Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/05/2008 - 01h59

Mianmar inicia votação para referendo de nova Constituição

Publicidade

da Folha Online
da France Presse, em Yangun

Os postos de votação abriram neste sábado em algumas regiões de Mianmar para que a população participe de um referendo sobre uma nova Constituição, uma semana após a passagem do ciclone Nargis, que deixou milhares de mortos e devastou o país.

A junta militar birmanesa adiou a votação para o dia 24 de maio nas áreas mais afetadas pelo Nargis, em particular no sul do rio Irrawaddy e na cidade de Yangun, mantendo-a, porém, no restante do país.

O governo militar brimanês anunciou em fevereiro a convocação do referendo sobre uma nova Constituição, que abre caminho para a realização de eleições pluripartidárias em 2010.

O anúncio aconteceu em meio às pressões internacionais sobre o regime militar depois da repressão contra os monges budistas que lideraram manifestações hostis à junta em setembro. Na ocasião, 31 pessoas morreram segundo a ONU e outras 74 continuam desaparecidas.

As últimas eleições em Mianmar foram realizadas em 1990 e nelas a Liga Nacional para a Democracia (LND), partido da líder opositora Aung San Suu Kyi, teve uma ampla vitória, mas a junta jamais reconheceu os resultados.

Grupos de oposição no exílio e associações étnicas pediram o "não" à Constituição redigida pela Junta Militar.

"Não podemos aceitar um plebiscito dirigido a perpetuar a ditadura militar em vez da unidade étnica. Instamos todas as pessoas a votar 'não'. Esta não é uma solução para Mianmar", declarou um membro da dissidência.

A oposição democrática defende o estabelecimento de um diálogo com a Junta Militar.

A Liga Nacional para a Democracia (LND), o principal partido da oposição e que é liderado pelo prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, já rejeitou ontem a Carta Magna dos militares.

"Todas as pessoas responsáveis devem participar do processo de redação da Constituição e de transformar a nação", afirmou a LND por meio de um comunicado.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página