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20/04/2007
-
23h38
JESÚS GARCÍA BECERRIL
da Efe, em Paris
As eleições presidenciais francesas serão disputadas por 12 candidatos, entre eles quatro mulheres, um terço do total, uma proporção nunca alcançada antes, e seis novatos na experiência de tentar chegar à Presidência.
Nas eleições de 2002, também havia quatro mulheres, mas o total de candidatos atingiu um recorde, com 16. Assim, a percentagem feminina era de 25%.
Mas a maior novidade é que pela primeira vez uma mulher, a socialista Ségolène Royal, conta com possibilidades reais de ser presidente. De acordo com pesquisas de opinião, ela deverá estar entre os dois mais votados no primeiro turno, neste domingo.
Além de Royal, concorrem duas ex-ministras, a comunista Marie-George Buffet e a ecologista Dominique Voynet. A quarta candidata é Arlette Laguiller, que representa a ultra-esquerdista Luta Operária.
Royal e Buffet são estreantes, assim como o conservador Nicolas Sarkozy, o líder antiglobalização José Bové, o ultra-esquerdista Gérard Schivardi, do Partido dos Trabalhadores, e o representante de Caça, Pesca, Natureza e Tradição, Frédéric Nihous.
última campanha
Laguiller, 67, enfrenta a sua sexta e última campanha. Ela começou em 1974, quando foi a primeira mulher na história da França a tentar o cargo.
Outro veterano, com cinco candidaturas, é o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, 78.
O oposto extremo, tanto em idade quanto em ideologia, é o candidato da Liga Comunista Revolucionária, Olivier Besancenot. Ele é o mais jovem na disputa, com 33 anos, e tentou a Presidência pela primeira vez em 2002.
Do ponto de vista ideológico, a esquerda é a mais representada. Royal divide a preferência com seis companheiros de viagem: Buffet, Besancenot, Laguiller, Schivardi, Voynet e o líder antiglobalização Bové.
Com François Bayrou como candidato de centro, à direita ficam o principal favorito, Sarkozy, o soberanista Philippe de Villiers, o ultradireitista Le Pen e Nihous, que escapa a classificações, mas certamente está à direita do espectro político.
Numa campanha em que a imigração é um tema de intensos debates, destacam-se as origens polonesas de Buffet e Nihous. Sarkozy é descendente de húngaros pelo lado paterno.
Família
Entre os candidatos, só Laguiller não tem filhos. Villiers tem sete, seguido de Bayrou, com seis.
No entanto, a família não tem muita presença pública na campanha. O companheiro de Royal, François Hollande, que é líder do Partido Socialista, e Marine Le Pen, mão direita e filha do candidato da Frente Nacional, são as exceções.
Os candidatos mostram suas diferenças não só no terreno das idéias, mas também no da imagem. A questão é básica na tentativa de captar votos de eleitores já saturados de palavras. Os cartazes eleitorais, os vídeos de campanha, os sites e a própria roupa são elementos que marcam o estilo dos candidatos.
Com mais ou menos sobriedade, os 12 incluem em suas páginas na internet não só suas mensagens e atos de campanha, mas também vídeos. Alguns contam suas impressões em blogs.
Na TV
Enquanto isso, os vídeos de propaganda na televisão são mais bem austeros, com legendas para os surdos e sem grandes parafernálias técnicos.
Um dos que mais cuidam da sua imagem é Sarkozy, com uma equipe própria de televisão.
Outra muito preocupada é Ségolène Royal, que mudou de "look", passando a privilegiar as jaquetas brancas. Algumas vezes recorreu ao vermelho, talvez flertando com o eleitorado. Seu sorriso fotogênico já é um clássico. No entanto, para o cartaz de campanha escolheu uma foto em branco e preto, que parece remeter às estrelas de cinema dos anos 50.
Um perfil tradicional caracteriza os candidatos mais conservadores, Le Pen e Villiers. Também é o caso do centrista Bayrou.
Na esquerda radical, com menos recursos, o aspecto exterior é mais modesto e os cartazes às vezes mais combativos. É o caso do pedreiro Schivardi e da bancária aposentada Laguiller. O carteiro trotskista Besancenot destaca junto a sua foto o lema "Nossas vidas valem mais que os lucros deles".
