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Secretário de Justiça dos EUA promete "proteger" muçulmanos americanos
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colaboração para a Folha Online
O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, disse nesta quinta-feira que "a prioridade" do departamento será "proteger" os direitos dos muçulmanos americanos. A declaração foi feita após o discurso de reconciliação com o mundo árabe feito pelo presidente Barack Obama no Cairo.
Leia a repercussão do discurso
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"A promessa do presidente de uma renovação das relações entre os EUA e a comunidade muçulmana começa aqui, no Departamento de Justiça, onde estamos determinados a utilizar as leis que protegem os direitos civis [...] para proteger os muçulmanos americanos", declarou Holder.
"Uma das prioridades do departamento de Justiça é voltar a uma defesa forte dos direitos civis, das liberdades religiosas e dos direitos fundamentais de todos os nossos cidadãos, seja no ambiente de trabalho, no mercado imobiliário, nas escolas ou nas urnas", acrescentou.
Uma hora após discurso de Obama no Egito, o muro de uma mesquita na Califórnia foi pichado com as palavras "vamos matá-los" e "o Exército dos EUA irá matá-los". Nenhum suspeito foi detido, e a pichação foi removida.
Discurso
Em seu discurso, Obama cobrou publicamente a extinção das colônias nos territórios palestinos ocupados --que chamou de "ilegítimos"-- e a aceitação da existência de um Estado palestino, ambas ideias que Israel rejeita. "Que não fiquem dúvidas: a situação do povo palestino é intolerável. Os EUA não vão dar as costas para a legítima aspiração palestina por dignidade, oportunidade e um Estado seu."
"Nós não podemos impor a paz. Mas, reservadamente, muitos muçulmanos reconhecem que Israel não irá embora e, da mesma forma, muitos israelenses reconhecem a necessidade de um Estado palestino. É hora de agir por aquilo que todos sabem que é verdadeiro."
O americano afirmou que irá cuidar pessoalmente, "com toda paciência que a tarefa exige", de que a solução com dois Estados seja alcançada. Nas últimas semanas, ele se encontrou, em Washington, tanto com o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, quanto com Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Nacional Palestina.
Repercussão
O discurso foi recebido em geral de modo positivo. O governo do Iraque o qualificou de "histórico e importante", e o grupo radical palestino Hamas disse, por meio de um porta-voz, que as palavras de Obama eram diferentes das de seus antecessores na Casa Branca, mas que "desejos, esperanças e boas palavras não são suficientes perante a agressão israelense".
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, cujo mandato não é reconhecido pelo rival Hamas, também elogiou o discurso de Obama. Por meio do porta-voz Nabil Abu Rudeina, ele assinalou o aparente rompimento com "a política anterior [de George W. Bush (2001-2009)] de parcialidade a favor de Israel".
Do lado israelense o diretor do gabinete de imprensa do governo, Danny Seaman, recebeu o discurso de forma mais reticente e disse que a apresentação "não foi ruim". "De modo geral, é a mesma atitude que temos, como nação democrática. O Estado de Israel não é contrário à reconciliação... Nós pensamos que precisamos ser mais cuidadosos e que isso precisa ser feito de um modo que os extremistas não assumam o controle."
Falando antes do discurso de Obama, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, disse que quaisquer palavras seriam "insuficientes", e que Washington precisa dar "passos práticos". O aiatolá disse que Obama não irá mudar a "cara feia, detestável e rude" do seu país somente "com slogans."
Com agências internacionais
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Interessante seu conhecimento de política internacional, mas falta um esclarescimento:
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