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04/05/2007 - 08h34

Premiê de Israel Ehud Olmert ignora protesto em Tel Aviv

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ELÍAS ZALDIVAR
da Efe, em Jerusalém

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, decidiu ignorar os mais de 100 mil manifestantes que exigiram na noite desta quinta-feira a sua renúncia, na praça Yitzhak Rabin, em Tel Aviv, segundo informaram hoje fontes governamentais.

O chefe do governo, responsabilizado por graves erros na condução do conflito do ano passado contra a milícia xiita Hizbollah, no Líbano, admitiu sua responsabilidade.

Segundo as fontes, ele quer corrigir os erros com a ajuda de um comitê ministerial e a assessoria de uma equipe de especialistas, chefiada pelo general Amnon Lipkin-Shajak.

02.mai.2007/AP
O premiê israelense, Ehud Olmert, sofre pressão popular para renunciar
O premiê israelense, Ehud Olmert, sofre pressão para renunciar
O comitê e a equipe de assessoria terão 30 dias para propor um programa de ação. Os dois grupos foram nomeados esta semana, após o relatório da Comissão Winograd, que estudou durante mais de seis meses a conduta do governo e das Forças Armadas no ano passado.

A grande concentração de ontem à noite, em Tel Aviv, que segundo os organizadores reuniu 200 mil pessoas, atraiu manifestantes de diversos setores políticos, desde a oposição de direita até a esquerda pacifista.

Os pacifistas concordam que Olmert, do partido de centro Kadima, deve renunciar por causa dos seus erros. Mas são contra a realização de eleições antecipadas, pois acreditam que o vencedor seria o ex-primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

A esquerda vê em Netanyahu um perigo para as negociações de paz com o povo palestino e com o mundo árabe em geral.

"Para mim não há dúvidas de que a manifestação, que não foi algo comum terá grande influência. Não digo que Olmert vai renunciar por causa dela. Mas influirá em seu entorno, em seu partido, seus assessores", disse o líder do bloco pacifista Meretz, Iosi Beilin.

Renúncia

Beilin opina que Olmert deve renunciar e que o Poder Executivo deva ficar nas mãos do veterano vice-primeiro-ministro Shimon Peres, do setor pacifista.

Segundo Beilin, Olmert e seus colaboradores "não poderão suportar a contínua oposição da direita e da esquerda contra uma só pessoa".

A chave para o futuro da coalizão de governo, que conta com uma folgada maioria de 78 das 120 cadeiras do Parlamento, pode ser a decisão do Comitê Central do Partido Trabalhista, principal parceiro do Kadima.

O partido, liderado pelo ministro da Defesa, Amir Peretz, deverá decidir se permanece no Governo com Olmert, ou se rompe a aliança.

Peretz, cuja renúncia também foi exigida pelos manifestantes em Tel Aviv, está em plena campanha pela reeleição como líder dos trabalhistas.

Para os comentaristas parlamentares da imprensa local, é difícil prever uma dissociação total entre os trabalhistas e o Partido Kadima, diante da ameaça de os partidos da direita, liderados pelo Likud de Netanyahu, retornarem ao poder.

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