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14/04/2007 - 17h53

Ex-campeão de xadrez é liberado após protesto contra governo russo

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da Folha Online

O ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov, detido neste sábado durante manifestação da oposição em Moscou contra a política do presidente russo, Vladimir Putin, foi finalmente liberado depois de condenado a pagar multa de mil rublos, cerca de US$ 40.

Kasparov, que é um dos líderes dos movimentos de oposição ao governo de Putin, ficou quase cinco horas na delegacia.

Ivan Sekretarev/AP
Garry Kasparov fala com jornalistas no tribunal, antes de ser liberado
Garry Kasparov fala com jornalistas no tribunal, antes de ser liberado
Ele foi levado à noite a um tribunal, onde foi condenado "por ter gritado slogans contra o governo", afirmou sua advogada Karinna Moskalenko à agência Ria-Novosti.

"Este não é mais um país (...) o governo tenta fingir que age segundo o espírito da lei", disse Kasparov já fora do tribunal, sem dar sinais de que esteja abalado.

Protestos

Junto com Kasparov, ao menos 200 pessoas foram detidas durante o protesto convocado pela oposição russa e proibido pelas autoridades.

"Somos contra a política de Putin, contra as proibições de partidos, contra os monopólios econômicos que são feitos por pessoas próximas a Putin", resumiu Anton Maliavski, vice-presidente do partido liberal SPS (União das Forças de Direita).

Os detidos foram levadas em sete ônibus, cada um podendo transportar entre 30 e 40 pessoas.

A polícia mencionou 170 detenções. Confrontos foram registrados entre policiais e manifestantes, alguns dos quais foram espancados, segundo a rádio Echo.

No total, cerca de 9.000 policiais e membros das forças do ministério do Interior haviam sido mobilizados, informaram as autoridades.

"Nenhum motivo para nossa detenção nos foi comunicado. Trata-se de uma demonstração de força extremamente violenta que tinha como objetivo aterrorizar as pessoas", disse Garry Kasparov, contatado pela rádio Echo na delegacia.

"Ele foi à praça sabendo que o protesto havia sido proibido e começou a provocar os policiais de forma brutal", afirmou, por sua vez, um representante policial, citado pela Interfax.

Com agências internacionais

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