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19/07/2007 - 07h58

Dois ataques suicidas matam ao menos 33 pessoas no Paquistão

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da Folha Online

Dois atentados suicidas mataram ao menos 33 pessoas no Paquistão nesta quinta-feira, em meio a uma intensificação dos combates entre radicais islâmicos e o Exército após a invasão da Mesquita Vermelha em Islamabad na última semana. Desde a operação do Exército, ordenada pelo governo paquistanês no último dia 10, uma onda de ataques a bomba matou ao menos 160 pessoas no país, segundo dados da agência Reuters.

A invasão da Mesquita Vermelha ocorreu após uma semana de cerco a radicais entrincheirados em seu interior. A mesquita é tida como bastião de radicais que se opõe ao presidente do país, Pervez Musharraf, e defendem a implantação da lei islâmica. Uma semana de cerco à mesquita e a invasão resultaram na morte de ao menos 108 pessoas.

18.jul.2007/AP
Paquistanês observa veículo de segurança derrubado por atentado ontem
Paquistanês observa veículo de segurança derrubado por atentado ontem; violência cresce

Ao menos 26 pessoas foram mortas hoje quando um terrorista suicida em um carro-bomba jogou o veículo contra uma van policial que escoltava trabalhadores chineses na cidade de Hub. Os chineses não foram atingidos, mas todos os sete policiais que estavam na van e outras pessoas que estavam no local morreram.

O ataque em Hub, que fica na fronteira entre as Províncias de Baluquistão e Sindh, foi o primeiro a atingir o sul do Paquistão durante a recente onda de violência.

"Vi chamas ao meu redor depois de uma grande explosão. A impressão foi de que carros foram lançados para o ar", disse Mohammad Raheem, 17, um dos feridos no atentado.

"Acreditamos que este seja parte dos ataques perpetrados por radicais islâmicos", disse Tariq Masood Khosa, chefe de polícia do Baluquistão. Outras sete pessoas, incluindo um policial, foram mortos em um atentado com um carro-bomba na cidade de Hangu, no noroeste do país, mais cedo nesta quinta-feira.

Ontem, o presidente Pervez Musharraf disse que não tem intenção de declarar estado de emergência no país por causa da insegurança crescente, e deu garantias de que as eleições marcadas para este ano serão realizadas como planejado.

Terrorismo

Enquanto a violência contra forças de segurança paquistanesas aumenta, guerrilheiros pró-Taleban abandonaram um pacto de paz de dez meses no Waziristan Norte, elevando temores de novos confrontos no noroeste.

18.jul.2007/Efe
Paramilitar paquistanês vigia passagem de Chaman; Musharrafe rejeitou avaliação dos EUA
Paramilitar paquistanês vigia passagem de Chaman; Musharrafe rejeitou avaliação

Ontem, o Paquistão rejeitou a afirmação dos mais altos oficiais de contraterrorismo do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de que a estratégia para lutar contra a rede terrorista Al Qaeda no país fracassou. O relatório afirma que a Al Qaeda está se reagrupando no noroeste do Paquistão, mas o governo do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, defende que não há provas que corroborem a avaliação.

"Agiríamos firmemente para eliminar quaisquer esconderijos da Al Qaeda com base em informações de inteligência específicas", afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão em um comunicado.

"Não ajuda nada fazer afirmações sobre a presença ou recrudescimento da Al Qaeda em regiões de fronteiras do Paquistão. O que é necessário é o compartilhamento de informações de inteligência concretas", completa o texto.

O relatório de Estimativas de Inteligência Nacional, elaborado por 16 agências de espionagem do governo americano, afirma que o controle cada vez menor do governo sobre o território do Paquistão oferece a terroristas um esconderijo confortável para planejar ataques contra os EUA.

O relatório foi preparado para o presidente dos EUA, George W. Bush, e outros políticos. O texto afirma que o acordo de paz entre o governo e líderes tribais na região do Waziristan Norte ajudou a Al Qaeda a organizar campos para treinamento, melhorar suas comunicações internacionais e aumentar suas operações.

Além de rejeitar o relatório, o Paquistão disse ainda que não permitirá que forças de segurança estrangeiras persigam radicais em seu território. "Esta é a base de nossa cooperação. Destacamos tropas e estabelecemos postos de checagem de segurança. Quaisquer outras ações que precisam ser tomadas contra elementos terroristas serão tomadas", disse o comunicado.

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Com Reuters e Associated press

 

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