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27/03/2008 - 15h37

Ingrid Betancourt recebeu atenção médica, diz defensor público

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da France Presse, em Bogotá

O estado de saúde da política franco-colombiana Ingrid Betancourt, refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), piorou tanto que a guerrilha teve de levá-la a um posto médico para ser atendida, informou nesta quinta-feira (27) o defensor público Vólmar Pérez. Entretanto, o governo colombiano minimizou a versão, atribuindo-a a "rumores".

"A informação que temos, pelo menos até o mês de fevereiro, é que seu estado de saúde é muito delicado e suas condições físicas estão se deteriorando", afirmou Pérez à rádio Caracol.

Em função disso, a ex-candidata presidencial chegou a receber atendimento médico em postos de saúde dos municípios de San José e El Retorno.

Ingrid, que está seqüestrada desde 23 de fevereiro de 2002, parece sofrer de leishmaniose e hepatite B, segundo dados obtidos pelo defensor público.

A área mencionada por Pérez foi cenário, entre 10 de janeiro e 27 de fevereiro, da libertação dos reféns das Farc, Clara Rojas, Consuelo González, Luis Eladio Pérez, Gloria Polanco, Jorge Géchem e Orlando Beltrán.

O funcionário disse que os dados foram obtidos com autoridades e pessoas cujas identidades estão sendo mantidas em sigilo por questão de segurança. Ele disse ainda que seu gabinete está tentando fazer chegar medicamentos à refém.

Versão

Mas o Alto Comissariado para a Paz, Luis Carlos Restrepo, minimizou a versão assinalando que a mesma se baseia em rumores sobre os quais o governo tinha conhecimento e cuja autenticidade não pôde ser comprovada.

"Colocamos para trabalhar todos os organismos de inteligência do Estado, tentamos entrar em contato com as pessoas que repercutiram esses rumores, mas nada disso é certo, nada disso é concreto", afirmou.

"Por tal motivo, não demos maior credibilidade a esses rumores", acrescentou, enfatizando, no entanto, que o governo acompanha com preocupação o estado de saúde de Betancourt.

Consultados pela France Presse, familiares da política informaram que não se pronunciarão a respeito do caso neste momento.

O defensor público enfatizou anda que algumas pessoas que chegaram a ver a ex-senadora comentaram que "suas características físicas não se distanciam muito das imagens conhecidas das crianças da Somália", ou seja, um aspecto raquítico e doentio.

As mais recentes provas de vida de Betancourt --um vídeo e uma carta-- datam de 24 de outubro e foram divulgadas um mês depois. Na gravação, a política aparece muito magra e abatida, e evita olhar a câmera.

Pérez também disse possuir informes sobre a gravidade de outro refém, o ex-congressista Oscar Lizcano, seqüestrado em 5 de agosto de 2000.

 

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