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07/03/2003
-
13h38
Os inspetores de armas da ONU não encontraram "nenhum indício de atividades nucleares no Iraque em nenhum lugar inspecionado" e nenhum sinal de que Bagdá tenha importado urânio desde 1990, afirmou o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohammed El Baradei.
Em seu relatório, apresentado ao Conselho de Segurança da ONU, ElBaradei disse também que suas investigações no Iraque ainda estão em curso, e que precisa mais tempo para concluir seu Trabalho.
Antes do pronunciamento de El Baradei, o outro chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, afirmou que o Iraque não cooperou totalmente com o trabalho de sua equipe, mas, de modo geral, a cooperação pode ser considerada satisfatória.
Ele lembrou que Bagdá impôs algumas condições ao trabalho de sua equipe. No entanto, o governo iraquiano não foi insistente nessas restrições.
Blix disse que não exclui a possibilidade de que o Iraque tenha armas proibidas escondidas em armazéns subterrâneos. No entanto, ele reiterou que, até o momento, nenhuma substância proibida foi encontrada pelos inspetores.
Ele afirmou também que as inspeções aéreas foram intensificadas, graças à colaboração de países que puseram aviões Mirage à disposição da ONU.
Sobre a destruição dos mísseis Al Samoud 2 (que ultrapassam os 150 km estipulados pela ONU), Blix disse que é um passo significativo por parte do governo de Bagdá.
Blix iniciou às 12h42 a apresentação de seu novo relatório sobre o Iraque ao Conselho de Segurança da ONU.
Dez ministros de Relações Exteriores estão hoje em Nova York para escutar o terceiro relatório de Blix.
A sessão pública é a primeira desde que, no dia 4 de fevereiro, os Estados Unidos, Reino Unido e Espanha apresentaram um projeto de resolução, afirmando que o Iraque não aproveitou a última chance que lhe foi dada de desarmar-se voluntariamente.
Ontem, o presidente americano, George W. Bush, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa na Casa Branca. Bush tentou "justificar" sua posição bélica, insistindo em que o presidente iraquiano, Saddam Hussein, "não se desarma".
No discurso de ontem, Bush voltou a dizer que o Iraque será atacado independentemente da aprovação ou não de uma nova resolução da ONU.
França, Alemanha e Rússia utilizam toda sua influência para evitar uma guerra contra o Iraque, assegurando que bloquearão uma nova resolução da ONU que estabeleça o recurso à força, como desejam os Estados Unidos. A China também se opõe à aprovação de uma nova resolução que permita uma ação militar contra o Iraque. Síria já anunciou que votará contra.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que têm direito a veto, são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário que nove dos 15 membros do CS votem a favor. Mas nenhum dos cinco membros permanentes podem vetá-la.
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Não há indícios de atividades nucleares no Iraque, diz El Baradei
da Folha OnlineOs inspetores de armas da ONU não encontraram "nenhum indício de atividades nucleares no Iraque em nenhum lugar inspecionado" e nenhum sinal de que Bagdá tenha importado urânio desde 1990, afirmou o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohammed El Baradei.
Em seu relatório, apresentado ao Conselho de Segurança da ONU, ElBaradei disse também que suas investigações no Iraque ainda estão em curso, e que precisa mais tempo para concluir seu Trabalho.
Antes do pronunciamento de El Baradei, o outro chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, afirmou que o Iraque não cooperou totalmente com o trabalho de sua equipe, mas, de modo geral, a cooperação pode ser considerada satisfatória.
Ele lembrou que Bagdá impôs algumas condições ao trabalho de sua equipe. No entanto, o governo iraquiano não foi insistente nessas restrições.
Blix disse que não exclui a possibilidade de que o Iraque tenha armas proibidas escondidas em armazéns subterrâneos. No entanto, ele reiterou que, até o momento, nenhuma substância proibida foi encontrada pelos inspetores.
Ele afirmou também que as inspeções aéreas foram intensificadas, graças à colaboração de países que puseram aviões Mirage à disposição da ONU.
Sobre a destruição dos mísseis Al Samoud 2 (que ultrapassam os 150 km estipulados pela ONU), Blix disse que é um passo significativo por parte do governo de Bagdá.
Blix iniciou às 12h42 a apresentação de seu novo relatório sobre o Iraque ao Conselho de Segurança da ONU.
Dez ministros de Relações Exteriores estão hoje em Nova York para escutar o terceiro relatório de Blix.
A sessão pública é a primeira desde que, no dia 4 de fevereiro, os Estados Unidos, Reino Unido e Espanha apresentaram um projeto de resolução, afirmando que o Iraque não aproveitou a última chance que lhe foi dada de desarmar-se voluntariamente.
Ontem, o presidente americano, George W. Bush, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa na Casa Branca. Bush tentou "justificar" sua posição bélica, insistindo em que o presidente iraquiano, Saddam Hussein, "não se desarma".
No discurso de ontem, Bush voltou a dizer que o Iraque será atacado independentemente da aprovação ou não de uma nova resolução da ONU.
França, Alemanha e Rússia utilizam toda sua influência para evitar uma guerra contra o Iraque, assegurando que bloquearão uma nova resolução da ONU que estabeleça o recurso à força, como desejam os Estados Unidos. A China também se opõe à aprovação de uma nova resolução que permita uma ação militar contra o Iraque. Síria já anunciou que votará contra.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que têm direito a veto, são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário que nove dos 15 membros do CS votem a favor. Mas nenhum dos cinco membros permanentes podem vetá-la.
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