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06/08/2007 - 14h36

Maior partido do Timor Leste ameaça ir à Justiça contra governo

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da Lusa, em Díli

O presidente da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), Francisco Guterres, disse nesta segunda-feira, em Díli, que a legenda "não cooperará com um governo empossado à margem da Constituição" do país e "combaterá por vias legais usurpação do poder". Guterres se referia à participação da oposição no governo timorense.

A situacionista Fretilin venceu as eleições legislativas de 30 de junho no Timor Leste sem maioria absoluta (obteve 29% dos votos válidos) e acabou sendo preterida na formação do novo governo por uma aliança de quatro legendas oposicionistas, formada após o pleito. Juntos, os partidos que integram a chamada Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) somam mais votos que a Fretilin.

A declaração de Guterres foi feita horas antes do presidente timorense, José Ramos Horta, anunciar o nome do ex-presidente e atual dirigente do Congresso Nacional de Reconstrução do Timor Leste (CNRT), Xanana Gusmão, como próximo chefe do governo. A CNRT integra a AMP.

O presidente da Fretilin concedeu a entrevista coletiva na casa do secretário-geral do partido e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, após uma reunião da comissão política nacional do partido. Além de Guterres e Alkatiri, Manuel Tilmam, da coligação KOTA/PPT, que apóia a Fretilin, também participou da coletiva.

Frustração

Para o atual primeiro-ministro do Timor Leste, Estanislau da Silva, o convite feito pelo presidente Ramos Horta à AMP para compor o novo governo provocará "frustração no eleitorado da Fretilin".

Questionado sobre se aceitaria integrar um Executivo chefiado por Xanana Gusmão, Silva afirmou que é dirigente e deputado eleito de um partido e "é ao partido que cabe a decisão".

"Sou timorense e gostaria de contribuir para esse país mas também faço parte da liderança da Fretilin e só estaria num governo mediante a decisão formal do meu partido", respondeu o primeiro-ministro.

 

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