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13/12/2002 - 10h20

EUA querem colocar 90 mil soldados na Turquia

da France Presse, em Ancara (Turquia)

Visando a uma possível ação militar no Iraque, os Estados Unidos desejam posicionar 90 mil soldados na Turquia e requisitaram ao governo de Ancara a utilização de seis aeródromos e dois portos, afirmou hoje o jornal turco "Hurriyet".

Os americanos querem abrir uma verdadeira "frente norte" contra o Iraque, segundo o jornal, citando o ex-primeiro-ministro Bulent Ecevit, que teria recebido a lista de pedidos de Washington antes da chegada do novo governo ao poder, em meados de novembro passado.

"Não demos uma resposta [aos americanos]; dissemos que estamos estudando o pedido", declarou Ecevit ao jornal, depois de recordar que o presidente do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), no poder, Recep Tayyip Edogan, mencionou a idéia de um referendo popular sobre a questão.

Segundo o "Hurriyet", Washington quer dispor de quatro aeródromos militares em Incirlik (sul) -onde aviões americanos e britânicos já estão estacionados-, Diyarbakir, Batman e Mus (sudeste), como bases operacionais, e Konya (centro) e Corlu (oeste) como bases para aviões de abastecimento.

Cerca de 50 aparelhos, em sua maioria caça-bombardeiros, decolam regularmente de Incirlik para vigiar a zona de exclusão aérea no norte do do Iraque.

Aproximadamente 2.000 soldados americanos estão acantonados na região, mas não se conhece o número total das forças norte-americanas na Turquia.

Oito outros aeródromos, entre eles o recente aeroporto misto civil e militar Sabiha Gokçen, no setor asiático de Istambul, poderão servir como centros de apoio logístico.

Os Estados Unidos desejam também dispor de dois portos no sul da Turquia, em Mersin e Iskenderun, para um apoio logístico a suas tropas.

Ancara teria rejeitado colocar à disposição de Washington dois portos no mar Negro, em Trabzon e Samsun, que os norte-americanos teriam solicitado, mencionando a eventualidade de operações no Cáucaso, segundo o "Hurriyet".

O jornal afirma ainda que Ancara não deu uma resposta oficial a Washington e que tal decisão deve ser aprovada pelo Parlamento, onde o novo governo formado pelo partido da Justiça e do Desenvolvimento tem ampla maioria.

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