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Confrontos matam 14 no Líbano; OLP apóia "eliminação" de radicais
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da Folha Online
Após intensificar o confronto com os radicais islâmicos do grupo Fatah al Islam no norte do Líbano, o Exército do país passou a contar com o apoio da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) para "eliminar" completamente os insurgentes. Os confrontos entre militares e radicais já mataram ao menos 14 pessoas nesta sexta-feira.
O Fatah al Islam está isolado dentro do campo de refugiados palestinos Nahr al Bared. O apoio ao Exército libanês foi divulgado na rede de TV Al Jazeera por Abbas Zaki, representante da OLP.
Mohamed Messara/Efe |
Coluna de fumaça se forma durante confrontos em campo de refugiados no Líbano |
"Foi tomada uma decisão para realizar uma entrada estudada no campo de refugiados, garantindo que os civis não fiquem feridos, para aniquilar este grupo lá dentro", disse Zaki. O responsável da OLP disse hoje que sua organização apóia a decisão do Exército libanês de "eliminar" o Fatah al Islam, mesmo se este decidir tomar o campo de refugiados.
O Exército invadiu hoje o campo de refugiados palestinos, onde os radicais estão baseados, e tenta cercar as posições do grupo. Os militares, no entanto, permaneceram em sua maioria nas extremidades do campo, sem tomar o controle da região.
Exército luta contra os radicais no campo desde o dia 20 de maio, no que já se tornou a pior batalha interna desde a guerra civil (1975-1990). Ao menos 84 pessoas --35 soldados, 29 militantes e 20 civis-- haviam sido mortos até esta quinta-feira, de acordo com dados da agência de notícias Reuters.
Mortos
Entre os mortos estão ao menos 12 moradores do campo de refugiados e dois soldados libaneses. Outros 18 soldados ficaram feridos. Não há informações sobre se os 12 mortos no campo são civis ou membros do Fatah al Islam. Algumas agências de notícias, como a Reuters, chegaram a elevar o número total de mortos para 19.
Ben Curtis/AP |
Morador de Nahr el Bared observa fumaça após luta no campo |
Redes de TV libanesas mostraram imagens do campo coberto com nuvens de fumaça, enquanto se ouvem explosões. Cerca de 50 tanques e veículos militares participam da ação, de acordo com imagens exibidas pela rede de TV APTN.
Fontes de segurança informaram que forças de elite tomaram várias posições-chave dos militantes do grupo radical e destruíram bases de atiradores na porção norte de Nahr al Bared.
Os radicais estão refugiados dentro do campo, que possui ruas estreitas e muitos prédios. O governo do primeiro-ministro Fouad Siniora exige que os extremistas se rendam para serem julgados pela morte de ao menos 35 soldados nos confrontos, que começaram há duas semanas.
"Nós decidimos lidar com o Fatah al Islam como um grupo terroristas que mantém reféns aqueles que estão dentro do campo", afirmou o ministro libanês de Telecomunicações, Marwan Hamadeh, à agência Associated Press em Beirute.
De acordo com o ministro, os soldados tentam isolar os radicais. "Acredito que o Exército está determinado, e provavelmente irá reduzir a ação dos terroristas do Fatah al Islam".
O ministro Ahmed Fatfat disse à Al Arabiya que o Exército foi alvo de franco-atiradores nesta quinta-feira e decidiu retaliar. "Aparentemente, eles destruíram essas posições".
Al Qaeda
Em um comunicado, o Exército informa que as tropas foram alvo de ataques a tiros de radicais e decidiram responder de forma "direta e decisiva" para detê-los. Ainda de acordo com o comunicado, o Exército tenta ao máximo evitar que civis se tornem vítimas da ação.
Wael Hisham/Reuters |
Membros da artilharia libanesa bombardeiam campo de refugiados em Trípoli |
Um comunicado divulgado hoje em um site na internet freqüentemente usado pela rede terrorista Al Qaeda convocou militantes do Líbano para tomarem armas e defenderem o Fatah al Islam.
"Islâmicos, levantem-se e ajudem seus irmãos em Nahr al Bared. Este é seu dever religioso", disse o comunicado, assinado por Mohamed Hakaima, militante conhecido por seus laços com a Al Qaeda.
Não foi a primeira ameaça atribuída a Al Qaeda relacionada com o conflito no Líbano. O Fatah al Islam é suspeito de ser ligado à rede terrorista. Na última semana, um grupo que afirma ser ligado à Al Qaeda ameaçou bombardear o país e atacar cristãos libaneses se Beirute continuar a cercar o campo de refugiados palestino.
O grupo, chamado Al Qaeda do Al Sham (nome arábico para a região normalmente associada a Síria, Líbano e Jordânia), afirmou que "nenhum cristão estará seguro no Líbano depois de hoje. Quem atingir será atingido".
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