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04/05/2007
-
20h48
da Folha Online
O encerramento da campanha eleitoral na França foi marcada nesta sexta-feira não só pelas expectativas cada vez mais altas sobre a disputa presidencial, que será decidida no próximo domingo, mas também pela elevação do tom da candidata socialista, Ségolène Royal. A candidata, que aparece com uma diferença de cerca de dez pontos percentuais atrás de seu concorrente em pesquisas de opinião, alertou hoje para o risco de violência e brutalidade no país em caso de vitória de seu oponente, o conservador Nicolas Sarkozy.
No que pareceu uma última tentativa de conquistar votos, Royal acusou hoje seu adversário de mentir e polarizar a França. "Escolher Nicolas Sarkozy será uma decisão perigosa", disse ela à rádio RTL em uma entrevista. "É minha responsabilidade hoje alertar as pessoas do risco de sua candidatura no que se refere à violência e brutalidade que se abateriam sobre o país [se ele vencer]", completou.
Questionada novamente se acreditava que a vitória de Sarkozy detonaria atos de violência, Royal confirmou: "Sim, acho que sim". Ela se referia especificamente às revoltas dos subúrbios de Paris que sacudiram a França em 2005, em grande medida geradas pela oposição de descendentes de imigrantes a Sarkozy.
O conservador, no entanto, riu do comentário. "Ela não está de bom humor nesta manhã. Deve ser por causa das pesquisas de opinião", disse Sarkozy à rádio Europe 1.
Pesquisas
Uma pesquisa do TNS Sofres divulgada hoje apontou para a liderança de Sarkozy com 54,4% das intenções de voto na França, contra 45,5% de Royal.
As últimas pesquisas da campanha, uma da BVA e outra do Instituto Ipsos, também apontam para a vitória do candidato conservador.
Em ambas, Sarkozy aparece como o candidato preferido por 55% dos eleitores, contra 45% que preferem a socialista.
É difícil imaginar que essa tendência será revertida", disse o vice-diretor da TNS Sofres. Hoje foi o último dia de campanha antes de os franceses irem às urnas no próximo domingo (6).
Agressividade
Não foi a primeira vez que Royal mostrou firmeza e agressividade neste segundo turno da disputa presidencial francesa. No único debate em que os dois finalistas se enfrentaram, na última quarta-feira, a socialista e o conservador trocaram críticas e provocações.
Logo no início do debate, Royal questionou o histórico de Sarkozy como ministro do Interior e das Finanças, cargos que ele ocupou antes de concorrer à Presidência. "O que você fez nos últimos cinco anos? Há um problema de credibilidade aqui", disse a socialista, que interrompeu as respostas de Sarkozy com freqüência.
Sarkozy, que mantém a liderança em praticamente todas as pesquisas de opinião desde o 1º turno, adotou uma atitude defensiva durante a maior parte do debate, mas atacou sua oponente em alguns momentos.
Durante uma discussão sobre escolas para portadores de deficiência, o conservador acusou Royal de perder a calma: "Ao menos isso serviu a um propósito --mostrar que você fica irritada muito depressa. Um presidente é alguém que tem responsabilidades muito sérias".
"Não vou aceitar as imoralidades de seu discurso político", disse Royal em resposta. "Não ficarei calma frente a injustiças".
O primeiro e único debate entre dois candidatos válidos na corrida eleitoral foi transmitido ao vivo em dois dos principais canais de TV da França e alcançou uma audiência estimada em metade dos 44,5 milhões de eleitores do país. O debate foi iniciado às 21h locais(16h de Brasília) e durou duas horas.
Sarkozy venceu o primeiro turno em 22 de abril com 31,2% dos votos, contra 25,9% de Royal.
Com Reuters, Efe e France Presse
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O encerramento da campanha eleitoral na França foi marcada nesta sexta-feira não só pelas expectativas cada vez mais altas sobre a disputa presidencial, que será decidida no próximo domingo, mas também pela elevação do tom da candidata socialista, Ségolène Royal. A candidata, que aparece com uma diferença de cerca de dez pontos percentuais atrás de seu concorrente em pesquisas de opinião, alertou hoje para o risco de violência e brutalidade no país em caso de vitória de seu oponente, o conservador Nicolas Sarkozy.
Remy Gabalda/AP |
Cartaz mostra candidata socialista à Presidência da França, Ségolène Royal |
Questionada novamente se acreditava que a vitória de Sarkozy detonaria atos de violência, Royal confirmou: "Sim, acho que sim". Ela se referia especificamente às revoltas dos subúrbios de Paris que sacudiram a França em 2005, em grande medida geradas pela oposição de descendentes de imigrantes a Sarkozy.
O conservador, no entanto, riu do comentário. "Ela não está de bom humor nesta manhã. Deve ser por causa das pesquisas de opinião", disse Sarkozy à rádio Europe 1.
Pesquisas
Uma pesquisa do TNS Sofres divulgada hoje apontou para a liderança de Sarkozy com 54,4% das intenções de voto na França, contra 45,5% de Royal.
Robert Pratta/Reuters |
O candidato conservador, Nicolas Sarkozy, consolida liderança em disputa na França |
Em ambas, Sarkozy aparece como o candidato preferido por 55% dos eleitores, contra 45% que preferem a socialista.
É difícil imaginar que essa tendência será revertida", disse o vice-diretor da TNS Sofres. Hoje foi o último dia de campanha antes de os franceses irem às urnas no próximo domingo (6).
Agressividade
Não foi a primeira vez que Royal mostrou firmeza e agressividade neste segundo turno da disputa presidencial francesa. No único debate em que os dois finalistas se enfrentaram, na última quarta-feira, a socialista e o conservador trocaram críticas e provocações.
Logo no início do debate, Royal questionou o histórico de Sarkozy como ministro do Interior e das Finanças, cargos que ele ocupou antes de concorrer à Presidência. "O que você fez nos últimos cinco anos? Há um problema de credibilidade aqui", disse a socialista, que interrompeu as respostas de Sarkozy com freqüência.
Sarkozy, que mantém a liderança em praticamente todas as pesquisas de opinião desde o 1º turno, adotou uma atitude defensiva durante a maior parte do debate, mas atacou sua oponente em alguns momentos.
02.mai.2007/Reuters |
Royal (esq.) e Sarkozy (dir.) se enfrentam frente a frente em debate na TV |
"Não vou aceitar as imoralidades de seu discurso político", disse Royal em resposta. "Não ficarei calma frente a injustiças".
O primeiro e único debate entre dois candidatos válidos na corrida eleitoral foi transmitido ao vivo em dois dos principais canais de TV da França e alcançou uma audiência estimada em metade dos 44,5 milhões de eleitores do país. O debate foi iniciado às 21h locais(16h de Brasília) e durou duas horas.
Sarkozy venceu o primeiro turno em 22 de abril com 31,2% dos votos, contra 25,9% de Royal.
Com Reuters, Efe e France Presse
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