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20/04/2007
-
14h49
PAUL HANDLEY
da France Presse, em Blacksburg
A três semanas do final das aulas, a Universidade Virginia Tech se encontra deserta e os professores tentam estimular os estudantes, em dúvida sobre o retorno ao cenário onde um aluno matou 32 pessoas e cometeu suicídio na segunda-feira (16), a completar o semestre.
"Vamos incentivá-los para que continuem indo às aulas", disse o reitor Mark McNamee, descartando os boatos de que os cursos seriam cancelados.
"Os estudantes terão opções para completar o semestre", acrescentou.
A instituição fechou as portas depois que o sul-coreano Cho Seung-hui, 23, matou cinco professores e 27 estudantes em quatro salas de aula e em um alojamento.
Enquanto a comunidade local se une para lidar com o luto e a comoção, alguns estudantes, que viajaram para ficar ao lado de suas famílias, estão temerosos quanto a um retorno ao cenário do massacre. A incógnita é saber quantos dos 26 mil alunos estarão na universidade na próxima segunda-feira, dia do reinício das aulas.
McNamee descartou os rumores de que o restante do ano acadêmico e as graduações seriam canceladas. A universidade planeja oferecer aos estudantes opções para que possam concluir o semestre, com os exames finais programados para 9 de maio e a cerimônia de formatura em 11 de maio.
Os alunos poderão decidir até o último dia de aula se desejam ser avaliados com base em todo o semestre ou apenas no que foi trabalhado até 16 de abril, data da tragédia, a pior matança em um centro educacional da história dos Estados Unidos.
McNamee também anunciou que a universidade vai conceder diplomas póstumos para honrar as mortes dos 27 estudantes assassinados por Cho, que serão entregues oficialmente na formatura de 11 de maio.
"As famílias estão muito contentes com isto", disse o reitor.
Retorno
Sam Mitchell, jovem universitário de Anapolis (Maryland) que está no último ano e foi um dos poucos que não voltou para casa esta semana, espera o retorno de quase todos os estudantes na segunda-feira.
"Acredito que apenas queriam ver suas famílias depois de tudo o que aconteceu", declarou.
Já o americano nascido na Rússia Anton Fionov disse que não pode permitir que a tragédia interfira em seus estudos. "Tenho que me formar em maio. Já tenho um trabalho em vista", declarou.
No entanto, existe um grupo de estudantes cujo retorno é uma incógnita: os que escaparam dos tiros de Cho, um número indeterminado de alunos que podem temer entrar em uma sala de aula depois da devastadora experiência.
A exibição por redes de TV americanas de fotos e vídeos enviados pelo assassino como manifesto final não ajuda em nada a superar o traumático episódio. "A tristeza é esmagadora", disse a professora Ellen Braaten.
Com 36 anos de carreira em Virginia Tech, ela diz que tem como dever assegurar que a matança não prejudique o aprendizado dos estudantes.
"Na segunda-feira vou propor opções de testes. Tenho que fazer", destacou.
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da France Presse, em Blacksburg
A três semanas do final das aulas, a Universidade Virginia Tech se encontra deserta e os professores tentam estimular os estudantes, em dúvida sobre o retorno ao cenário onde um aluno matou 32 pessoas e cometeu suicídio na segunda-feira (16), a completar o semestre.
"Vamos incentivá-los para que continuem indo às aulas", disse o reitor Mark McNamee, descartando os boatos de que os cursos seriam cancelados.
"Os estudantes terão opções para completar o semestre", acrescentou.
A instituição fechou as portas depois que o sul-coreano Cho Seung-hui, 23, matou cinco professores e 27 estudantes em quatro salas de aula e em um alojamento.
Enquanto a comunidade local se une para lidar com o luto e a comoção, alguns estudantes, que viajaram para ficar ao lado de suas famílias, estão temerosos quanto a um retorno ao cenário do massacre. A incógnita é saber quantos dos 26 mil alunos estarão na universidade na próxima segunda-feira, dia do reinício das aulas.
McNamee descartou os rumores de que o restante do ano acadêmico e as graduações seriam canceladas. A universidade planeja oferecer aos estudantes opções para que possam concluir o semestre, com os exames finais programados para 9 de maio e a cerimônia de formatura em 11 de maio.
Os alunos poderão decidir até o último dia de aula se desejam ser avaliados com base em todo o semestre ou apenas no que foi trabalhado até 16 de abril, data da tragédia, a pior matança em um centro educacional da história dos Estados Unidos.
McNamee também anunciou que a universidade vai conceder diplomas póstumos para honrar as mortes dos 27 estudantes assassinados por Cho, que serão entregues oficialmente na formatura de 11 de maio.
"As famílias estão muito contentes com isto", disse o reitor.
Retorno
Sam Mitchell, jovem universitário de Anapolis (Maryland) que está no último ano e foi um dos poucos que não voltou para casa esta semana, espera o retorno de quase todos os estudantes na segunda-feira.
"Acredito que apenas queriam ver suas famílias depois de tudo o que aconteceu", declarou.
Já o americano nascido na Rússia Anton Fionov disse que não pode permitir que a tragédia interfira em seus estudos. "Tenho que me formar em maio. Já tenho um trabalho em vista", declarou.
No entanto, existe um grupo de estudantes cujo retorno é uma incógnita: os que escaparam dos tiros de Cho, um número indeterminado de alunos que podem temer entrar em uma sala de aula depois da devastadora experiência.
A exibição por redes de TV americanas de fotos e vídeos enviados pelo assassino como manifesto final não ajuda em nada a superar o traumático episódio. "A tristeza é esmagadora", disse a professora Ellen Braaten.
Com 36 anos de carreira em Virginia Tech, ela diz que tem como dever assegurar que a matança não prejudique o aprendizado dos estudantes.
"Na segunda-feira vou propor opções de testes. Tenho que fazer", destacou.
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