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13/01/2003
-
10h43
Enquanto tanto na Europa quanto nos Estados Unidos a opinião pública se revela cada vez mais reticente em relação a uma eventual intervenção armada no Iraque, Bagdá afirma que, em caso de guerra, o presidente Saddam Hussein se manterá no poder "até o último disparo iraquiano".
"Saddam Hussein jamais deixará seu país, e permanecerá nele até o último disparo iraquiano", declarou o vice-primeiro-ministro Tarek Aziz ao canal de notícias britânico BBC. "O perigo para o Iraque será maior se seu presidente o abandonar", afirmou Aziz, ao término de uma visita à Argélia.
Informações divulgadas pela imprensa nas últimas semanas dão conta de insistentes pressões para que Saddam Hussein renuncie e vá para o exílio a fim de evitar um ataque norte-americano.
No entanto, a Arábia Saudita, principal aliado dos Estados Unidos no golfo Pérsico, e o chefe da diplomacia egípcia, Ahmed Maher, negaram, na semana passada, ter tentado convencer Saddam a abandonar o poder.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, afirmou recentemente que a partida de Saddam Hussein poderia evitar uma guerra contra o Iraque, assegurando, ao mesmo tempo, que as tropas norte-americanas continuavam chegando ao golfo Pérsico e tomando posições.
O embaixador do Iraque em Moscou, Abbas Jalaf, também se manifestou nesse sentido, afirmando que o presidente iraquiano jamais deixará seu país e continuará "defendendo sua pátria".
A imprensa do Iraque afirmou hoje que os iraquianos continuam impassíveis frente ao risco de ataque. "Ao mesmo tempo em que se prepara para o pior, o Iraque continua na tarefa de construir seu futuro com a mesma determinação que antes", segundo a edição de hoje do jornal "As Saura".
Enquanto isso, milhares de voluntários do Exército voltaram a seus centros de formação em Bagdá e em outras seis Províncias do Iraque. "Esses voluntários já treinaram com armas [...] mas as atuais circunstâncias tornam necessário que melhorem sua combatividade, para fazer frente a qualquer eventualidade", afirmou um funcionário, que não quis ser identificado.
O presidente Saddam Hussein estimou ontem que "só os países da região são capazes de impedir a agressão norte-americana contra o Iraque". "As equipes de inspetores estão presentes [no Iraque], a cooperação com elas continua, mas se os Estados Unidos quiserem encontrar uma cobertura para sua agressão, só os países da região poderão impedi-lo", declarou Saddam Hussein, ao receber o ministro turco do Comércio Exterior, Kursat Tuzmen.
A declaração foi feita no momento em que os Estados Unidos aceleram os preparativos para uma eventual guerra, reunindo na região uma força que poderá atingir, em fevereiro, 150 mil homens, segundo o jornal "The New York Times".
Apesar desses preparativos, dois terços dos norte-americanos se disseram contrários a uma intervenção militar unilateral no Iraque, sem o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas), segundo uma pesquisa publicada ontem, mas 83% dos norte-americanos se dizem favoráveis à guerra se esta contar com o aval da ONU.
Nesse sentido, uma delegação de 35 acadêmicos norte-americanos se encontra hoje no Iraque, para protestar contra uma guerra por parte do presidente norte-americano, George W. Bush, declarou o coordenador da missão, James Jennings. O grupo, batizado de "Os acadêmicos norte-americanos contra a guerra", chegou ontem à noite em Bagdá, para uma missão humanitária, declarou Jennings. "Somos contra a guerra e achamos que ela constituiria uma agressão e ofenderia o direito internacional", afirmou.
No Reino Unido, 58% dos britânicos acham que Saddam Hussein não representa uma ameaça grave, que justifique um conflito bélico, segundo uma pesquisa divulgada hoje. Somente 13% dos entrevistados pelo instituto YouGov apóiam a participação britânica em uma guerra no Iraque sem a autorização da ONU, enquanto 53% a aceitariam se houvesse o aval da ONU.
