Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/08/2007 - 16h05

Presidentes dos EUA e da França se reúnem em almoço em "família"

Publicidade

da Folha Online

O jornal francês "Le Monde" comentou nesta segunda-faiera o almoço entre o presidente dos Estados Unidos, George W.Bush, e o da França, Nicolas Sarkozy, que ocorreu no último sábado (11) em Kennebunkport, no Estado americano do Maine, onde a família de Bush se encontra em férias.

Jason Reed/Reuters
Bush e Sarkozy no encontro do último sábado nos Estados Unidos
Bush e Sarkozy no encontro do último sábado nos Estados Unidos

Com o título de "Nicolas Sarkozy, adotado pelos Bush, uma família pode ter divergências", o jornal francês entrevistou o ex-primeiro-ministro Jean Pierre Raffarin. "Nós temos valores comuns com os americanos, mas temos que ser vigilantes, nossa mensagem ao mundo é diferente".

"Estamos de acordo em tudo? Não, em uma família podemos ter desavenças", disse o presidente francês. Segundo a Casa Branca, citada pelo jornal parisiense, o encontro também tratou de assuntos relacionados a Irã, Líbano e à região de Darfur.

Sarkozy chegou com atraso de quase uma hora ao almoço, segundo o "Monde". Sua mulher, Cécilia, que teria recebido o convite da primeira-dama Laura Bush durante o G-8 --reunião de chefes de Estado e governo dos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia--, segundo a versão anunciada pela Casa Branca, não compareceu ao encontro.

Durante as férias, Sarkozy está dedicado em celebrar a relação entre França e Estados Unidos com direito a piquenique com hambúrgueres e cachorro-quente, segundo o "Monde". De acordo com o jornal, Bush ainda teria sido convidado a dizer algo em francês, ao que respondeu: "Ah, você sabe, eu já tenho dificuldades com o inglês!".

Já o "Libération", em sua análise do encontro, chama o presidente francês de "Sarkozy, o americano" e diz que além de agradar a Casa Branca, o conservador também caiu no gosto dos republicanos nos EUA.

O jornal entrevistou o pré-candidato republicano às eleições presidenciais de 2008, Newt Gingrich, que citou Nicolas Sarkozy como "um exemplo" para seu partido.

Ele afirmou que os EUA "demonizavam" a França, principalmente após a oposição do país europeu à invasão do Iraque em 2003, mas que Sarkozy mudou esta imagem.

Sarkozy, que assumiu o governo francês em maio deste ano, passa férias em Wolfeboro, no Estado americano de New Hampshire. O presidente francês é o segundo chefe de Estado convidado pela família Bush à sua casa na costa do Maine. O presidente russo, Vladimir Putin, foi ao local em julho para conversar sobre a proposta dos EUA de instalar escudos antimísseis em países da Europa.

Polêmica na França

Mesmo em férias, Sarkozy disse que são falsas informações de que seu país teria vendido um reator nuclear à Líbia, segundo o jornal "Le Figaro". O diário "Le Parisien" é citado como tendo publicado uma matéria na qual diz que o presidente assinou no final de julho um contrato para de um reator nuclear para retirar sal da água, mas também um outro, que forneceria ao país do norte da África um dos mais potentes reatores nucleares do mundo.

Desde a transferência de de cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino de nacionalidade búlgara condenados à prisão perpétua na Líbia para a Bulgária no final de julho em um esforço diplomático liderado pela França, especulações de uma possível contrapartida são alvo da imprensa francesa.

No início do mês e pouco antes de suas férias, Sarkozy se pronunciou favoravelmente sobre acordos de vendas de armamento para a Líbia. No entanto, ele afirma que o contrato de venda de armas entre o grupo aeronáutico e de defesa europeu Eads e a Líbia era negociado há 18 meses.

Com "Le Monde" e "Libération"

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página