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07/03/2003 - 13h00

Cooperação do Iraque foi satisfatória, mas não total, afirma Blix

da Folha Online

O chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, afirmou hoje que o Iraque não cooperou totalmente com o trabalho de sua equipe, mas, de modo geral, a cooperação pode ser considerada satisfatória.

Ele lembrou que Bagdá impôs algumas condições ao trabalho de sua equipe. No entanto, o governo iraquiano não foi insistente nessas restrições.

Blix disse que não exclui a possibilidade de que o Iraque tenha armas proibidas escondidas em armazéns subterrâneos. No entanto, ele reiterou que, até o momento, nenhuma substância proibida foi encontrada pelos inspetores.

Ele disse também que as inspeções aéreas foram intensificadas, graças à colaboração de países que puseram aviões Mirage à disposição da ONU.

Sobre a destruição dos mísseis Al Samoud 2 (que ultrapassam os 150 km estipulados pela ONU), Blix disse que é um passo significativo por parte do governo de Bagdá.

Blix iniciou às 12h42 a apresentação de seu novo relatório sobre o Iraque ao Conselho de Segurança da ONU.

Dez ministros de Relações Exteriores estão hoje em Nova York para escutar o terceiro relatório de Blix.

A sessão pública é a primeira desde que, no dia 4 de fevereiro, os Estados Unidos, Reino Unido e Espanha apresentaram um projeto de resolução, afirmando que o Iraque não aproveitou a última chance que lhe foi dada de desarmar-se voluntariamente.

Ontem, o presidente americano, George W. Bush, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa na Casa Branca. Bush tentou "justificar" sua posição bélica, insistindo em que o presidente iraquiano, Saddam Hussein, "não se desarma".

No discurso de ontem, Bush voltou a dizer que o Iraque será atacado independentemente da aprovação ou não de uma nova resolução da ONU.

França, Alemanha e Rússia utilizam toda sua influência para evitar uma guerra contra o Iraque, assegurando que bloquearão uma nova resolução da ONU que estabeleça o recurso à força, como desejam os Estados Unidos. A China também se opõe à aprovação de uma nova resolução que permita uma ação militar contra o Iraque. Síria já anunciou que votará contra.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que têm direito a veto, são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário que nove dos 15 membros do CS votem a favor. Mas nenhum dos cinco membros permanentes podem vetá-la.

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