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02/05/2007
-
09h30
da Folha Online
O premiê israelense, Ehud Olmert, convocou uma reunião de emergência nesta quarta-feira e afirmou que seus rivais políticos devem diminuir a pressão por sua renúncia.
Olmert passou a ser pressionado após a divulgação, na segunda-feira (30) de um relatório da Comissão Winograd que o acusa de ter cometido "graves erros" durante o conflito no Líbano.
Na reunião de gabinete, que durou cerca de três horas, ministros do governo de Olmert concordaram em acatar as recomendações do relatório, e em instituir um comitê para supervisionar a implementação das medidas.
No encontro, o premiê afirmou que seu governo será o "melhor remédio" para os erros que ele possa ter cometido. "Para aqueles que estão ávidos para se beneficiar deste relatório para ganhar vantagens política, sugiro que diminuam o ritmo", disse Olmert na reunião.
A campanha para que Olmert deixe o governo acirrou-se nesta terça-feira depois da renúncia do ministro sem pasta Eitan Cabel, no primeiro impacto na formação governista após a divulgação do documento. Após anunciar que deixará o cargo, o ministro aconselhou o premiê a seguir seu exemplo. "Olmert deve renunciar. Ele tem que assumir a responsabilidade. Eu não posso mais fazer parte deste governo", afirmou Cabel.
A ministra de Relações Exteriores e vice-premiê de Israel, Tzipi Livni, também disse a assessores nesta terça-feira que Olmert deveria deixar o governo, segundo TVs israelenses.
"Olmert deve sair", disse Livni, de acordo com o Channel 10. Outra emissora de TV, o Channel 2, afirmou que a ministra --forte candidata a suceder Olmert-- está fazendo pressão para substitui-lo na chefia de governo.
Se Olmert perder o apoio interno de seu partido, o Kadima, Livni deve sucedê-lo como premiê. Caso sua administração caia e novas eleições sejam convocadas, o ex-premiê Binyamin Netanyahu, do Partido Likud, seria o eleito, de acordo com pesquisas.
Pesquisa
Uma pesquisa divulgada hoje revela que 68% dos israelenses querem a renúncia de Olmert, e 40% defendem a antecipação das eleições, segundo a empresa independente "Diálogo".
Os números foram publicados nesta quarta-feira pelo jornal "Haaretz". A pesquisa ouviu 500 pessoas, após a divulgação, na segunda-feira, do relatório da Comissão Winograd, sobre os erros cometidos pelo governo e pelas Forças Armadas durante a invasão do Líbano, em julho e agosto do ano passado, para enfrentar a milícia islamita do Hizbollah.
Apenas 23% dos consultados disseram que Olmert, responsabilizado pelos erros ao lado do ministro da Defesa, Amir Peretz, e do ex-chefe das Forças Armadas, general Dan Halutz, tem que continuar à frente do governo. Para 85%, Peretz também deve renunciar. O ministro é líder do Partido Trabalhista e principal parceiro da coalizão de Olmert, líder do Kadima.
A popularidade de Olmert caiu devido ao conflito no Líbano e a uma série de escândalos de corrupção envolvendo membros de seu governo.
Documento
O relatório foi divulgado em meio a grande expectativa após seis meses de investigações sobre o confronto, que foi desencadeado em julho de 2006 depois que três soldados israelenses foram mortos e outros dois foram seqüestrados na fronteira israelo-libanesa.
De acordo com o documento, Olmert lançou a guerra sem ter um plano bem definido e Peretz pecou pela "inexperiência" e pela "falta de familiaridade" com o Exército. Já Halutz teria agido de forma "impulsiva" à frente do Exército.
Em 34 dias de conflito, Israel não conseguiu resgatar os soldados capturados nem impedir o lançamento de milhares de foguetes e morteiros contra o território israelense.
O conflito deixou um saldo de cerca de 1.400 mortos [1.200 civis] no Líbano e 200 em Israel [a maioria militares].
