Países da UE apóiam investigação sobre conflito na Geórgia

Vários países da União Européia apoiaram neste sábado a idéia de criar uma comissão internacional para investigar a origem do conflito da Geórgia e possíveis violações dos direitos humanos.

"Há um grupo de países que estão estudando isso. Não seria uma má idéia", disse o alto representante de Política Externa e de Segurança Comum da UE, Javier Solana, no começo do segundo dia da reunião informal de ministros de Exteriores do bloco.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, adiantou que defenderá a criação da essa comissão. "Ainda não discutimos o assunto, mas certamente vamos apoiar a formação dessa comissão sobre a Geórgia", afirmou.

Moratinos explicou que a comissão teria como objetivo "conhecer de forma objetiva os responsáveis pelo conflito", que começou no dia 8 de agosto com uma intervenção militar da Geórgia em sua região separatista da Ossétia do Sul, uma operação que foi respondida pela Rússia.

"Sou totalmente a favor a uma investigação internacional. É preciso saber o que aconteceu", disse o ministro de Assuntos Exteriores francês, Bernard Kouchner, cujo país exerce a Presidência rotativa da UE.

Kouchner afirmou que é preciso conhecer os números de mortos, "quem começou o conflito, com que tipo de provocação, em que momento e quais preparativos foram feitos de uma parte e de outra".

O chefe da diplomacia britânica, David Miliband, considerou que há "graves alegações de violações de direitos humanos" pelas duas partes no conflito, e "elas devem ser cuidadosamente investigadas".

A missão civil de observação ainda depende do resultado da viagem que Solana, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, realizarão a Moscou e Tbilisi na próxima segunda-feira.