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27/04/2007
-
23h05
da Efe, em Washington
A Casa Branca rejeitou nesta sexta-feira as críticas do ex-diretor da CIA George Tenet, que afirmou que a administração de George W. Bush invadiu o Iraque sem estudar a verdadeira necessidade de uma guerra nem contemplar outras alternativas.
"Nunca houve um debate sério que eu saiba, dentro da administração, sobre a iminência da ameaça iraquiana", assinalou Tenet em sua autobiografia, intitulada "At the Center of the Storm" (No Centro da Tempestade, em tradução livre), que será lançada na próxima segunda-feira.
Além disso, afirmou que "houve uma discussão significativa" sobre a possibilidade de evitar uma invasão à nação árabe.
Dan Bartlett, assessor político do presidente Bush, afirmou hoje à emissora de TV NBC que o chefe da Casa Branca "lidou com sérias perguntas" sobre a necessidade e conveniência de invadir Iraque.
Bartlett, que qualificou Tenet de "verdadeiro patriota", sugeriu a possibilidade de o ex-diretor da CIA não ter tido consciência da magnitude do debate sobre a invasão do Iraque.
"Eu vi muitas reuniões e escutei o presidente tanto em conversas com outros líderes mundiais, como o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, como internas, nas quais lidou com muitas perguntas", disse o assessor presidencial.
O governante "analisou as diversas propostas e suas conseqüências antes de tomar uma decisão", indicou.
Bode expiatório
No livro, Tenet lamenta que, quando a situação no Iraque piorou, após a invasão e a guerra que se tornou cada vez mais impopular, a administração o transformou em "bode expiatório".
O ex-diretor da CIA lembra com amargura como o vice-presidente Dick Cheney, em entrevista exibida em setembro do ano passado, lembrou em duas ocasiões um comentário de Tenet, antes da invasão, sobre as supostas armas de destruição em massa no Iraque.
Cheney lembrou que, em reunião na Casa Branca em dezembro de 2002, Tenet afirmou que seria fácil demonstrar a presença de armas de destruição em massa no Iraque.
O vice-presidente americano deixou entrever que esta confiança convenceu a Casa Branca a invadir o país árabe.
Tenet renunciou como diretor da CIA em junho de 2004, em meio a tensões com Cheney, com o Pentágono e com a então conselheira de Segurança Nacional, Condoleezza Rice.
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Casa Branca rejeita críticas de ex-chefe da CIA sobre Iraque
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A Casa Branca rejeitou nesta sexta-feira as críticas do ex-diretor da CIA George Tenet, que afirmou que a administração de George W. Bush invadiu o Iraque sem estudar a verdadeira necessidade de uma guerra nem contemplar outras alternativas.
"Nunca houve um debate sério que eu saiba, dentro da administração, sobre a iminência da ameaça iraquiana", assinalou Tenet em sua autobiografia, intitulada "At the Center of the Storm" (No Centro da Tempestade, em tradução livre), que será lançada na próxima segunda-feira.
Além disso, afirmou que "houve uma discussão significativa" sobre a possibilidade de evitar uma invasão à nação árabe.
Dan Bartlett, assessor político do presidente Bush, afirmou hoje à emissora de TV NBC que o chefe da Casa Branca "lidou com sérias perguntas" sobre a necessidade e conveniência de invadir Iraque.
Bartlett, que qualificou Tenet de "verdadeiro patriota", sugeriu a possibilidade de o ex-diretor da CIA não ter tido consciência da magnitude do debate sobre a invasão do Iraque.
"Eu vi muitas reuniões e escutei o presidente tanto em conversas com outros líderes mundiais, como o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, como internas, nas quais lidou com muitas perguntas", disse o assessor presidencial.
O governante "analisou as diversas propostas e suas conseqüências antes de tomar uma decisão", indicou.
Bode expiatório
No livro, Tenet lamenta que, quando a situação no Iraque piorou, após a invasão e a guerra que se tornou cada vez mais impopular, a administração o transformou em "bode expiatório".
O ex-diretor da CIA lembra com amargura como o vice-presidente Dick Cheney, em entrevista exibida em setembro do ano passado, lembrou em duas ocasiões um comentário de Tenet, antes da invasão, sobre as supostas armas de destruição em massa no Iraque.
Cheney lembrou que, em reunião na Casa Branca em dezembro de 2002, Tenet afirmou que seria fácil demonstrar a presença de armas de destruição em massa no Iraque.
O vice-presidente americano deixou entrever que esta confiança convenceu a Casa Branca a invadir o país árabe.
Tenet renunciou como diretor da CIA em junho de 2004, em meio a tensões com Cheney, com o Pentágono e com a então conselheira de Segurança Nacional, Condoleezza Rice.
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