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25/06/2008 - 12h22

Análise: Política externa de McCain é suscetível ao ataque de Obama

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DAVID MORGAN
da Reuters, em Washington

O provável candidato republicano à Casa Branca John McCain pode ser vulnerável em política externa e segurança nacional --o principal argumento de sua campanha até agora-- se o democrata Barack Obama conseguir pintá-lo como um símbolo de contradição e ideologia extrema, dizem analistas.

McCain --ex-piloto da Marinha e prisioneiro de guerra no Vietnã com 25 anos no Congresso contra três de Obama-- tornou sua experiência a peça central de sua campanha pelas eleições presidenciais de novembro enquanto acusa Obama de ser fraco e não ter sido testado.

Os democratas liderados pelo próprio Obama tentaram desenhar McCain como uma continuação do presidente George W. Bush, cuja popularidade caiu junto com a da guerra do Iraque pela qual muitos americanos culpam os neoconservadores em sua administração.

"Esta é uma oportunidade para nós de assumir a luta com os republicanos e não apenas reagir em política internacional e segurança nacional, é uma oportunidade de sermos agressivos", disse o senador Joseph Biden, democrata de Delaware que lidera o Comitê de Relações Internacionais do Senado.

McCain tem liderado Obama em assuntos de política externa segundo pesquisas de opinião. Cerca de 50% dos eleitores registrados vêem as posições do senador republicano como "certas". Outros 43% apontam tal visão quanto a Obama, de acordo com dados coletados entre 21 e 25 de maio pelo Pew Research Center.

Outros 43$ dizem que Obama não foi "firme o suficiente" na esfera das relações internacionais, enquanto 3% chamaram-no de "muito duro". Em contraste, 16% dos entrevistados apontam que McCain não foi duro o suficiente e 22% dizem que ele foi rígido demais. A pesquisa tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Mas Ted Galen Carpenter do Instituto Cato, um grupo libertário que se opõe à Guerra do Iraque, disse que a candidatura de McCain pode ser seriamente prejudicada caso os democratas montem um ataque especialmente mirado nos laços dos republicanos com os neoconservadores conhecidos como "neocons".

Muito, muito perigoso

Carpenter diz acreditar que os conselheiros mais realistas da campanha de McCain, como Henry Kissinger, estão tentando protegê-lo de todas as maneiras das acusações democratas de que ele é um neoconservador.

"John McCain é quase um subsidiário do movimento neoconservador quanto se fala de política externa", disse Carpenter. "Os democratas têm que ir para a ofensiva e ficar na ofensiva. A mensagem tem que ser: John McCain e seu time de política externa são muito, muito perigosos para América", completou.

A estratégia não seria exatamente uma surpresa para os republicanos. "Se eu fosse o time de Obama eu simplesmente diria "neocon, neocon, neocon". Isso seria uma coisa divertida para fazer", disse um conselheiro de McCain, em condição de anonimato.

"Mas McCain conhece sua política e eu não o chamaria uniformemente de uma coisa ou outra", disse.

A "neocon" está mais inclinado que outros conservadores a apoiar vigorosamente a política governamental de moralidade e intervencionismo na política externa. Neoconservadores como o ex-vice-secretário de Defesa Paul Wolfowitz foram arquitetos da Guerra do Iraque e a doutrina militar de Bush.

O idealismo dos neoconservadores também parece estar atrás da idéia de que os assuntos mundiais podem ser resolvidos em uma Liga das Democracias, dizem analistas, apesar dops EUA precisarem trabalhar com países autocráticos incluindo o Egito e a Arábia Saudita em assuntos vitais como petróleo, paz no Oriente Médio e terrorismo.

"Você tem um John McCain realista tentando coexistir pacificamente com um neocon John McCain", disse Norman Ornstein, do Instituto American Enterprise, um grupo conservador.

"Há alguns significativos sinais de líderes em ambos os campos disputando as orelhas de McCain e tentando fazer sua visão das coisas prevalecer", completa.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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