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04/05/2007
-
15h40
da France Presse
A Rússia e os Estados Unidos concordaram em manter negociações entre seus ministros da Defesa e das Relações Exteriores para tentar suavizar as tensões em relação à instalação, por parte de Washington, de um sistema de escudo antimísseis em países da Europa Oriental, informou nesta sexta-feira Dan Fried, secretário adjunto de Estado americano.
"Concordamos com a sugestão da Rússia de que os secretários de Defesa e de Estado se reúnam com suas contrapartes e o façam no formato dois mais dois", afirmou.
Segundo Fried, o primeiro encontro está sendo planejado para setembro, apesar de não terem sido estabelecidas datas, e poderá incluir os assessores de segurança nacional de ambos os governos.
Os Estados Unidos querem instalar dez mísseis interceptores na Polônia e um radar ultra-aperfeiçoado na República Tcheca como parte de seu escudo antimísseis. Esse projeto vem enfrentando oposição da Rússia, que vê nele uma ameaça direta à sua segurança.
Os Estados Unidos tentam há vários meses reduzir os temores da Rússia afirmando que o projeto é de seu interesse para impedir, por exemplo, um ataque do Irã.
Temor
O chefe do Estado-Maior do Exército russo afirmou nesta sexta-feira que seu país teme a colocação de mísseis de longo alcance por parte dos Estados Unidos nas instalações escolhidas para as infra-estruturas do escudo antimísseis.
"Não excluímos a possibilidade de que eles [os americanos] posicionem, nos mesmos locais, mísseis de ataque de longo e médio alcances", declarou o general Yuri Baluievski em notícia divulgada no jornal governamental "Rossiiskaia Gazeta", onde critica amplamente o projeto americano.
Para os EUA, a extensão para a Europa de seu projeto se justifica pela "ameaça" do Irã e Coréia do Norte, mas, segundo Baluievski, isso "esconde o objetivo real do sistema: uma mudança do equilíbrio estratégico em seu favor, com a criação de condições para utilizar com mais eficácia suas forças estratégicas nucleares".
"O objetivo principal do escudo antimísseis na Europa é a Rússia", sentenciou.
Outro lado
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, havia qualificado de "absurda" a idéia de que o projeto pudesse romper o equilíbrio estratégico com a Rússia.
Rice e o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, asseguraram que o projeto americano seria "ineficaz" contra o "gigantesco" arsenal nuclear russo. "Falar de uma nova corrida armamentista com a Rússia é um anacronismo sem fundamento real", anunciaram numa declaração publicada no final de abril na imprensa russa.
Para convencer Moscou de que este projeto não representa uma ameaça, Gates havia apresentado um conjunto de propostas sobre os sistemas de defesa durante uma visita a Moscou no final de abril.
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A Rússia e os Estados Unidos concordaram em manter negociações entre seus ministros da Defesa e das Relações Exteriores para tentar suavizar as tensões em relação à instalação, por parte de Washington, de um sistema de escudo antimísseis em países da Europa Oriental, informou nesta sexta-feira Dan Fried, secretário adjunto de Estado americano.
"Concordamos com a sugestão da Rússia de que os secretários de Defesa e de Estado se reúnam com suas contrapartes e o façam no formato dois mais dois", afirmou.
Segundo Fried, o primeiro encontro está sendo planejado para setembro, apesar de não terem sido estabelecidas datas, e poderá incluir os assessores de segurança nacional de ambos os governos.
Os Estados Unidos querem instalar dez mísseis interceptores na Polônia e um radar ultra-aperfeiçoado na República Tcheca como parte de seu escudo antimísseis. Esse projeto vem enfrentando oposição da Rússia, que vê nele uma ameaça direta à sua segurança.
Os Estados Unidos tentam há vários meses reduzir os temores da Rússia afirmando que o projeto é de seu interesse para impedir, por exemplo, um ataque do Irã.
Temor
O chefe do Estado-Maior do Exército russo afirmou nesta sexta-feira que seu país teme a colocação de mísseis de longo alcance por parte dos Estados Unidos nas instalações escolhidas para as infra-estruturas do escudo antimísseis.
"Não excluímos a possibilidade de que eles [os americanos] posicionem, nos mesmos locais, mísseis de ataque de longo e médio alcances", declarou o general Yuri Baluievski em notícia divulgada no jornal governamental "Rossiiskaia Gazeta", onde critica amplamente o projeto americano.
Para os EUA, a extensão para a Europa de seu projeto se justifica pela "ameaça" do Irã e Coréia do Norte, mas, segundo Baluievski, isso "esconde o objetivo real do sistema: uma mudança do equilíbrio estratégico em seu favor, com a criação de condições para utilizar com mais eficácia suas forças estratégicas nucleares".
"O objetivo principal do escudo antimísseis na Europa é a Rússia", sentenciou.
Outro lado
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, havia qualificado de "absurda" a idéia de que o projeto pudesse romper o equilíbrio estratégico com a Rússia.
Rice e o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, asseguraram que o projeto americano seria "ineficaz" contra o "gigantesco" arsenal nuclear russo. "Falar de uma nova corrida armamentista com a Rússia é um anacronismo sem fundamento real", anunciaram numa declaração publicada no final de abril na imprensa russa.
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