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da Efe, em Paris
As eleições presidenciais francesas serão disputadas por 12 candidatos, entre eles quatro mulheres, um terço do total, uma proporção nunca alcançada antes, e seis novatos na experiência de tentar chegar à Presidência.
Nas eleições de 2002, também havia quatro mulheres, mas o total de candidatos atingiu um recorde, com 16. Assim, a percentagem feminina era de 25%.
Mas a maior novidade é que pela primeira vez uma mulher, a socialista Ségolène Royal, conta com possibilidades reais de ser presidente. De acordo com pesquisas de opinião, ela deverá estar entre os dois mais votados no primeiro turno, neste domingo.
Além de Royal, concorrem duas ex-ministras, a comunista Marie-George Buffet e a ecologista Dominique Voynet. A quarta candidata é Arlette Laguiller, que representa a ultra-esquerdista Luta Operária.
Royal e Buffet são estreantes, assim como o conservador Nicolas Sarkozy, o líder antiglobalização José Bové, o ultra-esquerdista Gérard Schivardi, do Partido dos Trabalhadores, e o representante de Caça, Pesca, Natureza e Tradição, Frédéric Nihous.
última campanha
Laguiller, 67, enfrenta a sua sexta e última campanha. Ela começou em 1974, quando foi a primeira mulher na história da França a tentar o cargo.
Outro veterano, com cinco candidaturas, é o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, 78.
O oposto extremo, tanto em idade quanto em ideologia, é o candidato da Liga Comunista Revolucionária, Olivier Besancenot. Ele é o mais jovem na disputa, com 33 anos, e tentou a Presidência pela primeira vez em 2002.
Do ponto de vista ideológico, a esquerda é a mais representada. Royal divide a preferência com seis companheiros de viagem: Buffet, Besancenot, Laguiller, Schivardi, Voynet e o líder antiglobalização Bové.
Com François Bayrou como candidato de centro, à direita ficam o principal favorito, Sarkozy, o soberanista Philippe de Villiers, o ultradireitista Le Pen e Nihous, que escapa a classificações, mas certamente está à direita do espectro político.
Numa campanha em que a imigração é um tema de intensos debates, destacam-se as origens polonesas de Buffet e Nihous. Sarkozy é descendente de húngaros pelo lado paterno.
Família
Entre os candidatos, só Laguiller não tem filhos. Villiers tem sete, seguido de Bayrou, com seis.
No entanto, a família não tem muita presença pública na campanha. O companheiro de Royal, François Hollande, que é líder do Partido Socialista, e Marine Le Pen, mão direita e filha do candidato da Frente Nacional, são as exceções.
Os candidatos mostram suas diferenças não só no terreno das idéias, mas também no da imagem. A questão é básica na tentativa de captar votos de eleitores já saturados de palavras. Os cartazes eleitorais, os vídeos de campanha, os sites e a própria roupa são elementos que marcam o estilo dos candidatos.
Com mais ou menos sobriedade, os 12 incluem em suas páginas na internet não só suas mensagens e atos de campanha, mas também vídeos. Alguns contam suas impressões em blogs.
Na TV
Enquanto isso, os vídeos de propaganda na televisão são mais bem austeros, com legendas para os surdos e sem grandes parafernálias técnicos.
Um dos que mais cuidam da sua imagem é Sarkozy, com uma equipe própria de televisão.
Outra muito preocupada é Ségolène Royal, que mudou de "look", passando a privilegiar as jaquetas brancas. Algumas vezes recorreu ao vermelho, talvez flertando com o eleitorado. Seu sorriso fotogênico já é um clássico. No entanto, para o cartaz de campanha escolheu uma foto em branco e preto, que parece remeter às estrelas de cinema dos anos 50.
Um perfil tradicional caracteriza os candidatos mais conservadores, Le Pen e Villiers. Também é o caso do centrista Bayrou.
Na esquerda radical, com menos recursos, o aspecto exterior é mais modesto e os cartazes às vezes mais combativos. É o caso do pedreiro Schivardi e da bancária aposentada Laguiller. O carteiro trotskista Besancenot destaca junto a sua foto o lema "Nossas vidas valem mais que os lucros deles".
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