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25/04/2007
-
12h51
da Folha Online
O centrista François Bayrou, terceiro colocado no primeiro turno das eleições presidenciais na França, anunciou nesta quarta-feira que não apoiará nem o candidato governista, Nicolas Sarkozy, nem a socialista Ségolène Royal na disputa pelo segundo turno.
Ambos os candidatos haviam pedido o apoio de Bayrou, que obteve 7 milhões de votos no primeiro turno, ocorrido no domingo (22), e cujo posicionamento poderia ser decisivo para a corrida pela Presidência.
"Eu não darei conselhos [aos franceses] sobre como votar, afirmou Bayrou, referindo-se à votação do segundo turno, que ocorre no dia 6 de maio.
Além de recusar-se a apoiar ambos os lados, ele teceu críticas aos dois candidatos, dizendo que Sarkozy poderia "intensificar a tensão social no país" devido a seu discurso ultradireitista, enquanto Royal poderia agravar os "problemas econômicos" na França.
Bayrou anunciou ainda a intenção de formar um novo partido político de centro, que recebeu o nome provisório de Partido Democrático, e disse estar "preparado" para um debate público tanto com Sarkozy quanto com Royal.
De acordo com pesquisas de intenção de voto, Sarkozy continua a ser o favorito na disputa.
No entanto, segundo um estudo do instituto TNS Sofres, 46% dos franceses pessoas que votaram em Bayrou apóiam Royal, contra 25% que apóiam Sarkozy e 29% de indecisos.
No primeiro turno, Sarkozy obteve 31,2% dos votos, contra 25,9% de Royal e 18,6% de Bayrou.
Participação
Os franceses compareceram em massa nas urnas no último domingo e quase bateram o recorde de participação no primeiro turno de uma disputa presidencial, deixando para trás a alta abstenção que há 20 anos caracteriza o processo eleitoral francês.
O índice de participação dos franceses nas urnas ficou entre 83,6% e 84,5%, de acordo com estimativas divulgadas às 20h (horário local).
Segundo pesquisas, entre 11% e 17% dos eleitores franceses só decidiram neste domingo em quem votariam no primeiro turno das eleições.
A campanha eleitoral para o primeiro turno foi dominada pela defesa de uma mudança no cenário político francês, após 12 anos da liderança conservadora do presidente Jacques Chirac, que deixa um dos países mais ricos do mundo em meio a lutas por reforma econômica, geração de empregos e integração social.
Questões
Entre as principais questões que envolvem a corrida presidencial estão o desemprego, a imigração e a aspiração da França em se tornar a principal economia da Europa --posição disputada com a Alemanha e o Reino Unido--, que levou os franceses a votarem contra uma maior integração entre os países da União Européia (UE) em referendo
realizado em 2005.
A imigração, uma das principais dificuldades enfrentadas pela França, levou a uma onda de violência nos subúrbios que durou três semanas em 2005. Nos violentos distúrbios, imigrantes árabes e negros protestavam contra a discriminação e a opressão social que sofrem no país.
O desemprego é outro problema grave, já que países como a Índia e a China, e outros com economias mais dinâmicas que a francesa, absorveram as ofertas de trabalho, principalmente no setor industrial.
A sociedade francesa, que tem caráter conservador, teme que seu amplo programa de seguridade social, que representa um alto custo para o governo, tenha que ser sacrificado para tornar a economia do país mais competitiva.
Com France Presse, Reuters e Associated Press
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O centrista François Bayrou, terceiro colocado no primeiro turno das eleições presidenciais na França, anunciou nesta quarta-feira que não apoiará nem o candidato governista, Nicolas Sarkozy, nem a socialista Ségolène Royal na disputa pelo segundo turno.
Ambos os candidatos haviam pedido o apoio de Bayrou, que obteve 7 milhões de votos no primeiro turno, ocorrido no domingo (22), e cujo posicionamento poderia ser decisivo para a corrida pela Presidência.
"Eu não darei conselhos [aos franceses] sobre como votar, afirmou Bayrou, referindo-se à votação do segundo turno, que ocorre no dia 6 de maio.
Benoit Tessier/Reuters |
O centrista François Bayrou rejeita apoiar Royal ou Sarkozy em 2º turno na França |
Bayrou anunciou ainda a intenção de formar um novo partido político de centro, que recebeu o nome provisório de Partido Democrático, e disse estar "preparado" para um debate público tanto com Sarkozy quanto com Royal.
De acordo com pesquisas de intenção de voto, Sarkozy continua a ser o favorito na disputa.
No entanto, segundo um estudo do instituto TNS Sofres, 46% dos franceses pessoas que votaram em Bayrou apóiam Royal, contra 25% que apóiam Sarkozy e 29% de indecisos.
No primeiro turno, Sarkozy obteve 31,2% dos votos, contra 25,9% de Royal e 18,6% de Bayrou.
Participação
Os franceses compareceram em massa nas urnas no último domingo e quase bateram o recorde de participação no primeiro turno de uma disputa presidencial, deixando para trás a alta abstenção que há 20 anos caracteriza o processo eleitoral francês.
O índice de participação dos franceses nas urnas ficou entre 83,6% e 84,5%, de acordo com estimativas divulgadas às 20h (horário local).
Segundo pesquisas, entre 11% e 17% dos eleitores franceses só decidiram neste domingo em quem votariam no primeiro turno das eleições.
A campanha eleitoral para o primeiro turno foi dominada pela defesa de uma mudança no cenário político francês, após 12 anos da liderança conservadora do presidente Jacques Chirac, que deixa um dos países mais ricos do mundo em meio a lutas por reforma econômica, geração de empregos e integração social.
Questões
Entre as principais questões que envolvem a corrida presidencial estão o desemprego, a imigração e a aspiração da França em se tornar a principal economia da Europa --posição disputada com a Alemanha e o Reino Unido--, que levou os franceses a votarem contra uma maior integração entre os países da União Européia (UE) em referendo
realizado em 2005.
Reuters/AP |
Royal (à esq.) e Sarkozy enfrentam-se em segundo turno de eleições na França |
O desemprego é outro problema grave, já que países como a Índia e a China, e outros com economias mais dinâmicas que a francesa, absorveram as ofertas de trabalho, principalmente no setor industrial.
A sociedade francesa, que tem caráter conservador, teme que seu amplo programa de seguridade social, que representa um alto custo para o governo, tenha que ser sacrificado para tornar a economia do país mais competitiva.
Com France Presse, Reuters e Associated Press
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