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Morales ameaça convocar por decreto referendo sobre Constituição
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da Folha Online
da Efe, em La Paz
O presidente Evo Morales disse nesta terça-feira que convocará por decreto um referendo para aprovar a nova Constituição da Bolívia, caso os governadores opositores não se disponham a dialogar para pôr fim ao impasse.
"Vamos esperar a vontade dos governadores se não, vamos aprovar a nova Constituição por decreto supremo", afirmou hoje Morales em um ato público realizado em Tarija, no sul do país.
Os movimentos sociais que apóiam Morales pediram, no fim de semana passado, que seja autorizada por meio de decreto a convocação das consultas necessárias para ratificar a nova Constituição da Bolívia.
Pendências
Em dezembro a Assembléia Constituinte escreveu um rascunho da Carta Magna, mas a aprovação definitiva do texto ainda depende de dois referendos: um sobre o projeto em seu conjunto e outro sobre um artigo relativo a latifúndios expropriáveis que ficou sem acordo.
Após o referendo revogatório de 10 de agosto, Morales e os governadores realizaram várias tentativas frustradas de diálogo. O presidente ofereceu a seus opositores vários acordos, um deles para compatibilizar a nova Constituição e os estatutos autônomos aprovados unilateralmente por Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija.
Este diálogo fracassou devido às diferenças entre Morales e seus opositores em torno do Imposto Direto aos Hidrocarbonetos (IDH), uma receita que o governo acumula com a extração do petróleo e decidiu destinar em parte a um programa de auxílio aos idosos.
Hoje em Tarija, Morales informou que pediu aos seus ministros para pensarem em "uma forma de convocar ao diálogo" e voltou a lembrar sua oferta de um pacto econômico e outro político. O governante boliviano também lamentou que os governadores autonomistas "não queiram debater" e "só queiram adiar a nova Constituição".
Oposição protesta
Forte tensão entre governo e oposição marcam o início desta semana na Bolívia. Os governadores opositores ameaçam bloquear estradas e outras medidas de pressão.
Os líderes opositores de três das nove regiões do país anunciaram para esta segunda-feira (25) o início do bloqueio de estradas que cruzam áreas petrolíferas e levam à Argentina e ao Paraguai. Eles exigem que o governo volte atrás na decisão de cortar repasses da receita obtida com a exploração de hidrocarbonetos, hoje destinadas a financiar um programa de auxílio a maiores de 60 anos.
Os opositores anunciaram também que vão começar uma batalha para impedir o presidente, Evo Morales, de realizar um referendo para aprovar seu projeto de Constituição.
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