entrega de vistos para sua delegação.
Com agências internacionais
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