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02/10/2007 - 11h48

Agentes que mataram Jean Charles usaram "táticas incomuns"

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da Efe, em Londres

Os agentes armados que mataram Jean Charles de Menezes tinham recebido instruções de usar táticas novas e "incomuns" para deter um possível terrorista suicida, afirmou a advogada de acusação Clare Montgomery no julgamento da Scotland Yard pela morte do brasileiro.

Jean Charles, 27, foi morto a tiros em 22 de julho de 2005 na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, por policiais que o confundiram com um terrorista suicida.

Na segunda audiência do julgamento, Montgomery disse hoje que a equipe de policiais recebeu pistolas carregadas com uma munição especial capaz de causar uma morte rápida e impedir que a pessoa pudesse reagir.

A Scotland Yard é processada por crimes contra a lei de Segurança e Higiene no Trabalho, de 1974, que obriga as forças de segurança a velar pela integridade inclusive daqueles que não são seus empregados.

Segundo Montgomery, os agentes receberam instruções em uma reunião especial, realizada duas horas após uma operação de vigilância --também em 22 de julho-- em um bloco de apartamentos do sul de Londres, onde se acreditava que vivia o terrorista Hussain Osman, um dos envolvidos nos atentados fracassados de 21 de julho de 2005 contra a rede de transportes da capital britânica.

Os agentes pensavam que tinham que realizar disparos na cabeça de algum possível suicida, segundo Montgomery.

Táticas

Durante a reunião, os agentes foram informados de que teriam que "usar táticas incomuns que o departamento não tinha usado antes", acrescentou.

A advogada afirmou que o líder da equipe de agentes armados, que respondia pelo pseudônimo de "Ralph", recebeu a confirmação por rádio que Jean Charles era "definitivamente" quem procuravam, mas no final descobriu-se que era uma pessoa totalmente inocente.

O julgamento contra as forças de segurança deverá durar mais de quatro semanas.

A Promotoria britânica decidiu no ano passado exonerar os agentes envolvidos no incidente e processar toda a instituição por crimes contra a Lei de Segurança e Higiene no Trabalho.

Os atentados fracassados de 21 de julho de 2005 não deixaram nenhuma pessoa ferida, pois apenas os detonadores explodiram, e não as bombas.

O ataque, no entanto, tinha como objetivo imitar o que foi cometido em 7 de julho de 2005 contra a rede de transportes de Londres, que deixou 52 mortos.

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Comentários dos leitores
Lisandra Borges (4) 10/12/2009 14h50
Lisandra Borges (4) 10/12/2009 14h50
tive q ler o comentário da tal "ellen" ... mas que mente tacanha e revoltada, heim?! senti vergonha alheira por "habitar" o mesmo mundo que essa senhora!
primeiro: o cara era ilegal... e aí acabou!!!
sem opinião
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Lisandra Borges (4) 10/12/2009 14h44
Lisandra Borges (4) 10/12/2009 14h44
ahhhhhh para tudo!!! sinceramente tem horas que não dá pra acreditar nas coisas que leio... monumento? fala sério!!! sem opinião
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Como disse a Ellen, agora somos ilegais. Tudo muito conveniente, entretanto nossas riquezas naturais são extremamente legais para os interesses ingleses, sempre foram.
A Inglaterra cometeu um papelão tão ridículo que fica difícil argumentar. O caso de Jean Charles é uma grande vergonha para uma das polícias com o maior ego do mundo, a britânica. É, ego misturado com racismo não vence o terrorismo internacional.
Compreendo o cansaço do pai de Jean com isso tudo,
certamente ele agora quer ser deixado em paz.
O que fica é a vergonha para os ingleses.
Enquanto em filmes hollywoodianos o James Bond salva o mundo, na vida real Mister Blair e seu sucessor Brown afundam tudo.
Onde está a "eficiência britânica"? Seus "valores civilizados"? 7 tiros na cabeça? Pelas costas? Sobre a "civilidade" britânica os indianos tem muito a dizer, assim como a família de Jean Charles.

P.S: Sobre as questões coloniais levantadas pela Ellen, quem tiver interesse leia "Holocaustos Coloniais" de Mike Davis.
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