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03/05/2007
-
11h29
da Efe, em Jerusalém
O premiê israelense, Ehud Olmert, sofreu nesta quinta-feira duras críticas no Parlamento contra o governo pela condução do conflito de 2006 no Líbano, enquanto é preparada uma manifestação em massa nas ruas de Tel Aviv exigindo sua renúncia.
O líder do partido de extrema-direita Likud, o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pediu hoje indiretamente no Knesset [Parlamento] a realização de eleições antecipadas. "É preciso voltar-se para o povo" porque "não há uma liderança responsável e sensata", disse.
O líder da oposição criticou o atual governo após a divulgação das conclusões preliminares do relatório da Comissão Winograd sobre a guerra no Líbano em 2006.
"O governo de Israel e todos os que estão ali não têm critério", afirmou, tachando de "irresponsáveis" e "inexperientes" seus integrantes.
Netanyahu afirmou que o resultado da guerra "demonstrou que o conceito de unilateralismo não funciona". Foi uma referência à retirada israelense do Líbano em 2000 e ao plano de abandonar parte da Cisjordânia, o que fez com que Olmert vencesse o pleito.
Agora que "este relatório baixou a cortina que havia diante dos olhos" de todos, ficou claro que "aqueles que fracassaram na guerra não podem ser aqueles que corrigirão os erros".
O vice-primeiro-ministro Shimon Peres encerrou o debate parlamentar em defesa do governo e do partido Kadima, insistindo que Olmert "não ocultou nada e estabeleceu uma comissão objetiva", exatamente para analisar os erros.
Peres disse que, após a disputa, "o Hizbollah não retornou ao sul do Líbano" e especificou que caso não tivesse sido lançada, "teriam continuado os seqüestros de soldados" israelenses.
"O governo tem a missão de corrigir imediatamente os erros cometidos na guerra e continuar o programa para obter a paz com os palestinos e, se for possível, com toda a região".
Sessão
A sessão, na qual se destacou a ausência do ministro da Defesa e dirigente trabalhista, Amir Peretz, foi acompanhada no Parlamento por parentes de soldados mortos no combate de 2006.
"Todos estão criticando, mas não devem se esquecer de que as Forças Armadas de Israel não foram derrotadas no Líbano, a milícia do Hizbollah não está mais na fronteira. Isso é um fracasso?", questionou o membro do Partido dos Aposentados, Moshé Sharoni, que faz parte da coalizão de governo.
"Este governo permitiu a morte de 119 soldados e 44 civis israelenses por perseguir objetivos grandiosos e absurdos, e se vocês (Olmert e Peretz) tiverem vergonha, renunciariam", comentou a deputada do grupo pacifista Meretz-Yahad, Zahava Gal On.
O deputado árabe-israelense Ahmed Tibi disse que "o grande erro não foi o fracasso na condução do conflito, como diz o relatório da comissão, mas tê-lo empreendido".
Protesto
Os últimos preparativos foram feitos na praça Rabin de Tel Aviv, para uma grande manifestação, na qual grupos tanto de esquerda quanto de direita, entidades da sociedade civil e veteranos de guerra exigirão que o primeiro-ministro renuncie.
O colunista do jornal "Haaretz" Ari Shavit acredita que a "Bibifobia" --Netanyahu é conhecido popularmente como "Bibi"-- é neste momento a "rede de salvação de Olmert".
No entanto, Shavit não acha que Netanyahu seja necessariamente a alternativa segura para suceder o primeiro-ministro. Ainda assim, as pesquisas de opinião o colocam em primeiro lugar na preferência.
Renúncia
Para o editor do "Jerusalem Post" David Horovitz, a decisão da ministra dos Assuntos Exteriores, Tzipi Livni, de não renunciar representou um "respaldo ao primeiro-ministro e serviu para aplacar uma provável rebelião no governo e no partido Kadima".
No entanto, a ministra disse que pensou em deixar o cargo, mas mudou de idéia. A renúncia, para ela, "é uma forma de protesto, não necessariamente uma mostra de liderança. Não existe nenhuma certeza que se tivesse renunciado, o primeiro-ministro teria feito o mesmo".
Na sessão desta quinta-feira, Livni e Olmert sentaram lado a lado na primeira fileira do Parlamento, correspondente aos ministros do governo, mas quase não se falaram.
