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Exército volta a atacar radicais; três soldados morrem no Líbano
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da Folha Online
Tropas libanesas atacaram novamente neste sábado o grupo radical islâmico Fatah al Islam no campo de refugiados palestinos Nahr al Bared (norte), em uma ação que resultou na morte de três soldados.
21.mai.2007/Efe |
Nuvem de fumaça sobe após ataque do Exército ao campo de refugiados Nahr al Bared |
O Líbano enfrenta desde o último dia 20 de maio o grupo radical, que é suspeito de ter laços com a rede terrorista Al Qaeda, em Nahr al Bared.
A ação já deixou ao menos 118 pessoas mortas, segundo a agência de notícias Reuters. Hoje, outros 21 militares ficaram feridos em confrontos com metralhadoras no campo. A batalha começou nesta manhã e não foi interrompida.
"O Exército está tentando controlar bases que os militantes usam para atacar os soldados", afirmou um oficial. O confronto com o Fatah al Islam já se tornou a pior crise de violência interna no Líbano desde a guerra civil (1975-1990).
A maior parte dos 40 mil moradores de Nahr al Bared já deixou o campo, onde há falta de comida, água e energia elétrica. Até agora, os esforços de mediadores para convencer os islâmicos radicais a se entregarem não obtiveram resultados.
Frente de negociação
A aliança Frente Islâmica de Ação, que inclui políticos e clérigos sunitas, além de um grupo de clérigos palestinos, continua tentando negociar uma solução para o conflito. "Estamos tentando de todas as formas convence-los, dizendo inclusive que segundo argumentos intelectuais islâmicos e a sharia (lei islâmica), isso [os confrontos] não é certo", disse o líder da Frente, Fathi Yakan.
O confronto começou depois que radicais atacaram unidades do Exército destacadas ao redor de Nahr el Bared, em resposta a uma operação contra uma base em uma cidade próxima.
Marcelo Katsuki/Fol |
O Líbano já enfrentava antes da luta armada uma crise política que dura ao menos sete meses, e o temor de que os confrontos possam se espalhar por outras regiões do país é crescente.
O conflito já chegou a outros campos de refugiados palestinos, e ao menos cinco bombas foram detonadas em Beirute desde o início da violência.
O grupo Fatah al Islam, que teve seu líder, Chaker Abssi, condenado à morte por participar na Jordânia do assassinato de um diplomata americano, contabilizava no início dos combates cerca de 250 membros de diversos países árabes. Hoje, estima-se que só 75 islâmicos seguem combatendo.
Os islâmicos do Fatah al Islam afirmaram recentemente que não se renderiam e que combateriam "até a última gota de sangue". O grupo havia igualmente ameaçado levar a guerra para fora do campo de refugiados.
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