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04/06/2009 - 08h52

China reage com revolta a pedido de investigação do massacre na praça da Paz Celestial

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da Folha Online
da Reuters, em Pequim

O Ministério de Relações Exteriores da China fez uma forte declaração contra as críticas que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, fez em relação àquele governo por ocasião do aniversário de 20 anos do massacre na praça da Paz Celestial, em Pequim.

Em 4 de junho de 1989, o Exército chinês enfrentou, na praça da Paz Celestial, em Pequim, estudantes e trabalhadores que protestavam pela democracia no país havia várias semanas. Centenas --ou possivelmente milhares-- de pessoas morreram na repressão aos protestos, e as discussões sobre o evento continuam sendo um tabu na China.

Jeff Widener/AP
Imagem de bloqueio contra tanques imortalizou protestos na praça da Paz Celestial, em Pequim
Imagem de bloqueio contra tanques imortalizou protestos na praça da Paz Celestial, em Pequim

Em nota, Hillary disse que o governo chinês deveria 'examinar abertamente os eventos mais obscuros do seu passado e dar um número público de mortos, presos e desaparecidos, para aprender e para curar as feridas'. Disse ainda que o país deveria aproveitar o aniversário do episódio para dar "à proteção dos direitos humanos e desenvolvimento democrático a mesma prioridade que deu às reformas econômicas'.

Hillary também pediu que a China liberte todas as pessoas que continuam presas devido ao seu envolvimento nos protestos que culminaram no massacre; pare de perseguir envolvidos e inicie um diálogo aberto com os familiares das vítimas.

Qin Gang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, afirmou à mídia que as declarações da secretária de Estado americana foram uma "grosseira ingerência em temas domésticos" do país.

"O comunicado dos EUA ignora os fatos e faz acusações infundadas contra o governo chinês. [...] Expressamos nossa forte insatisfação e determinada oposição. Nós pedimos que os EUA abandonem seus preconceitos, corrijam seus atos errôneos e evitem congelar e danificar as relações bilaterais", disse o porta-voz.

O porta-voz não falou sobre o número de mortos no massacre. Nunca houve uma contagem oficial.

Comentários dos leitores
Roger Destefano (2) 09/11/2009 14h00
Roger Destefano (2) 09/11/2009 14h00
Concordo que o muro sempre foi uma grande ofensa a civilização, e que deveria ter caido muito antes. Agora pergunto, não são as mesmas nações que tanto criticaram o muro que hoje apoiam o também muro que esta sendo construido por Israel. Será que essas nações não são contra ou a favor, de acordo com interesses próprios, e que se lixe os outros. Vamos ver as coisas nas entre linhas. Outra pergunta, porque a imprensa não divulga com tanta enfase o muro de Israel como sempre falou no muro de Berlim. As nações citadas o titulo de hipócritas, à impresa fantoches. sem opinião
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gerigeo nogueira (2) 04/06/2009 16h26
gerigeo nogueira (2) 04/06/2009 16h26
A China vem se tornando um gigante capitalista, e pode tornar um império bem pior para o mundo, em função dessa postura política ditatorial, que aliás não tem nada de comunista. Penso que o melhor caminho é continuarmos insistindo em outro mundo possível, fundamentar ainda mais o que já vem sendo debatido pelo Fórum Social Mundial, talvez esteja ai o norte ideal para a humanidade. 7 opiniões
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Ricardo Perim (80) 04/06/2009 15h38
Ricardo Perim (80) 04/06/2009 15h38
É realmente triste que um País como a China ainda mantenha esse sistema politico até hoje.... Digo isso principalmente pelo povo trabalhador e inteligente que eles são.... Não discuto a questão de produtos acabados e sua qualidade..... Mas sim a questão humana que é mais relevante e importante. O povo não merece conviver com tanta humilhação e escravidão... Esse sistema já demonstrou em outros países que não tem mais condições de continuar.... 4 opiniões
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