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07/05/2007 - 16h09

Sarkozy vai a Bruxelas e Berlim para discutir política da UE

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da Efe, em Paris

O presidente eleito da França, Nicolas Sarkozy, fará suas primeiras viagens ao exterior para Bruxelas e Berlim para expor seu ponto de vista sobre a construção da União Européia (UE), que passa pela aprovação, o mais rápido possível, da reforma das instituições do bloco europeu, de 27 países.

Sarkozy recebeu nesta segunda-feira diversas mensagens e ligações telefônicas de felicitação de líderes estrangeiros, entre elas a da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. As ligações serviram para expressar o desejo de encontros futuros, ainda sem estabelecer data.

Reuters
Nicolas Sarkozy criticou Ségolène Royal por perder a calma durante discussão na TV
O presidente eleito da França, Nicolas Sarkozy, irá a Bruxelas e a Berlim discutir UE
Embora a política externa tenha ocupado pouco espaço na campanha eleitoral, Sarkozy deu algumas indicações do que pensa em fazer neste âmbito, que, na França, é competência exclusiva do chefe do Estado. Sarkozy assumirá o cargo em 16 de maio e já disse publicamente que uma de suas primeiras ações será viajar à sede da UE em Bruxelas e a Berlim, para manter o vínculo especial com a Alemanha.

Na noite deste domingo, em seu primeiro discurso após o anúncio do resultado das eleições, que indicava sua vitória diante da socialista Ségolène Royal, Sarkozy afirmou que, com ele, a França "está outra vez na Europa", uma mensagem aos países da UE.

O presidente eleito disse que os europeus "escutarão a voz de seus povos, que querem ser protegidos", acrescentando que os cidadãos às vezes vêem a UE "como um cavalo de Tróia de todas as ameaças que existem nas transformações do mundo".

Na campanha, o líder conservador defendeu que seja aprovado, o mais rápido possível, um tratado simplificado que incluiria os aspectos institucionais, para permitir o funcionamento eficaz do bloco europeu.

Isto envolveria a criação de um Ministério de Exteriores europeu, a ampliação das decisões por maioria qualificada, o conceito de dupla maioria (55% dos Estados-membros e 65% da população), maior protagonismo para o Parlamento Europeu e o direito de iniciativa popular, para que 1 milhão de cidadãos possam pedir à Comissão que promova propostas concretas.

Plebiscito

O novo presidente francês deixou claro que, enquanto não ocorrer esta reforma institucional, que no caso da França seria ratificada no Parlamento, e não por plebiscito, a UE não poderia incluir outros membros.

Quando, em maio de 2005, os franceses rejeitaram em plebiscito o projeto de Constituição européia, abriram uma crise, aumentada pelos eleitores holandeses pouco depois, que ainda não foi resolvida.

Sarkozy é firme quando rejeita a hipótese da entrada da Turquia no bloco, alegando que o país "não está na Europa, mas na Ásia Menor", e que prefere fazer outros tipos de acordos, de associação ou comerciais, mas ressaltando que é contrário a sua adesão à UE.

O chefe de governo da França confirmou sua vontade de ter boas relações com os Estados Unidos, o que lhe valeu críticas de "partidário da Otan", mas rejeitou esta imagem.

"Aos amigos americanos, quero dizer que podem contar com nossa amizade. Estaremos ao seu lado quando precisarem, mas a amizade é também aceitar que se possa pensar diferente", disse Sarkozy domingo à noite, pedindo expressamente aos EUA que liderem a luta contra a mudança climática, "pois o destino da Humanidade está em jogo".

Sarkozy deseja promover a criação de uma União Mediterrânea, formada por países das duas margens do mar, com o objetivo de promover "um sonho de paz e civilização" que, de maneira concreta, enfocaria questões de imigração e cooperação.

Consciente dos laços históricos da França com a África, o presidente eleito quer ajudar o continente a lutar contra doenças, a pobreza e a fome, mas frisou seu desejo de ter uma "imigração controlada".

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