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Saddam Hussein continuará no poder em caso de guerra, diz Bagdá
da France Presse, em BagdáEnquanto tanto na Europa quanto nos Estados Unidos a opinião pública se revela cada vez mais reticente em relação a uma eventual intervenção armada no Iraque, Bagdá afirma que, em caso de guerra, o presidente Saddam Hussein se manterá no poder "até o último disparo iraquiano".
"Saddam Hussein jamais deixará seu país, e permanecerá nele até o último disparo iraquiano", declarou o vice-primeiro-ministro Tarek Aziz ao canal de notícias britânico BBC. "O perigo para o Iraque será maior se seu presidente o abandonar", afirmou Aziz, ao término de uma visita à Argélia.
Informações divulgadas pela imprensa nas últimas semanas dão conta de insistentes pressões para que Saddam Hussein renuncie e vá para o exílio a fim de evitar um ataque norte-americano.
No entanto, a Arábia Saudita, principal aliado dos Estados Unidos no golfo Pérsico, e o chefe da diplomacia egípcia, Ahmed Maher, negaram, na semana passada, ter tentado convencer Saddam a abandonar o poder.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, afirmou recentemente que a partida de Saddam Hussein poderia evitar uma guerra contra o Iraque, assegurando, ao mesmo tempo, que as tropas norte-americanas continuavam chegando ao golfo Pérsico e tomando posições.
O embaixador do Iraque em Moscou, Abbas Jalaf, também se manifestou nesse sentido, afirmando que o presidente iraquiano jamais deixará seu país e continuará "defendendo sua pátria".
A imprensa do Iraque afirmou hoje que os iraquianos continuam impassíveis frente ao risco de ataque. "Ao mesmo tempo em que se prepara para o pior, o Iraque continua na tarefa de construir seu futuro com a mesma determinação que antes", segundo a edição de hoje do jornal "As Saura".
Enquanto isso, milhares de voluntários do Exército voltaram a seus centros de formação em Bagdá e em outras seis Províncias do Iraque. "Esses voluntários já treinaram com armas [...] mas as atuais circunstâncias tornam necessário que melhorem sua combatividade, para fazer frente a qualquer eventualidade", afirmou um funcionário, que não quis ser identificado.
O presidente Saddam Hussein estimou ontem que "só os países da região são capazes de impedir a agressão norte-americana contra o Iraque". "As equipes de inspetores estão presentes [no Iraque], a cooperação com elas continua, mas se os Estados Unidos quiserem encontrar uma cobertura para sua agressão, só os países da região poderão impedi-lo", declarou Saddam Hussein, ao receber o ministro turco do Comércio Exterior, Kursat Tuzmen.
A declaração foi feita no momento em que os Estados Unidos aceleram os preparativos para uma eventual guerra, reunindo na região uma força que poderá atingir, em fevereiro, 150 mil homens, segundo o jornal "The New York Times".
Apesar desses preparativos, dois terços dos norte-americanos se disseram contrários a uma intervenção militar unilateral no Iraque, sem o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas), segundo uma pesquisa publicada ontem, mas 83% dos norte-americanos se dizem favoráveis à guerra se esta contar com o aval da ONU.
Nesse sentido, uma delegação de 35 acadêmicos norte-americanos se encontra hoje no Iraque, para protestar contra uma guerra por parte do presidente norte-americano, George W. Bush, declarou o coordenador da missão, James Jennings. O grupo, batizado de "Os acadêmicos norte-americanos contra a guerra", chegou ontem à noite em Bagdá, para uma missão humanitária, declarou Jennings. "Somos contra a guerra e achamos que ela constituiria uma agressão e ofenderia o direito internacional", afirmou.
No Reino Unido, 58% dos britânicos acham que Saddam Hussein não representa uma ameaça grave, que justifique um conflito bélico, segundo uma pesquisa divulgada hoje. Somente 13% dos entrevistados pelo instituto YouGov apóiam a participação britânica em uma guerra no Iraque sem a autorização da ONU, enquanto 53% a aceitariam se houvesse o aval da ONU.
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