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05/02/2003
-
13h55
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, divulgou hoje supostas gravações de diálogos entre autoridades iraquianas que, segundo os Estados Unidos, comprovam que o Iraque violou a resolução da ONU (Organização das Nações Unidas).
Durante sessão no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, para apresentar evidências sobre as acusações de que o Iraque mantém programas de armas ilegais, Powell divulgou fitas de áudio de supostos diálogos interceptados pelos EUA no Iraque.
Na gravação, duas autoridades iraquianas citam o nome de Mohammed ElBaradei, chefe da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), e discutem a possibilidade de os inspetores de armas da ONU encontrarem "veículos modificados" iraquianos.
"Temos esse veículo modificado [...] O que faremos se um deles encontrá-lo?", diz uma autoridade iraquiana.
"Você não tem um veículo modificado", responde o general. "Vou vê-lo nesta manhã. Estou preocupado. Vocês todos deixaram algo."
"Retiramos tudo. Não deixamos nada", afirma a autoridade iraquiana.
Segundo Powell, o diálogo faz referência a um veículo da companhia al-Kindi que estaria envolvido "em atividades de armas proibidas" e demonstra que os iraquianos estavam escondendo supostas armas durante o trabalho dos inspetores de armas da ONU no Iraque.
"O que aprendemos nos últimos anos é profundamente preocupante. Saddam Hussein [presidente iraquiano] e seu regime não fizeram esforços para se desarmar, conforme requerido [pela resolução da ONU]", afirmou Powell ao Conselho de Segurança.
Crise
Os EUA afirmam ter "provas substanciais", incluindo dados não divulgados, de que o Iraque manteve e até acelerou seus programas de armas de destruição em massa, em desacordo com determinações das ONU.
No dia 27 de novembro, os inspetores de armas da ONU voltaram ao Iraque e retomaram os trabalhos de inspeção de armas de destruição em massa no país.
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.
O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.
Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas.
O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.
A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências".
Até o momento, os inspetores de armas não encontraram nenhum tipo de prova contra o Iraque, embora tenham afirmado na segunda-feira passada(27), por meio do chefe do grupo, Hans Blix, que o país não estava cooperando tanto quanto deveria.
Com agências internacionais
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Powell divulga gravações com supostas provas contra o Iraque
da Folha OnlineO secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, divulgou hoje supostas gravações de diálogos entre autoridades iraquianas que, segundo os Estados Unidos, comprovam que o Iraque violou a resolução da ONU (Organização das Nações Unidas).
Durante sessão no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, para apresentar evidências sobre as acusações de que o Iraque mantém programas de armas ilegais, Powell divulgou fitas de áudio de supostos diálogos interceptados pelos EUA no Iraque.
Na gravação, duas autoridades iraquianas citam o nome de Mohammed ElBaradei, chefe da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), e discutem a possibilidade de os inspetores de armas da ONU encontrarem "veículos modificados" iraquianos.
"Temos esse veículo modificado [...] O que faremos se um deles encontrá-lo?", diz uma autoridade iraquiana.
"Você não tem um veículo modificado", responde o general. "Vou vê-lo nesta manhã. Estou preocupado. Vocês todos deixaram algo."
"Retiramos tudo. Não deixamos nada", afirma a autoridade iraquiana.
Segundo Powell, o diálogo faz referência a um veículo da companhia al-Kindi que estaria envolvido "em atividades de armas proibidas" e demonstra que os iraquianos estavam escondendo supostas armas durante o trabalho dos inspetores de armas da ONU no Iraque.
"O que aprendemos nos últimos anos é profundamente preocupante. Saddam Hussein [presidente iraquiano] e seu regime não fizeram esforços para se desarmar, conforme requerido [pela resolução da ONU]", afirmou Powell ao Conselho de Segurança.
Crise
Os EUA afirmam ter "provas substanciais", incluindo dados não divulgados, de que o Iraque manteve e até acelerou seus programas de armas de destruição em massa, em desacordo com determinações das ONU.
No dia 27 de novembro, os inspetores de armas da ONU voltaram ao Iraque e retomaram os trabalhos de inspeção de armas de destruição em massa no país.
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.
O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.
Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas.
O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.
A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências".
Até o momento, os inspetores de armas não encontraram nenhum tipo de prova contra o Iraque, embora tenham afirmado na segunda-feira passada(27), por meio do chefe do grupo, Hans Blix, que o país não estava cooperando tanto quanto deveria.
Com agências internacionais
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