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20/02/2003
-
14h38
Autoridades da Colômbia criticaram hoje o governo do Brasil por não declarar a guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) como terroristas, mas o parlamentar da oposição e antigo chefe rebelde, Antonio Navarro Wolf, disse compreender que Brasília "queira reservar-se o direito de facilitar um eventual processo de paz".
"Acreditamos que o governo do Brasil não está caminhando na direção correta na luta contra o terrorismo na Colômbia", disse o senador Carlos Holguín, líder do Partido Conservador, que apóia o presidente Álvaro Uribe.
Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que as autoridades brasileiras não querem ceder às pressões do governo de Uribe para condenar explicitamente as Farc como grupo terrorista, para não ficarem impedidas de mediar um eventual processo de pacificação.
"O Brasil não qualifica as forças internas internas insurgenstes colombianas pois eventualmente ficaria impedido de ser mediador num eventual processo de pacificação", disse Garcia, em matéria publicada ontem pelo jornal "Gazeta Mercantil".
O congressista Jimmy Chamorro, membro do comitê das Relações Exteriores do Senado, afirmou que a posição de Brasília "mostra que não há solidariedade com a Colômbia no combate aos terroristas financiados pelo narcotráfico e que podem estender sua ameaça além das fronteiras".
"O Brasil não pode se declarar neutro diante da afronta da guerrilha contra a sociedade civil colombiana", disse o senador Jairo Clopatofski, aliado de Uribe.
Já Navarro Wolff, ex-chefe da guerrilha nacionalista do Movimento 19 de Abril (M-19), dissolvida, declarou que está certo de que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, condena veementemente os atos violentos cometidos pelas Farc, mas, ao se absterem de qualificar esse grupo como terrorista, está se reservando o direito de facilitar um eventual processo de paz.
"Parece-me que em algum momento o governo colombiano e a guerrilha deverão se sentar à mesa de negociações. Por isso, o Brasil acredita que poderá prestar seus serviços", disse Wolff.
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Colômbia critica Brasil por não considerar as Farc terroristas
da France Presse, em BogotáAutoridades da Colômbia criticaram hoje o governo do Brasil por não declarar a guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) como terroristas, mas o parlamentar da oposição e antigo chefe rebelde, Antonio Navarro Wolf, disse compreender que Brasília "queira reservar-se o direito de facilitar um eventual processo de paz".
"Acreditamos que o governo do Brasil não está caminhando na direção correta na luta contra o terrorismo na Colômbia", disse o senador Carlos Holguín, líder do Partido Conservador, que apóia o presidente Álvaro Uribe.
Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que as autoridades brasileiras não querem ceder às pressões do governo de Uribe para condenar explicitamente as Farc como grupo terrorista, para não ficarem impedidas de mediar um eventual processo de pacificação.
"O Brasil não qualifica as forças internas internas insurgenstes colombianas pois eventualmente ficaria impedido de ser mediador num eventual processo de pacificação", disse Garcia, em matéria publicada ontem pelo jornal "Gazeta Mercantil".
O congressista Jimmy Chamorro, membro do comitê das Relações Exteriores do Senado, afirmou que a posição de Brasília "mostra que não há solidariedade com a Colômbia no combate aos terroristas financiados pelo narcotráfico e que podem estender sua ameaça além das fronteiras".
"O Brasil não pode se declarar neutro diante da afronta da guerrilha contra a sociedade civil colombiana", disse o senador Jairo Clopatofski, aliado de Uribe.
Já Navarro Wolff, ex-chefe da guerrilha nacionalista do Movimento 19 de Abril (M-19), dissolvida, declarou que está certo de que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, condena veementemente os atos violentos cometidos pelas Farc, mas, ao se absterem de qualificar esse grupo como terrorista, está se reservando o direito de facilitar um eventual processo de paz.
"Parece-me que em algum momento o governo colombiano e a guerrilha deverão se sentar à mesa de negociações. Por isso, o Brasil acredita que poderá prestar seus serviços", disse Wolff.
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