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Rússia critica Otan e diz que retirada levará três ou quatro dias
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da Folha Online
A retirada das forças russas depende do regresso das tropas georgianas a seus quartéis e deve levar "três ou quatro dias", afirmou em Moscou o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, que também criticou a Otan dizendo que a aliança é parcial.
"A retirada será feita à medida em que as forças georgianas regressem efetivamente a suas bases permanentes e que se reforcem as posições das forças de paz. Acho que levará três ou quatro dias", disse Lavrov.
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O chanceler russo acusou ainda a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de favorecer um "rearmamento" da Geórgia. "Na Otan, transformam os agressores em vítimas", disse Lavrov, antes de afirmar que a "Rússia não ocupa nenhum país e não tem intenções de ocupar nada", referindo-se à possibilidade de anexação das regiões separatistas da Ossétia do Sul e da Abkházia.
Nesta terça-feira, o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, afirmou que a Rússia não está cumprindo o acordo de cessar-fogo com a Geórgia e exigiu a imediata retirada das tropas russas do país vizinho.
Arte/Folha Online |
Em um comunicado emitido após a reunião dos 26 ministros das Relações Exteriores de seus países-membro, a aliança afirma considerar "seriamente as implicações das ações russas em sua relação com a Otan". Os países-membro alertaram Moscou que, depois do que aconteceu, "as coisas não podem continuar como até agora".
"A declaração da Otan é parcial, em primeiro lugar porque nela não se menciona nenhuma palavra sobre como começou e por que tudo aconteceu", disse. "Resumindo, a aliança atlântica colocou [o presidente georgiano, Mikhail] Saakashvili sob sua proteção", disse, acrescentando que a atitude da Otan com relação à Ossétia do Sul terá "conseqüências".
Retirada
O representante da Rússia na Conferência de Desarmamento em Genebra, Valery Loschinin, por sua vez, afirmou que as forças russas se retirarão da Geórgia "no mesmo ritmo" que os georgianos voltarem para seus quartéis.
"A Rússia comprova com preocupação que não há confirmação do pleno regresso das forças georgianas a seus quartéis. Entendemos que o ritmo de nossas próximas ações dependerá da maneira que Tbilisi cumprir com o que se espera dela", acrescentou.
Segundo o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, os Estados Unidos ainda não observaram uma retirada significativa das forças russas da Geórgia. "O acordo de cessar-fogo prevê que as forças russas que não estavam presentes antes de 6 de agosto se retirem da Geórgia", acrescentou.
Ontem, a Rússia anunciou que suas tropas haviam começado a se retirar da Geórgia, mas as autoridades de Tbilisi negaram a informação e acusaram Moscou, inclusive, de aprofundar seu avanço em território georgiano. Tropas e tanques russos continuavam presentes em diversas áreas da Geórgia, em um aparente desafio à pressão dos países ocidentais por uma rápida retirada.
Policiais da Geórgia e soldados russos faziam a guarda de dois postos de controle, um a algumas centenas de metros do outro, na cidade de Igoeti, no centro do país, a apenas 45 km de Tbilisi, capital georgiana.
"Não há sinais até agora que as forças russas estejam se retirando", disse ontem o vice-ministro das Relações Exteriores à agência de notícias Reuters. "Pelo contrário. Eles estão se espalhando para outras regiões", afirmou, sem dar detalhes.
Os confrontos tiveram início quando a Geórgia, que é aliada dos EUA, enviou tropas para retomar o controle sobre a Ossétia do Sul, região separatista que declarou independência no começo dos anos 90. Moscou reagiu à ofensiva porque apóia o pequeno território e mantêm forças de paz na região. Entenda as causas do conflito.
Com agências internacionais
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quando diz "Sr. J.R. , quem mais ajudou para a derrocada alemã foram os russos e não os aliados. Leia mais, por favor... ". Desculpe Sr. Guazzelli, procuro me aprofundar no que leio, portanto não leio pasquins ...
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