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22/04/2007 - 21h55

Termina apuração na França; Sarkozy e Royal disputam pleito no 2º turno

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da Folha Online

O candidato governista Nicolas Sarkozy e a socialista Ségolène Royal vão disputar o segundo turno das eleições presidenciais na França, marcado para 6 de maio.

Com 100% dos votos apurados, Sarkozy obteve 31,11% do total, seguido de Royal, que recebeu 25,84%. François Bayrou (centro-liberal), teve 18,55% dos votos e o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, 10,51%. Olivier Besancenot, de extrema esquerda, ficou com 4,11%. Os demais candidatos não chegaram a 3% cada. Os números foram divulgados pelo Ministério do Interior, mas não consideram os votos dos franceses residentes no exterior.

Os franceses compareceram em massa nas urnas neste domingo e quase bateram o recorde de participação no primeiro turno de uma disputa presidencial, deixando para trás a alta abstenção que há 20 anos caracteriza o processo eleitoral francês.

O índice de participação dos franceses nas urnas ficou entre 83,6% e 84,5%, de acordo com estimativas divulgadas às 20h (horário local).

Christophe Ena/AP
Rodeado pela família, Nicolas Sarkozy comparece para votar na eleição francesa
Rodeado pela família, Nicolas Sarkozy comparece para votar na eleição francesa
Três candidatas de esquerda já pedem votos para Royal no segundo turno: Arlette Laguiller, da Luta Operária, a comunista Marie-George Buffet, e Dominique Voynet, do Partido Verde.

"Peço sem hesitar a todos os homens e mulheres de esquerda, a todas e todos os democratas que votem e façam votar no dia 6 maio em Ségolène Royal", declarou Buffet.

Entretanto, uma pesquisa divulgada neste domingo aponta que o conservador Nicolas Sarkozy conseguiria 54% dos votos no segundo turno, contra 46% da adversária socialista, Ségolène Royal. A pesquisa constata ainda que 88% dos eleitores já sabem em quem votar no dia 6 de maio.

Pesquisas

Segundo pesquisas, entre 11% e 17% dos eleitores franceses só decidiram neste domingo em quem votariam no primeiro turno das eleições.

A corrida pela Presidência da França será definida no próximo dia 6, entre o conservador Nicolas Sarkozy e a socialista Ségolène Royal, que receberam neste domingo 31% e 25,63% dos votos, respectivamente, de acordo com os últimos dados oficiais.

Na pesquisa do instituto TNS-Sofres, 11% dos eleitores disseram que escolheram hoje em quem votariam. Na projeção do BVA, esse percentual foi de 13%, enquanto na sondagem do Ipsos-Dell, de 17%.

Melanie Frey/EFE
Candidata socialista Ségolène Royal dá seu voto em eleição na França
Candidata socialista Ségolène Royal dá seu voto em eleição na França
Campanha

A campanha foi dominada pela defesa de uma mudança no cenário político francês após 12 anos da liderança conservadora do presidente Jacques Chirac, que deixa um dos países mais ricos do mundo em meio a lutas por reforma econômica, geração de empregos e integração social.

Entre as principais questões que envolvem a corrida presidencial estão o desemprego, a imigração e a aspiração da França em se tornar a principal economia da Europa --posição disputada com a Alemanha e o Reino Unido--, que levou os franceses a votarem contra uma maior integração entre os países da União Européia (UE) em referendo realizado em 2005.

A imigração, uma das principais dificuldades enfrentadas pela França, levou a uma onda de violência nos subúrbios que durou três semanas em 2005. Nos violentos distúrbios, imigrantes árabes e negros protestavam contra a discriminação e a opressão social que sofrem no país.

O desemprego é outro problema grave, já que países como a Índia e a China, e outros com economias mais dinâmicas que a francesa, absorveram as ofertas de trabalho, principalmente no setor industrial.

A sociedade francesa, que tem caráter conservador, teme que seu amplo programa de seguridade social, que representa um alto custo para o governo, tenha que ser sacrificado para tornar a economia do país mais competitiva.

Voto eletrônico

Polêmico desde o início, o voto através de urnas eletrônicas, utilizado hoje pela primeira vez na eleição presidencial do país, provocou problemas em vários colégios eleitorais, além de protestos e denúncias.

Guillaume Horcajuelo/EFE
Candidato centrista François Bayrou vota em eleição francesa
Candidato centrista François Bayrou vota em eleição francesa
A principal disfunção ocorreu em Reims, no noroeste da França, onde um problema elétrico atrasou a abertura de alguns dos colégios equipados com as máquinas.

No total, 1,5 milhão dos 44,5 milhões de eleitores registrados no país deveriam usar a urna eletrônica hoje.

As urnas foram implantadas em 82 municípios com mais de 3.500 habitantes. Em vários deles, os problemas foram causados pelos protestos da população, que desconfia das máquinas.

O conselheiro regional de Ile-de-France, Daniel Guérin, do Movimento Republicano Cidadão (MRC), anunciou que pediu ao Conselho Constitucional que investigue supostas disfunções nas vistorias feitas nas urnas eletrônicas de Villeneuve-le-Roi, perto de Paris.

Em Issy-les-Moulineaux, outra cidade da periferia parisiense, uma pequena manifestação de eleitores contra o sistema eletrônico foi realizada para protestar contra atrasos e problemas.

Bombas

A calma geral que precedeu a eleição foi interrompida durante a madrugada deste sábado para domingo na ilha francesa de Córsega.

Na cidade de Bastia, duas bombas explodiram depois de confrontos durante uma demonstração separatista na ilha nos quais cinco policiais ficaram feridos. As bombas deixaram um pedestre ferido.

Com CNN, Efe, France Presse e Associated Press

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