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Forças paquistanesas dinamitam muro da Mesquita Vermelha
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da Efe e France Presse, em Islamabad
com Folha Online
Forças de segurança do Paquistão que cercam a Mesquita Vermelha de Islamabad dinamitaram na noite deste sábado (horário local) uma parte do muro do templo, informou um oficial de segurança.
Também houve um intenso tiroteio, pouco antes da meia-noite, entre as forças de segurança e os islâmicos que se mantêm entrincheirados no interior do complexo da mesquita.
Mian Khursheed/Mian Khursheed |
Parede da Mesquita Vermelha, em Islamabad, mostra marcas de tiros durante cerco |
"As forças de segurança dinamitaram o muro para permitir que as pessoas que estão dentro possam sair", disse uma fonte à agência de notícias France Presse. Por enquanto, não há informações sobre possíveis feridos.
Sem a brecha no muro, as pessoas que tentavam sair tinham que tentar escalar seus quase 2,5 m, se tornando alvo de tiros de estudantes radicais --na sexta-feira (6), dois estudantes, de 12 e 14 anos, morreram. A queda do muro também deu às forças de segurança uma imagem mais clara do que acontece do lado de dentro.
A Mesquita Vermelha, tida como base de islâmicos radicais no Paquistão, foi cercada pela polícia após confrontos que deixaram ao menos 16 mortos no início da última semana. Os recentes episódios de violência são resultado de meses de tensão com a mesquita, onde os líderes radicais desafiaram a autoridade de Pervez Musharraf, ao seqüestrar vários civis chineses e paquistaneses durante uma "campanha de moralização".
Ameaça
O presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, disse mais cedo, neste sábado, que os fundamentalistas entrincheirados há dias na Mesquita Vermelha serão eliminados se não se renderem, após descartar mais negociações com eles.
Os radicais que resistem na mesquita são liderados pelo clérigo Abdul Rasheed Ghazi, que hoje voltou a rejeitar uma rendição e afirmou que eles têm munição e alimentos para resistir durante semanas.
Balanço
Segundo o governo, os extremistas estão usando como escudos humanos centenas de mulheres e crianças das escolas islâmicas do complexo, cercado por forças policiais e militares.
Os fundamentalistas da Mesquita Vermelha são ameaçados de invasão pelas forças que cercam o templo. Dali, nos últimos dias, saíram voluntariamente pelo menos 1.100 alunos das escolas corânicas que fazem parte do complexo. Ainda há centenas de pessoas, entre eles cerca de 400 alunos, mantidas como reféns pelo núcleo duro dos fundamentalistas.
A crise em torno da mesquita, onde ainda há tiroteios esporádicos, matou 26 pessoas, segundo o número oficial. A imprensa paquistanesa especula que mais de 30 já morreram.
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