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09/06/2007 - 14h23

Exército volta a atacar radicais; três soldados morrem no Líbano

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da Folha Online

Tropas libanesas atacaram novamente neste sábado o grupo radical islâmico Fatah al Islam no campo de refugiados palestinos Nahr al Bared (norte), em uma ação que resultou na morte de três soldados.

21.mai.2007/Efe
Nuvem de fumaça sobe após ataque do Exército ao campo de refugiados Nahr al Bared
Nuvem de fumaça sobe após ataque do Exército ao campo de refugiados Nahr al Bared

O Líbano enfrenta desde o último dia 20 de maio o grupo radical, que é suspeito de ter laços com a rede terrorista Al Qaeda, em Nahr al Bared.

A ação já deixou ao menos 118 pessoas mortas, segundo a agência de notícias Reuters. Hoje, outros 21 militares ficaram feridos em confrontos com metralhadoras no campo. A batalha começou nesta manhã e não foi interrompida.

"O Exército está tentando controlar bases que os militantes usam para atacar os soldados", afirmou um oficial. O confronto com o Fatah al Islam já se tornou a pior crise de violência interna no Líbano desde a guerra civil (1975-1990).

A maior parte dos 40 mil moradores de Nahr al Bared já deixou o campo, onde há falta de comida, água e energia elétrica. Até agora, os esforços de mediadores para convencer os islâmicos radicais a se entregarem não obtiveram resultados.

Frente de negociação

A aliança Frente Islâmica de Ação, que inclui políticos e clérigos sunitas, além de um grupo de clérigos palestinos, continua tentando negociar uma solução para o conflito. "Estamos tentando de todas as formas convence-los, dizendo inclusive que segundo argumentos intelectuais islâmicos e a sharia (lei islâmica), isso [os confrontos] não é certo", disse o líder da Frente, Fathi Yakan.

O confronto começou depois que radicais atacaram unidades do Exército destacadas ao redor de Nahr el Bared, em resposta a uma operação contra uma base em uma cidade próxima.

Marcelo Katsuki/Fol

O Líbano já enfrentava antes da luta armada uma crise política que dura ao menos sete meses, e o temor de que os confrontos possam se espalhar por outras regiões do país é crescente.

O conflito já chegou a outros campos de refugiados palestinos, e ao menos cinco bombas foram detonadas em Beirute desde o início da violência.

O grupo Fatah al Islam, que teve seu líder, Chaker Abssi, condenado à morte por participar na Jordânia do assassinato de um diplomata americano, contabilizava no início dos combates cerca de 250 membros de diversos países árabes. Hoje, estima-se que só 75 islâmicos seguem combatendo.

Os islâmicos do Fatah al Islam afirmaram recentemente que não se renderiam e que combateriam "até a última gota de sangue". O grupo havia igualmente ameaçado levar a guerra para fora do campo de refugiados.

 

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