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18/08/2008 - 17h25

Medvedev viaja à Ossétia do Norte para se reunir com comandantes

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da Folha Online

O presidente russo, Dmitri Medvedev, viajou nesta segunda-feira a Vladikavkaz, capital da república russa da Ossétia do Norte, para se reunir com altos comandantes do Exército russo e condecorar os militares que combateram as tropas georgianas.

A Rússia anunciou nesta segunda que suas tropas começaram a se retirar da Geórgia, mas as autoridades de Tbilisi negaram a informação e acusaram Moscou, inclusive, de aprofundar seu avanço em território georgiano.

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"O que fizeram os dirigentes georgianos excede os marcos da razão. Seus atos não podem ser explicados, mais ainda, deixados impunes", disse Medvedev em seu discurso às tropas russas, segundo as agências russas.

O líder russo também se reuniu com os altos comandantes militares do Exército 58 do Cáucaso, cujas unidades foram mobilizadas na região separatista da Ossétia do Sul, vizinha à Ossétia do Norte, para combater o Exército georgiano.

"A Rússia fará todo o possível para garantir a paz e a estabilidade na Ossétia do Sul. Que ninguém tenha a mais mínima dúvida", afirmou o presidente.

Medvedev disse que a Rússia não deixará "sem castigo" as ações militares da Geórgia, à qual voltou a acusar de buscar o "extermínio do povo ossetiano".

"A comunidade internacional se deu conta da existência de monstros políticos capazes de assassinar gente indefesa", afirmou.

O presidente russo elogiou os militares por "salvar um grande número de vidas" entre os cidadãos russos, já que a maioria da população da Ossétia do Sul tem cidadania russa.

Medvedev condecorou 30 militares, 16 deles oficiais e os outros sargentos e soldados.

Retirada

O líder russo comunicou no domingo ao chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, por telefone que hoje começaria a retirada das unidades russas do território da Geórgia, de acordo com o plano de regra patrocinado pela União Européia.

Porém, a Geórgia afirma que as tropas russas seguem controlando várias cidades estratégicas.

O Ministério das Relações Exteriores da Geórgia afirmou que não há sinal de que as tropas russas estejam se retirando como o prometido e que, na verdade, elas estariam ampliando sua presença no país.

"Não há sinais até agora que as forças russas estejam se retirando", disse o vice-ministro das Relações Exteriores à agência de notícias Reuters. "Pelo contrário. Eles estão se espalhando para outras regiões", afirmou, sem dar detalhes.

Apesar de ter anunciado o início da retirada da zona de conflito, o Estado-Maior russo também não deixou claro o que a Rússia acredita ser a região conflituosa de onde eles estariam saindo. Na cidade georgiana de Gori, por exemplo, não havia sinal de recuo russo, segundo fontes citadas pelas agências internacionais.

O comunicado emitido pelo subchefe do Estado-Maior do Exército russo, coronel-general Anatoly Nogovitsyn, foi divulgado em meio a incertezas sobre se a Rússia estava cumprindo a promessa feita ontem pelo presidente Dmitri Medvedev de começar a retirada nesta segunda-feira.

Recuo

"Hoje, segundo o plano de paz, começou o recuo das tropas de paz e das forças de apoio na região", afirmou Nogovitsyn, em entrevista coletiva.

"Queria precisar termos. Existe o conceito de retirada e o de recuo. Na conversa do presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, só se falou de recuo", disse o general russo, que acrescentou: "Espero que tenham percebido isto. Não se trata de uma retirada".

Nogovitsyn afirmou que as tropas russas recuarão das localidades georgianas, inclusive da estratégica cidade de Gori, a 70 quilômetros a noroeste de Tbilisi e a 25 quilômetros ao sul da Ossétia do Sul, em direção às fronteiras da região separatista. "Estamos convencidos de que dali (Gori) não emana nenhum perigo e por isto nos retiramos a partir de hoje", afirmou o militar russo.

O porta-voz do Ministério do Interior da Geórgia, Shota Utiashvili, disse por telefone à agência Efe que as tropas russas continuam em Gori. Segundo a televisão pública da Geórgia, as tropas russas mantinham suas posições em Gori e em outras duas cidades georgianas ocupadas, Senaki e Zugdidi.

"A Geórgia está disposta ao diálogo para resolver todos os problemas conflituosos de forma civilizada. Mas, para isto, as tropas de ocupação devem sair e devem parar de destruir a Geórgia", afirmou o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, em tom conciliador e que não tinha usado desde o início das ações militares.

Comentários dos leitores
J. R. (1000) 07/10/2009 09h20
J. R. (1000) 07/10/2009 09h20
Marcel Guazzelli () 04/03/2009 08h56 - Revisando, Sr. Marcel, as nossa informações se complementam. Eu apenas preferiria que Stalin não ficasse no poder, porém sem ele não sei se a Rússia teria vencido. Enfim, as tropas alemãs foram todas dizimadas pelos russos nos Balcãs. sem opinião
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Marcel Guazzelli (4) 04/03/2009 08h56
Marcel Guazzelli (4) 04/03/2009 08h56
Sr JR, as maiores baixas foram russas, as melhores tropas alemãs estavam no flanco oriental ... só pra citar alguma coisa.... não vou aqui abrir a wikipédia e pegar um monte de números para justificar a minha posição, o que sería muito fácil... Mas atacar velhos e menores de idade, flanco ocidental, tenho absolutamente certeza que foi bem mais fácil 4 opiniões
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J. R. (1000) 27/02/2009 16h08
J. R. (1000) 27/02/2009 16h08
O Ocidente informava a posição das tropas alemãs e enviava suprimentos e combustíveis para as linhas russas, ó Marcel Guazzelli (2) 04/10/2008 09h21
quando diz "Sr. J.R. , quem mais ajudou para a derrocada alemã foram os russos e não os aliados. Leia mais, por favor... ". Desculpe Sr. Guazzelli, procuro me aprofundar no que leio, portanto não leio pasquins ...
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