Ataque de míssil atribuído aos EUA mata ao menos dez no Paquistão

Ao menos dez pessoas morreram nesta sexta-feira após o disparo de um míssil, supostamente por forças dos Estados Unidos que atuam no Afeganistão, perto de um conhecido centro de atividades da rede terrorista Al Qaeda em uma zona tribal do noroeste do Paquistão, informaram fontes militares.

"Houve um ataque com míssil perto de Mir Ali, no Waziristão Norte. O ataque aconteceu às 17h10 (10h10 no horário de Brasília)", afirmou uma fonte dos serviços de segurança paquistaneses, que pediu anonimato.

Ao menos cinco das vítimas foram identificadas como militantes estrangeiros, segundo fonte de segurança, acrescentando que um avião lançou três mísseis na vila de Zharki, acertando dois prédios em um espaço de tempo de dez minutos.

Os ataques de mísseis ao Paquistão, onde, segundo os EUA, as forças do Taleban e da Al Qaeda se refugiam, são relativamente comuns. O governo paquistanês acusa aviões não-tripulados dos EUA, mas Washington não reconhece os ataques.

O míssil desta sexta-feira é o primeiro desde que Barack Obama assumiu a Presidência americana e o último de mais de 30 ataques desde o meio do ano passado. Os líderes pró-EUA do Paquistão expressaram esperança de que Obama encerraria os ataques ao país.

Atentado

Também nesta sexta-feira, dois atentados, um deles suicida, deixaram ao menos quatro mortos e 12 feridos no vale de Swat (norte do Paquistão), informaram fontes oficiais.

O ataque suicida aconteceu em um posto de controle das forças de segurança na área de Fizzagatt e causou a morte de uma pessoa e deixou 11 feridos, segundo uma fonte oficial citada pela emissora Dawn TV.

O outro atentado foi realizado no distrito de Mingora, também no vale de Swat, e terminou com a morte de três civis.

Segundo uma fonte oficial citada pela mesma emissora, uma bomba detonada por controle remoto explodiu na estrada de Takhtaband e deixou um membro das forças de segurança ferido.

Com Efe, Associated Press e Reuters