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22/07/2008 - 11h31

Sob pseudônimo, Karadzic colaborava com revista sobre saúde

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da Efe, em Belgrado
da Folha Online

O ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic, acusado de crimes de guerra que incluem o pior massacre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e cuja prisão foi anunciada ontem na Sérvia, colaborava com uma revista sobre saúde usando o nome falso de Dragan Dabic, informou nesta terça-feira a emissora B92.

Karadzic, que vivia e trabalhava com identidade falsa em Belgrado, colaborava com a publicação "Zdrav Zivot" (Vida Saudável) havia três meses. Quando foi detido em um ônibus nas proximidades Belgrado, dando fim a mais de uma década de busca, ele carregava um documento de identidade falso com o nome de Dragan Dabic.

A B92 informa nesta terça-feira que os editores da publicação, com tiragem de cerca de 15 mil exemplares, ficaram surpresos pelo fato de Karadzic colaborar sem que soubessem de quem se tratava.

"Nunca me ocorreu que este homem com uma longa barba e cabeos brancos fosse Karadzic", disse o editor-chefe da revista, Goran Kojic, acrescentando que ficou chocado quando viu a foto de Karadzic na TV, reconhecendo-o como o colaborador de sua publicação.

Outras fontes disseram hoje que Karadzic realizou no passado várias conferências sobre temas médicos. No entanto, não houve nenhuma confirmação disso, já que as autoridades ainda estão reconstruindo as condições nas quais o servio-bósnio se escondia.

Perfil

Karadzic, um dos maiores fugitivos acusado de crimes de guerra, foi acusado de arquitetar os assassinatos em massa que o tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas) para crimes de guerra descreve como "cenas do inferno, escritas nas páginas mais negras da história humana".

Reuters
Montagem mostra foto recente do ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic e imagem dele em 1995; ele foi preso na Sérvia
Montagem mostra foto recente do ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic (à esq.) e imagem dele em 1995; ele foi preso na Sérvia

Acusado de organizar o massacre de 8.000 muçulmanos em Srebrenica, em 1995, entre outras atrocidades da Guerra da Bósnia (1992-1995), Karadzic liderou a lista dos mais procurados por mais de dez anos, recorrendo a disfarces elaborados para fugir das autoridades.

Ele foi o líder político dos bósnios-sérvios durante a guerra entre 1992 e 1995 que sucedeu a secessão da Bósnia-Herzegovina da Iugoslávia --quando houve o massacre de Srebrenica e do cerco a Sarajevo.

Formado psiquiatra, Karadzic, 63, se declarou presidente de uma república sérvio-bósnia quando a Bósnia-Herzegovina se separou da Iugoslávia, e foi visto em público pela última vez em 1996.

Com Associated Press

 

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