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Agentes que mataram Jean Charles usaram "táticas incomuns"
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da Efe, em Londres
Os agentes armados que mataram Jean Charles de Menezes tinham recebido instruções de usar táticas novas e "incomuns" para deter um possível terrorista suicida, afirmou a advogada de acusação Clare Montgomery no julgamento da Scotland Yard pela morte do brasileiro.
Jean Charles, 27, foi morto a tiros em 22 de julho de 2005 na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, por policiais que o confundiram com um terrorista suicida.
Na segunda audiência do julgamento, Montgomery disse hoje que a equipe de policiais recebeu pistolas carregadas com uma munição especial capaz de causar uma morte rápida e impedir que a pessoa pudesse reagir.
A Scotland Yard é processada por crimes contra a lei de Segurança e Higiene no Trabalho, de 1974, que obriga as forças de segurança a velar pela integridade inclusive daqueles que não são seus empregados.
Segundo Montgomery, os agentes receberam instruções em uma reunião especial, realizada duas horas após uma operação de vigilância --também em 22 de julho-- em um bloco de apartamentos do sul de Londres, onde se acreditava que vivia o terrorista Hussain Osman, um dos envolvidos nos atentados fracassados de 21 de julho de 2005 contra a rede de transportes da capital britânica.
Os agentes pensavam que tinham que realizar disparos na cabeça de algum possível suicida, segundo Montgomery.
Táticas
Durante a reunião, os agentes foram informados de que teriam que "usar táticas incomuns que o departamento não tinha usado antes", acrescentou.
A advogada afirmou que o líder da equipe de agentes armados, que respondia pelo pseudônimo de "Ralph", recebeu a confirmação por rádio que Jean Charles era "definitivamente" quem procuravam, mas no final descobriu-se que era uma pessoa totalmente inocente.
O julgamento contra as forças de segurança deverá durar mais de quatro semanas.
A Promotoria britânica decidiu no ano passado exonerar os agentes envolvidos no incidente e processar toda a instituição por crimes contra a Lei de Segurança e Higiene no Trabalho.
Os atentados fracassados de 21 de julho de 2005 não deixaram nenhuma pessoa ferida, pois apenas os detonadores explodiram, e não as bombas.
O ataque, no entanto, tinha como objetivo imitar o que foi cometido em 7 de julho de 2005 contra a rede de transportes de Londres, que deixou 52 mortos.
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primeiro: o cara era ilegal... e aí acabou!!!
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A Inglaterra cometeu um papelão tão ridículo que fica difícil argumentar. O caso de Jean Charles é uma grande vergonha para uma das polícias com o maior ego do mundo, a britânica. É, ego misturado com racismo não vence o terrorismo internacional.
Compreendo o cansaço do pai de Jean com isso tudo,
certamente ele agora quer ser deixado em paz.
O que fica é a vergonha para os ingleses.
Enquanto em filmes hollywoodianos o James Bond salva o mundo, na vida real Mister Blair e seu sucessor Brown afundam tudo.
Onde está a "eficiência britânica"? Seus "valores civilizados"? 7 tiros na cabeça? Pelas costas? Sobre a "civilidade" britânica os indianos tem muito a dizer, assim como a família de Jean Charles.P.S: Sobre as questões coloniais levantadas pela Ellen, quem tiver interesse leia "Holocaustos Coloniais" de Mike Davis.
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