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10/02/2007
-
11h48
da Folha Online
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste sábado que o "aumento do uso da força militar" por parte dos EUA "está criando uma nova corrida armamentista, com países pequenos se voltando ao desenvolvimento de armas nucleares".
Segundo Putin, o mundo está testemunhando "um uso quase incontido da força nas relações internacionais". "Os Estados Unidos já ultrapassaram suas fronteiras de todas as formas", afirmou. Para o presidente russo, isso está "alimentando uma corrida armamentista, com o desejo dos países de conseguir armas nucleares" --Putin não citou nenhum país em particular.
"Isso é perigoso: ninguém mais se sente seguro porque ninguém mais consegue se escudar na lei internacional", afirmou.
Ele se disse ainda preocupado com os planos dos EUA de construir um sistema de defesa de mísseis na Europa Oriental, provavelmente na Polônia e na República Tcheca, além de pretender expandir a Otan (Organização para o Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos Estados Unidos). "O processo de expansão da Otan não tem nada a ver com a modernização da aliança ou com garantir a segurança na Europa (...) Pelo contrário, esse é um fator de peso a provocar a redução da confiança mútua."
Sobre o sistema de defesa de mísseis, Putin disse não ter intenção de acusar ninguém de ser agressivo, mas disse que tal movimento alteraria o equilíbrio de poder e poderia provocar respostas imprevistas. "O equilíbrio seria alterado completamente e um dos lados teria a sensação de completa segurança e liberdade em conflitos locais e, provavelmente, globais (...) Temos de responder a isso."
"Provocativo"
O senador americano Joseph Lieberman disse que os comentários de Putin são "provocativos" e disse que a acusação de que os EUA "pretendem se tornar uma potência unipolar ou agir unilateralmente não tem base nos fatos".
"Mesmo nosso envolvimento no Iraque, e certamente no Afeganistão, segue as resoluções da ONU (...) Isso [os comentários de Putin] então foi provocativo e errado", disse Lieberman, segundo a agência de notícias Associated Press.
O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, não comentou as declarações do presidente russo.
O porta-voz de Putin, Dimitry Peskov, disse que o presidente russo não pretendia ser provocativo, mas reconheceu que foi a crítica mais dura aos EUA desde sua eleição, em março de 2000. "O motivo do comentário foi a preocupação da Rússia quanto ao número crescente de conflitos e ao mau funcionamento das leis internacionais", disse Peskov à AP.
Com agências internacionais
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Putin acusa EUA de tentarem criar nova corrida armamentista
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste sábado que o "aumento do uso da força militar" por parte dos EUA "está criando uma nova corrida armamentista, com países pequenos se voltando ao desenvolvimento de armas nucleares".
Segundo Putin, o mundo está testemunhando "um uso quase incontido da força nas relações internacionais". "Os Estados Unidos já ultrapassaram suas fronteiras de todas as formas", afirmou. Para o presidente russo, isso está "alimentando uma corrida armamentista, com o desejo dos países de conseguir armas nucleares" --Putin não citou nenhum país em particular.
"Isso é perigoso: ninguém mais se sente seguro porque ninguém mais consegue se escudar na lei internacional", afirmou.
Ele se disse ainda preocupado com os planos dos EUA de construir um sistema de defesa de mísseis na Europa Oriental, provavelmente na Polônia e na República Tcheca, além de pretender expandir a Otan (Organização para o Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos Estados Unidos). "O processo de expansão da Otan não tem nada a ver com a modernização da aliança ou com garantir a segurança na Europa (...) Pelo contrário, esse é um fator de peso a provocar a redução da confiança mútua."
Sobre o sistema de defesa de mísseis, Putin disse não ter intenção de acusar ninguém de ser agressivo, mas disse que tal movimento alteraria o equilíbrio de poder e poderia provocar respostas imprevistas. "O equilíbrio seria alterado completamente e um dos lados teria a sensação de completa segurança e liberdade em conflitos locais e, provavelmente, globais (...) Temos de responder a isso."
"Provocativo"
O senador americano Joseph Lieberman disse que os comentários de Putin são "provocativos" e disse que a acusação de que os EUA "pretendem se tornar uma potência unipolar ou agir unilateralmente não tem base nos fatos".
"Mesmo nosso envolvimento no Iraque, e certamente no Afeganistão, segue as resoluções da ONU (...) Isso [os comentários de Putin] então foi provocativo e errado", disse Lieberman, segundo a agência de notícias Associated Press.
O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, não comentou as declarações do presidente russo.
O porta-voz de Putin, Dimitry Peskov, disse que o presidente russo não pretendia ser provocativo, mas reconheceu que foi a crítica mais dura aos EUA desde sua eleição, em março de 2000. "O motivo do comentário foi a preocupação da Rússia quanto ao número crescente de conflitos e ao mau funcionamento das leis internacionais", disse Peskov à AP.
Com agências internacionais
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