Olmert obteve na noite de ontem uma vitória política entre os 19 representantes do Kadima no Parlamento, que o apoiaram na recusa em renunciar.
De acordo com o editor do "Jerusalem Post", por enquanto, a pressão sobre Olmert diminuiu.
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O líder do partido de extrema-direita Likud, o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pediu hoje indiretamente no Knesset [Parlamento] a realização de eleições antecipadas. "É preciso voltar-se para o povo" porque "não há uma liderança responsável e sensata", disse.
O líder da oposição criticou o atual governo após a divulgação das conclusões preliminares do relatório da Comissão Winograd sobre a guerra no Líbano em 2006.
"O governo de Israel e todos os que estão ali não têm critério", afirmou, tachando de "irresponsáveis" e "inexperientes" seus integrantes.
Netanyahu afirmou que o resultado da guerra "demonstrou que o conceito de unilateralismo não funciona". Foi uma referência à retirada israelense do Líbano em 2000 e ao plano de abandonar parte da Cisjordânia, o que fez com que Olmert vencesse o pleito.
Agora que "este relatório baixou a cortina que havia diante dos olhos" de todos, ficou claro que "aqueles que fracassaram na guerra não podem ser aqueles que corrigirão os erros".
O vice-primeiro-ministro Shimon Peres encerrou o debate parlamentar em defesa do governo e do partido Kadima, insistindo que Olmert "não ocultou nada e estabeleceu uma comissão objetiva", exatamente para analisar os erros.
Peres disse que, após a disputa, "o Hizbollah não retornou ao sul do Líbano" e especificou que caso não tivesse sido lançada, "teriam continuado os seqüestros de soldados" israelenses.
"O governo tem a missão de corrigir imediatamente os erros cometidos na guerra e continuar o programa para obter a paz com os palestinos e, se for possível, com toda a região".
Sessão
A sessão, na qual se destacou a ausência do ministro da Defesa e dirigente trabalhista, Amir Peretz, foi acompanhada no Parlamento por parentes de soldados mortos no combate de 2006.
"Todos estão criticando, mas não devem se esquecer de que as Forças Armadas de Israel não foram derrotadas no Líbano, a milícia do Hizbollah não está mais na fronteira. Isso é um fracasso?", questionou o membro do Partido dos Aposentados, Moshé Sharoni, que faz parte da coalizão de governo.
"Este governo permitiu a morte de 119 soldados e 44 civis israelenses por perseguir objetivos grandiosos e absurdos, e se vocês (Olmert e Peretz) tiverem vergonha, renunciariam", comentou a deputada do grupo pacifista Meretz-Yahad, Zahava Gal On.
O deputado árabe-israelense Ahmed Tibi disse que "o grande erro não foi o fracasso na condução do conflito, como diz o relatório da comissão, mas tê-lo empreendido".
Protesto
Os últimos preparativos foram feitos na praça Rabin de Tel Aviv, para uma grande manifestação, na qual grupos tanto de esquerda quanto de direita, entidades da sociedade civil e veteranos de guerra exigirão que o primeiro-ministro renuncie.
O colunista do jornal "Haaretz" Ari Shavit acredita que a "Bibifobia" --Netanyahu é conhecido popularmente como "Bibi"-- é neste momento a "rede de salvação de Olmert".
No entanto, Shavit não acha que Netanyahu seja necessariamente a alternativa segura para suceder o primeiro-ministro. Ainda assim, as pesquisas de opinião o colocam em primeiro lugar na preferência.
Renúncia
Para o editor do "Jerusalem Post" David Horovitz, a decisão da ministra dos Assuntos Exteriores, Tzipi Livni, de não renunciar representou um "respaldo ao primeiro-ministro e serviu para aplacar uma provável rebelião no governo e no partido Kadima".
No entanto, a ministra disse que pensou em deixar o cargo, mas mudou de idéia. A renúncia, para ela, "é uma forma de protesto, não necessariamente uma mostra de liderança. Não existe nenhuma certeza que se tivesse renunciado, o primeiro-ministro teria feito o mesmo".
Na sessão desta quinta-feira, Livni e Olmert sentaram lado a lado na primeira fileira do Parlamento, correspondente aos ministros do governo, mas quase não se falaram.
Olmert obteve na noite de ontem uma vitória política entre os 19 representantes do Kadima no Parlamento, que o apoiaram na recusa em renunciar.
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