Com Reuters, Efe e Associated Press
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Sob pressão para renunciar, Olmert convoca reunião de emergência
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O premiê israelense, Ehud Olmert, convocou uma reunião de emergência nesta quarta-feira e afirmou que seus rivais políticos devem diminuir a pressão por sua renúncia.
Olmert passou a ser pressionado após a divulgação, na segunda-feira (30) de um relatório da Comissão Winograd que o acusa de ter cometido "graves erros" durante o conflito no Líbano.
Na reunião de gabinete, que durou cerca de três horas, ministros do governo de Olmert concordaram em acatar as recomendações do relatório, e em instituir um comitê para supervisionar a implementação das medidas.
Menahem Kahana/AP |
Olmert sofre pressão para renunciar após relatório |
A campanha para que Olmert deixe o governo acirrou-se nesta terça-feira depois da renúncia do ministro sem pasta Eitan Cabel, no primeiro impacto na formação governista após a divulgação do documento. Após anunciar que deixará o cargo, o ministro aconselhou o premiê a seguir seu exemplo. "Olmert deve renunciar. Ele tem que assumir a responsabilidade. Eu não posso mais fazer parte deste governo", afirmou Cabel.
A ministra de Relações Exteriores e vice-premiê de Israel, Tzipi Livni, também disse a assessores nesta terça-feira que Olmert deveria deixar o governo, segundo TVs israelenses.
"Olmert deve sair", disse Livni, de acordo com o Channel 10. Outra emissora de TV, o Channel 2, afirmou que a ministra --forte candidata a suceder Olmert-- está fazendo pressão para substitui-lo na chefia de governo.
Se Olmert perder o apoio interno de seu partido, o Kadima, Livni deve sucedê-lo como premiê. Caso sua administração caia e novas eleições sejam convocadas, o ex-premiê Binyamin Netanyahu, do Partido Likud, seria o eleito, de acordo com pesquisas.
Pesquisa
Uma pesquisa divulgada hoje revela que 68% dos israelenses querem a renúncia de Olmert, e 40% defendem a antecipação das eleições, segundo a empresa independente "Diálogo".
Os números foram publicados nesta quarta-feira pelo jornal "Haaretz". A pesquisa ouviu 500 pessoas, após a divulgação, na segunda-feira, do relatório da Comissão Winograd, sobre os erros cometidos pelo governo e pelas Forças Armadas durante a invasão do Líbano, em julho e agosto do ano passado, para enfrentar a milícia islamita do Hizbollah.
Apenas 23% dos consultados disseram que Olmert, responsabilizado pelos erros ao lado do ministro da Defesa, Amir Peretz, e do ex-chefe das Forças Armadas, general Dan Halutz, tem que continuar à frente do governo. Para 85%, Peretz também deve renunciar. O ministro é líder do Partido Trabalhista e principal parceiro da coalizão de Olmert, líder do Kadima.
A popularidade de Olmert caiu devido ao conflito no Líbano e a uma série de escândalos de corrupção envolvendo membros de seu governo.
Documento
O relatório foi divulgado em meio a grande expectativa após seis meses de investigações sobre o confronto, que foi desencadeado em julho de 2006 depois que três soldados israelenses foram mortos e outros dois foram seqüestrados na fronteira israelo-libanesa.
De acordo com o documento, Olmert lançou a guerra sem ter um plano bem definido e Peretz pecou pela "inexperiência" e pela "falta de familiaridade" com o Exército. Já Halutz teria agido de forma "impulsiva" à frente do Exército.
Em 34 dias de conflito, Israel não conseguiu resgatar os soldados capturados nem impedir o lançamento de milhares de foguetes e morteiros contra o território israelense.
O conflito deixou um saldo de cerca de 1.400 mortos [1.200 civis] no Líbano e 200 em Israel [a maioria militares].
Com Reuters, Efe e Associated Press
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