Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/05/2008 - 09h16

China tem novos tremores; número total de mortos ultrapassa 22 mil

Publicidade

da Folha Online

O número total de mortos na China, vítimas do terremoto de 7,9 graus na escala Richter que atingiu o país nesta semana, subiu para mais de 22 mil, informou a agência de notícias estatal Xinhua. Ontem (15), a China estimou que o número de mortos vítimas do terremoto pode superar 50 mil.

Segundo a Xinhua, que cita o escritório responsável pelos trabalhos de emergência do Conselho de Estado, um total de 22.069 pessoas morreram em todo o país e outras 168.669 ficaram feridas por causa do terremoto que atingiu o sudoeste da China no início desta semana.

Arte Folha Online

Pouco antes, o governo da Província de Sichuan --o epicentro do terremoto-- havia informado que, só na região, 21.577 pessoas morreram e 159 mil ficaram feridas. Ainda segundo o vice-governador, 4,8 milhões de pessoas foram realocadas.

Nas regiões vizinhas, segundo a Xinhua, 364 pessoas morreram em Gansu, 109 em Shaanxi, 15 em Chongqing, duas em Henan, uma em Yunnan e outra em Hubei.

Além do número de mortos continuar aumentando, as réplicas do terremoto desta semana também atingem a região no sudoeste da China. Nesta sexta-feira, vários veículos ficaram soterrados após os deslizamentos de terra causados por uma réplica que atingiu a zona do epicentro do terremoto da segunda-feira passada na província de Sichuan (sudoeste).

A réplica ocorreu no distrito de Lixian, cerca de 50 quilômetros a oeste do local onde foi localizado o epicentro do tremor da segunda-feira, no distrito de Weichuan, e por enquanto não foram reportadas vítimas, informou a Xinhua.

O canal de televisão CFTV acrescentou que esta réplica, que foi registrada às 13h25 (2h25 em Brasília), ocasionou um novo corte nas comunicações da zona afetada, que tinham sido restabelecidas poucas horas antes.

Logo após o novo tremor, que durou aproximadamente dez segundos, os trabalhos de resgate foram retomados. Segundo medições feitas pelos Estados Unidos, o tremor desta sexta-feira atingiu 5,5 graus na escala Richter. Já a Xinhua informa que a intensidade foi de 5,9 graus.

Esforços

O presidente chinês, Hu Jintao, pediu nesta sexta-feira às equipes de resgate que "redobrem os esforços" para resgatar as vítimas do terremoto que sacudiu o sudoeste da China, afirmando que chegou a "fase mais crucial", quatro dias após tremor.

"As operações de socorro entraram na fase mais crucial", disse o chefe de Estado ao chegar na manhã desta sexta a Mianyang, uma das cidades mais atingidas pelo terremoto.

Ju Peng/AP
Presidente chinês, Hu Jintao, visita locais atingidos pelo terremoto; ele pediu que as equipes dobrem os esforços para salvar vidas
Presidente chinês, Hu Jintao, visita locais atingidos pelo terremoto; ele pediu que as equipes dobrem os esforços para salvar vidas

"Devemos fazer todos os esforços, lutar contra o relógio e superar todas as dificuldades para garantir a vitória final das operações de socorro", afirmou Hu Jintao.

Horas antes, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse que "salvar vidas é a prioridade absoluta", ao incentivar o trabalho dos socorristas.

Wen Jiabao prometeu que todos vão trabalhar "enquanto houver esperança de sobrevivência". "Vamos empregar todas as nossas forças para salvar vidas, custe o que custar. A vida é o bem mais precioso".

Segundo agências de notícias locais, Wen determinou às autoridades que dêem atenção especial à prevenção de epidemias e à entrega de alimentos e gêneros de primeira necessidade.

O governo ordenou nesta sexta uma investigação sobre as razões dos muitos desabamentos em escolas durante o terremoto, e ameaçou punir eventuais responsáveis.

"Se forem apurados problemas ligados à construção de prédios escolares, trataremos os responsáveis sem qualquer tolerância", disse um responsável do ministério da Educação, Han Jin.

Destruição

Vincent Yu/AP
Parentes de vítimas do terremoto choram em frente a corpo de um familiar em Dujiangyan
Parentes de vítimas do terremoto choram em frente a corpo de um familiar em Dujiangyan

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou ontem que o terremoto de segunda-feira foi o mais destrutivo no país desde a fundação da República Popular da China (1949).

"Os mortos chegam a 50 mil", informou ontem a televisão estatal, citando as últimas cifras publicadas pelo Centro Nacional de Resgate. Foi a primeira vez que o governo chinês fez uma estimativa do número de mortos, e inclui boa parte das dezenas de milhares de pessoas sepultadas sob os escombros, o que constitui uma indicação das poucas expectativas de encontrá-las com vida.

O terremoto devastou a região montanhosa da Província de Sichuan e arrasou várias cidades. Comparado a terremotos anteriores na China, é o mais devastador sofrido desde o de Tangshan, perto de Pequim, em 1976, que causou aproximadamente 240 mil mortos.

Com Xinhua, Efe e France Presse

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página