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06/09/2002 - 20h50

Debate entre Schröder e Stoiber no domingo pode definir eleição

da Deutsche Welle, em Berlim

Um empate entre o seu partido e o do concorrente nas pesquisas sobre intenção de voto e uma redução de 0,1 da taxa de desemprego melhoraram a posição de partida do chanceler federal e candidato a reeleição, Gerhard Schröder (Partido Social Democrático, SPD), no segundo duelo na TV, com o adversário Edmund Stoiber, governador da Baviera e candidato da CDU (União Democrata Cristã, centro-direita), que acontece no domingo (6) e será comandado pelas jornalistas Maybrit Illner e Sabine Christiansen.

A Alemanha aguarda com crescente expectativa o segundo e último duelo na TV, antes da eleição do novo Parlamento, em 22 de setembro, entre o chanceler Schröder e o desafiante Stoiber.

Reuters - 22.mar.2002>
Gerhard Schröder, primeiro-ministro da Alemanha
O duelo será nas emissoras de direito público ARD e ZDF, ao contrário do primeiro da história alemã, no dia 25 de agosto passado, que foi nos canais privadas RTL e Sat-1. Pelo menos do ponto de vista psicológico, os dados de duas estatísticas divulgados nos dois últimos dias favorecem a posição de partida do chefe da coalizão de governo social-democrata e verde.

Empate
O Partido Social Democrático (SPD), presidido por Schröder, vinha mancando atrás da oposição nas pesquisas sobre intenção de voto e agora empatou, finalmente, com a aliança eleitoral democrata-cristã (CDU e CSU) do concorrente Stoiber. A duas semanas da eleição dos quase 600 deputados que vão eleger um novo governo, as duas legendas de oposição de centro-direita perderam mais um ponto e, assim como o SPD, contam agora com 38% das preferências de voto. A posição do Partido Verde, parceiro na coalizão governamental, é a mesma de 7%.

Nas projeções, os social-democratas ganham mais dois pontos percentuais e ficam com 40%, deixando para trás a dupla CDU-CSU com 39%. O Partido Verde, parceiro de coalizão do SPD, mantém sua posição com 7%, levando desvantagem para o provável aliado da dupla democrata-cristã, o Partido Liberal, que conta com 8% das intenções de voto. O neocomunista PDS está ameaçado de não poder ultrapassar a barreira de 5% dos votos para permanecer no Parlamento.

Reuters - 13.out.2001
Edmundo Stoiber, candidato da União Democrata Cristã (CDU) a premiê da Alemanha nas eleições de setembro
Depois do primeiro debate na TV e da catástrofe das enchentes que se abateu sobre o leste alemão, os social-democratas ganharam três pontos, em virtude das medidas do governo para prevenção e socorro maciço às vítimas, sob a liderança do chefe de governo. No quesito simpatia, Schröder ganhou mais pontos e conta agora com 56% contra 35% de Stoiber.

Mas o chefe de governo da Alemanha não é eleito direto pelo povo, mas pelos partidos representados no Parlamento.

Desemprego
Em função do empate entre os partidos grandes, o duelo de domingo deverá ser ainda mais duro do que o primeiro, que foi visto por 15 milhões de pessoas. Schröder deverá partir para a ofensiva contra Stoiber, até porque foi muito criticado por partidários por ter ficado na defensiva na primeira vez.

A assombração do chefe de governo continua sendo o desemprego, apesar da redução da taxa de 9,7% para 9,6%, em agosto. Schröder viu neste 0,1 "um sinal de esperança" e Stoiber "um balanço final arrasador do governo".

A assombração do desemprego já havia perseguido o antecessor de Schröder. Helmut Kohl passou os últimos anos de seu governo de 16 anos repetindo que iria reduzir o desemprego pela metade e deixou uma herança de mais de 4 milhões de desempregados.

Schröder se elegeu prometendo reduzir o número de desocupados para 3,5 milhões durante seu mandato de quatro anos, mas no mês passado ainda foram registrados 4,018 milhões.

Na campanha eleitoral passada, Schröder disse, repetidas vezes, que seu governo não mereceria ser reeleito se não cumprisse a promessa de reduzir o desemprego. Sua meta soava até modesta, em 1998, pois a Nova Economia prometia êxitos, os mercados de informação e telecomunicações na Alemanha e na Europa cresciam de forma explosiva, os setores reclamavam de falta de mão-de-obra especializada e a disposição do empresariado era de euforia. Agora não resta mais nada disso e a oposição de centro-direita pode sair lucrando.

A diminuição ínfima do problema número um da Alemanha -o desemprego- pode ter chegado tarde demais para o SPD e o chanceler federal Schröder, segundo vários analistas.

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