Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/06/2009 - 23h26

Cubanos exilados nos EUA chamam decisão da OEA de vergonhosa

Publicidade

da Efe, em Miami

Membros da comunidade cubana no exílio em Miami qualificaram nesta quarta-feira de de "vergonhosa" e "deplorável" a resolução da OEA (Organização dos Estados Americanos) que anula a suspensão a Cuba imposta em 1962, e que abre as portas para que a ilha caribenha se reintegre ao organismo.

OEA revoga suspensão de Cuba após 47 anos
Leia íntegra do texto da resolução da OEA
"Medida varre os restos da Guerra Fria"; ouça
"Relíquia", sanção tem peso político/ saiba mais

Ninoska Pérez, diretora do Conselho pela Liberdade de Cuba (CLC), disse que a OEA iniciou o capítulo mais "vergonhoso" de toda sua história com a decisão estipulada hoje em Honduras.

"É uma vergonha em todo sentido. Deveriam ser impostas condições, porque Cuba é um país onde ainda não há liberdades individuais, liberdade de imprensa, eleições e tem presos políticos. Na verdade, não entendo como assumiram essa resolução", expressou a ativista.

Pérez considerou também "lamentável" que os EUA "mostrassem cumplicidade com países que, da mesma forma que Cuba, têm pouco respeito pela democracia e menos ainda pelas vítimas das ditaduras".

A resolução aprovada hoje deixa claro que a "participação de Cuba na OEA será o resultado de um processo de diálogo iniciado à solicitação do governo de Cuba e em conformidade com as práticas, os propósitos e os princípios" do organismo.

Dessa forma, a decisão de retornar ou não à OEA dependerá de Havana, que terá que se adequar aos valores democráticos e de direitos humanos do máximo organismo continental.

Janicet Rivero, secretária nacional adjunta do Diretório Democrático Cubano, disse que é uma afronta ao povo cubano porque as condições de "violação" dos direitos humanos que impulsionaram a suspensão não mudaram na ilha.

"Ainda em Cuba se fuzila, existe a pena de morte e as liberdades fundamentais são violadas. Considero que os chanceleres da OEA tomaram uma decisão errônea", declarou.

Os congressistas cubano-americanos da Flórida repudiaram a decisão ao considerarem que não beneficia o povo cubano, submetido a uma "ditadura", e que viola a Carta Democrática Interamericana.

"A decisão de hoje é um insulto ao povo cubano e a todos aqueles que lutam pela liberdade, a democracia e os direitos humanos fundamentais", disse a congressista Ileana Ros-Lehtinen, líder dos republicanos na Comissão de Assuntos Exteriores do Congresso dos EUA

Para o senador Mel Martínez, é "deplorável" a decisão porque não houve mudanças em Cuba sobre instaurar o sistema democrático e respeitar os direitos humanos.

Já os congressistas Lincoln Díaz-Balart e Mario Díaz-Balart emitiram um comunicado conjunto no qual consideraram que a OEA lançou uma resolução que é uma "traição" ao "oprimido povo de Cuba".

"Hoje presenciamos um exemplo da absoluta incapacidade diplomática da administração [do presidente Barack] Obama e de seu apaziguamento irrestrito frente os inimigos dos EUA", comentaram.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página